Capítulo 19

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Passei a noite em claro observando a Isadora dormir, garantindo que ela acordasse bem pela manhã e sem se machucar

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Passei a noite em claro observando a Isadora dormir, garantindo que ela acordasse bem pela manhã e sem se machucar. Minha irmã só conseguiu dormir depois que dei a ela um remédio natural para ajudá-la a pegar no sono.

O que a garota me contou sobre o seu professor de teatro não saia da minha mente e eu não parava de torcer para o Rato acabar com a vida daquele estuprador.

Senti-me culpada por não ter percebido o que aconteceu com Isadora e irresponsável por ter reagido com violência quando descobri sobre o roubo do nosso dinheiro.

Ao amanhecer, tomei um banho demorado, me arrumei e pedi café da manhã para nós três. Graças ao dinheiro que o Chorão me deu pela visita íntima, pude proporcionar alguns luxos à minha família, e parar de cozinhar em todas as refeições é apenas um deles.

Quando o entregador chegou com o meu pedido, deixei o celular na pia da cozinha para atendê-lo e ergui minha sobrancelha ao avistar o GV adormecido dentro do seu carro do outro lado da rua. Assim que o motoqueiro se despediu, atravessei a rua com as sacolas nas mãos e bati na janela do carro, fazendo-o acordar aterrorizado e me encarar confuso.

— Aconteceu alguma coisa, marmita? — GV indagou após abaixar o vidro da janela do carro.

— Eu que te pergunto, GV. Tá fazendo o que na porta da minha casa?

— A sua porta é do outro lado, garota!

— GV! O que você tá fazendo aqui?

— O Rato contou pro Chorão o que fizeram pra Isadora e ele mandou caçar o cara, mas ficou com medo que fizessem algo contra vocês.

— Imagina se teu chefe descobre que ao invés de tá protegendo a bucetinha de mel dele, você tava roncando? — impliquei e abri uma das sacolas.

— Se acha muito, marmita.

— Toma aqui. — Entreguei um pacote de pão de queijo e uma garrafa de café com leite e o GV pareceu ficar admirado com a minha atitude. — Se precisar usar o banheiro é só me avisar.

— Obrigado, marmita.

[...]

Ao entrar no cômodo carregando as minhas compras, sorri ao ver a ligação do Chorão na tela do meu celular e deixei as sacolas em cima da mesa.

— Pronto pra receber o melhor boquete da sua vida hoje à noite? — perguntei animada ao atender a ligação.

— Tu me quebra demais, filha da puta!

— Ué, o que eu fiz?

— Liguei pra te xingar e falar pra você não vir me visitar, mas, porra, só de lembrar da tua boca no meu pau...

— Sei que você tá bravo comigo, mas não aconteceu nada entre mim e o Rato.

— Não fica mais perto dele, Emília.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora