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Elin Pallas...

        (Imagem retirada do google)

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Dias atuais

Ma..mamãe e..eu não entendo o porque de ficarmos fazendo isso. - Sentamos em minha cama, mamãe passa a mão magra, tremulha e carinhosa pelos meu cabelos levimente bagunçados e me olha profundamente.

Tem alguns dias que mamãe me aconselha a como agir caso surja alguém em nossa casa, e a ordem era correr para meu quarto, pegar minha bolsinha, uma garafinha com água e meus documentos, me esconder no guarda-roupa até eles irem embora, caso aconteça algo com ela eu deveria fugir e procurar a dona Amélia.

Dona Amélia era uma senhorinha que comprava verduras quando meu pai estava vivo. Nunca mais eu a vi, porém é a única pessoa que mamãe ainda tem contato na região em que moramos.

Eu tenho dezessete anos, tenho gagueira, o que dificulta a minha fala, não tenho firmeza ao andar, minha mãe não conseguiu descobrir o motivo disso e ainda acabei desenvolvendo outros problemas.

Mamãe falou que devido ao trauma da morte do meu paizinho meu desenvolvimento regrediu depois que tudo aconteceu. Então quando tenho medo, ansiedades ou sofro alguma pressão eu começo a travar e minha mente bloqueia.

Eu não percebia, minha mamãe no início achava que só era birra, porém quando ela teve a oportunidade de me levar a uma médica do posto de saúde ela comentou que poderia ser transtorno de ansiedade.

Agora que mamãe estava ciente ela ficou ainda mais amorosa, na verdade ela já era, agora seu senso de proteção e medo aumentou, nem andar pelo terreno que antes tinhas nossas hortas e flores ela me permitir. Eu quando percebo que vou ter alguma crise meu peito doi e minha respiração começa a falhar eu tento disfarçar ao máximo para não deixar ainda mais minha mamãe preocupada e temerosa por mim.

Geralmente quando algo faz desencadear algum desses sintomas pego meu paninho e começo a cheirar e procuro um lugar quente e confortável para deitar ou me esconder. Com relação a minha fala, ainda falo algumas palavras erradas e gaguejo, mas mamãe disse que não tem problema e isso me conforta por que sei que ela não vai me machucar por isso como acontecia na escola da cidade.

Eu sei que não sou mais uma criança e tento ao máximo me comportar como uma pessoa da minha idade. É difícil e doloroso mas estou aos pouco tentado, quando vou as vezes tentar vender as poucas verduras que o nosso sítio ainda produz eu tento o máximo mesmo falando o mínimo falar correto.

Mamãe era filha única de meus avós falecidos e papai nunca falou da família dele, então somos só nós no mundo e ela tentando a todo custo nos sustentar.

Saí da escola quando tinha dez anos não consegui lidar com o bullyng que sofri por ter todos esses problemas e por, por muitas vezes não ter o que comer ou vestir. Minha mãe achou por bem me tirar da escola, eu sei ler e escrever e de lá também desenvolvi o medo de pessoas.

Toda quebrada eu sei, inútil também, vi uma vez pela televisão de uma loja no cidade que pessoa superavam a perca de ente querido, dívidas e etc. Porém isso não acontecia comigo. Eu sofria dor e arrependimento de não ter corrido para pedi ajudar de imediato quando eu vi me pai caído, a saudade de tê-lo por perto, a tristeza e sofrimento da minha mãe e a falta de proteção que nós temos.

Os pesadelos me atormentam quase todas as noites, o tremor perdura por horas até que por exaustão eu pegue novamente no sono e abraço o travesseiro com meu paninho esperando o aconchego que não vem. São quase todas as noite, mas não consigo me acostumar.

-Elin me ouviu?- Mamãe pegar eu meu ombros me dando uma leve chacoalhada

-E..e o que va..vai aconte..tecer? E..eu disse que aju..judaria a se..senhora que e..eu encon..traria um tabalho..- Digo nervosa, esperando minha mamãe diga e vai ficar tudo bem e ela aceite minha sugestão.

-haaa meu bebê, você é tão doce, tão inocente minha querida, não cosegui te ensinar como é o mundo, te isolei qui nesse sítio, não te ensinei a se defender. Se eu tivesse mais tempo..tão pequena minha menina, me desculpe de não ter te protegido direito, ter cuidado e ter se sustentado de maneira devida.- Uma lágrima escorre de seus olhos e começo a chorar também, meu coração acelera e sinto minha respiração tão pesada, ela está se despedindo?.- Shiuu minha menina, eu quero que você me ouça com cuidado.

-Mamãe num fa..fale assim...

-Agora não querida, preste a atenção, mamãe fez algumas dívidas para tentar reerguer sítio, mais não consegui e não consegui devolver o dinheiro, o prazo era para 3 meses atrás e eu fiz de tudo, eu juro que fiz de tudo que você poça imaginar para tentar levantar esses dinheiro.- ela respira e olhar para mim.- Eles vem hoje cobrar a dívida, quero que você se arrume e fique com sua mochila, se notar algum som estranho pule a sua janela e siga por dentro do bosque vá pela trilha que seu pai lhe ensinou até a casa de dona Amélia.

- Num me..me lembro tem tan..to tempo e a senhoraa? Não vou!! - falo desesperada, num sei, eu não consigo.

- Você vai, eu te amo , seja corajosa , Amélia vai cuidadar de você até eu ir lá te buscar, entregue a carta que está no bolso da frente a ela, seja uma mocinha obediente e educada e não leia.

- Na..não...num vou deixar a senhora, pô favor não me abo..bondone também,- Me ajoelhor em sua frente, agarro sem sua saia gasta que cheira a ervas e a lar, choro copiosamente amarrada ao corpo frio e tremulo de minha amada mãe. Quando escuto um estrondo na cancela no nosso sítio parece que um carro grande, entra com tudo destruindo e passando por cima do que antes era um jardim de margaridas.

- É agora Elin, vai!!!

Olá!!
Desculpe os erros, estou escrevendo pelo celular nas brechas que encontro no decorrer do dia de trabalho.
Boa leitura, vou está postando regularmente viuuu. A meta é um capítulo por dia. Xerooooo

-Um Lugar para Pallas-Onde histórias criam vida. Descubra agora