PRIMEIRA DAMA | Jikook

08

Coloquei meus chinelos e de pijama fui para a rua, onde acontecia uma confusão, quando cheguei para ver me assustei ao ver Talibã no meio da roda cortando a mão de um menino.

— Agora quero ver tu assaltar morador — arregalei os olhos ao ver o homem tão transtornado e completamente brutal.

Os gritos de dor me fizeram chorar, e foi quando o homem me olhou, que parou o que estava fazendo.

Sai da roda de fofoqueiros antes do homem falar algo.

— Termina o serviço Lael — mandou rude enquanto vinha atrás de mim — Jimin!

— Não quero falar com você agora — disse indo para um beco qualquer secando minhas lágrimas — o que você fez não tem perdão, Talibã.

— A ordem veio de cima! — disse tentando me tocar, mas suas mãos estavam sujas de sangue, o que o fez recuar — eu só cumpro elas.

— É só uma criança! — disse me sentindo enjoada — você ARRANCOU a mão de uma criança, Jungkook!

O homem suspirou e foi quando se deu conta da roupa que eu usava.

— Mas que porra de roupa é essa Jimin?! — disse olhando para os lados — vai pra casa se trocar, tu perdeu o juízo?

— Ah me poupe! — disse revirando os olhos e cruzando os braços pelo frio.

— O moleque roubou o malote do chefe morena — murmurou baixo —  sei que tu num gosta dessas paradas, mas aqui, o certo é pelo certo pô.

— Eu nunca vou me acostumar com esse teu lado bruto e cruel.

— Claro que num vai, por causa de que contigo eu num sou assim, eu nem quero que tu me veja nessas horas — disse com um sorrisinho no canto dos lábios — eu só cumpro ordens.

— Eu quero ir embora.

— Vamo lá pro meu cafofo — murmurou lutando para não me abraçar com as mãos sujas.

— Não posso, mamãe vai chegar do culto daqui a pouco — disse começando a caminhar com o homem atrás de mim.

— Tua bunda nesse shortinho fica um absurdo, esse rebolado mata vagabundo, papo reto —  disse rouco me deixando com as bochechas coradas — por causa de que tu num usa uns pijaminha desse pra mim?

— Você só gosta de me ver com suas blusas.

— Agora tô mudando de ideia pô.

Rir negando.

O homem me levou até a quadra de cima, nos despedimos com um selinho no beco escuro, porém admito que queria mais.

14:28

Sai da escola e nem pensei em esperar Danda, já fui indo pra casa, eu estava incomodada com algumas atitudes dela.

— Psiu, morenão!

Olhei para trás vendo MT, suspirei antes de revirar os olhos, o garoto sorriu vindo na minha direção ajeitando o boné.

— O que tu quer?

— Tu já foi mais delicada comigo pô.

— Fala logo, tô com fome e estressada, não me testa Matheus.

— Quero conversar contigo — disse coçando a nuca — tô mó arrependido do que fiz contigo, papo reto mermo, a tia me convidou pra ir almoçar lá na tua casa.