Nem Tão Doce Assim

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   O ouvi perguntar onde estava o meu carro. Abusado, mal me conheceu e já queria me levar pra onde quisesse. Mas esse pensamento não durou nem um minuto. Bastava um sorriso dele para me fazer mudar de ideia. O puxei pela mão meio cambaleante, é verdade, estava realmente tonta. Paramos na frente do meu carro e decidi entregar as chaves para ele. Estava bêbada, mas estava consciente, e sabia que não estava em condições de dirigir. Entramos e ele começou a conduzir o veículo, que andava suave sobre o asfalto. Me olhava e mordia os lábios. Aquilo me excitava tanto! Me olhou de lado, sorriu pra mim. Um sorriso provocante, instigador. Estava me desafiando, e eu não era dessas que recusam desafios...
   Passei meu braço por seu pescoço, comecei a despentear seu cabelo, e enquanto ele dirigia minha mão rodeava pelo seu corpo. Minha cabeça rodava, mal tinha consciência do que estava fazendo. Tudo surtia de modo tão natural, entrei no jogo, e ele estava gostando de jogar. Mal podia sentir o que acontecia ao meu redor. Comecei a sentir borboletas no estômago, talvez fosse vergonha. O carro rodava em alguma rua escura, estreita. Não era um lugar que eu conhecesse, e caso estivesse sóbria teria medo de passar por ali. As borboletas no estômago se transformaram em uma náusea terrível e insuportável, e antes que eu pudesse impedir, vomitei, imundando o banco do carro. Merda, estraguei minha noite. Que puta vergonha.
   Ele me olhou com um sorriso zombeteiro, mas era clara a preocupação em seu rosto. Sua voz avelulada, rouca e suave demonstrava preocupação, quando disse para mim:
   _Você está bem? Não devia ter bebido tanto, gatota. Me indique o caminho da sua casa e vou te levar.
   Tentei esboçar um sorriso fraco, mas o gosto da minha boca era horrível. Vomitei novamente, dessa vez do lado de fora. Merda dupla. Fui apontando o caminho de casa, e no caminho já nem estava tão mal. Porém ainda estava tonta, e a vergonha havia se tornado um órgão do meu corpo.
   Chegamos em casa, ele estacionou e nem esperou convite, abusado. Chegou e foi entrando, como se fosse dono do meu nariz! Nem liguei. Mal entrei e fui ao banheiro, escovei os dentes para tirar o gosto ruim da boca e ele atrás, encostado na soleira da porta, como se fosse minha sombra. O que mais ele queria, afinal?
   Fui até a sala, me sentei no sofá e ele se sentou ao meu lado.
   _Você não devia beber tanto, garota. Devia deixar essas coisas para as pessoas mais experientes, sabe?
   Aquilo me deixou irada. Mais experientes? Quem ele pensava que era?
   _Até parece que você é muito velho, né?! Me poupe, cara. Eu sei o que eu faço. Mais do que você.
   _Sabe mesmo? Então qual o meu nome?
   Me calei. Puta merda. Ele era mesmo bom em discussões.
   _Tá vendo, garota? Você não sabe tudo que deveria. Ninguém sabe tudo que deveria.
   _Me ensina então, sabichão! Qual o nome do mestre da sabedoria, do sabe-tudo?
   _Austin, garota. É meio gay, eu sei. Acho que meu pai tava meio bebado quando escolheu meu nome. E o seu? Como se chama a Miss Experiência, a Senhorita Vodka?
   _Julya. Com Y, bem estranho, mas legal. Qual é a sua, Austin?
   _A minha? ... Por que você não descobre sozinha?
   E me beijou. Não como na primeira vez. Agora foi uma coisa feroz, violenta. A suavidade deu lugar ao desejo. Um beijo longo, diferente de tudo. Um beijo frio, em dois corpos quentes. Sua boca começou a deslizar pelo meu corpo, seu toque suave me excitava. Ele era terrível. Terrivelmente bom. Safado. Instigante. Gostoso. Deixava um gosto de quero mais. Me arrancava suspiros e gemidos intensos, olhava nos meus olhos com um olhar quase enfurecido, um misto de desejo e tentação. Eu o instigava, ele me castigava. Era bom. Era o melhor. Chegamos ao auge. Muitas vezes. Adormeci, exausta.
   Acordei no outro dia de manhã, estava morta. Meu corpo todo estava dolorido, dentro de minha cabeça parecia bater um martelo interno. Mas as lembranças da noite anterior eram tão doces. Abri os olhos e estava no quarto. Nem sei em que ponto do "encontro" nós havíamos ido para o quarto. Lá fora o barulho da chuva era constante e intenso. Dentro de mim também chovia. Não me arrependia, mas também não me orgulhava. Transar com um estranho, encarar o desconhecido. Mas que valeu a pena, não podia negar.
   Respirei fundo e me virei na cama, me espreguiçando. Mas o que era aquilo? 





Obs.:
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