"O último erro é sempre o pior deles".
Aos 15 anos, eles se conheceram. Aos 16, Chuuya descobriu quem era e de onde veio. Aos 18, Dazai saiu da Máfia.
Mas o que aconteceu quando os soukoku tinham 17 anos?
Cercado de mistérios em sua vida pessoal, Da...
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Há um ano, Dazai e Chuuya descobriram um pequeno cômodo no prédio da Máfia do Porto que não deveria estar ali.
Na noite em que o encontraram, os dois garotos estavam exaustos: finalmente tinham concluído uma missão que envolveu Chuuya forjar o próprio sequestro por duas semanas, Dazai levar um tiro no ombro esquerdo enquanto dirigia e ambos precisarem dormir em um mesmo colchonete velho e mofado por algumas noites em um porão. No final de todo esse plano complexo e doloroso, eles conseguiram cumprir o trabalho com sucesso e mataram os traidores da Máfia do Porto que Mori solicitou. Porém, como resultado, eles estavam mortos de cansaço, machucados e muito, muito mal-humorados.
Assim que finalmente chegaram no prédio da Máfia, Chuuya e Dazai praticamente se arrastaram pelos corredores do andar superior a caminho do escritório do chefe para passarem o relatório da missão. Chuuya disfarçava seu cansaço com uma expressão séria e concentrada no rosto enquanto tentava ao máximo dissociar seu corpo da dor das lutas e dos dias em cativeiro. Por outro lado, Dazai parecia já ter desistido de andar, e praticamente engatinhava no chão de tanta dor.
— Chibi, espere um pouco — ele disse com dificuldade.
Chuuya ignorou Dazai e continuou andando, mais lento que o normal já que sua perna mancava. Ele não era um dos seus subordinados e muito menos um cachorro para obedecer aos seus comandos.
— Chuuya — Dazai tentou de novo, mas sua voz falhava tanto que ele começou a tossir. — Chuuya, sinto muito em te dizer isso, mas você é bem fraco para a sua idade.
— Quê!? — Chuuya gritou, se virando para trás e apontando para Dazai quase deitado no piso de madeira. — Olha só quem fala, você tá literalmente se arrastando!
Dazai finalmente deixou os braços que sustentavam seu peso cederem e caiu deitado de lado no chão.
— Prove que é forte então.
Chuuya arqueou uma sobrancelha, sem acreditar no quão absurda era a proposta de Dazai.
— Por mais que eu te odeie e a oferta seja tentadora, eu não vou te bater nesse estado só para provar que sou forte. Você tá podre. — Ele se virou e continuou a andar, ainda disfarçando a dor que sentia no corpo. — Mas me procure de novo quando estiver um pouco melhor que te darei uma surra com prazer.
Dazai ficou em silêncio por alguns instantes e então suspirou pesarosamente.
— Meu Deus, como você é burro. Eu não estava te pedindo para me bater.
Chuuya parou e encarou Dazai pelo canto do olho. Ele sentiu os dedos automaticamente se fecharem em um soco e seu corpo ficou quente, a adrenalina correndo nas veias, mas tentou se controlar ao máximo.
— Você me chamou de fraco, seu merda.
— Sim.
— Se não queria que eu te batesse, o que você... — Chuuya parou de falar e arregalou os olhos quando entendeu. — Espera aí, você tentou me provocar para que eu te carregasse no colo!?
