RESUMO:
Katsuki se virou e caminhou pelo corredor entre os bancos. Ele passou os dedos pela madeira polida e depois parou em frente ao altar, apenas olhando para ele por um tempo. Quase pareceu olhar de volta, aquela sensação pesada afundando mais profundamente em suas entranhas.
Porque aqui estava ele, sozinho em uma igreja, esperando por alguém que talvez nunca mais voltasse. Ao que tudo indica, provavelmente seria de se esperar que ele se ajoelhasse, orando pelo retorno seguro de Izuku. A parte repugnante foi que, por um momento, ele quase pensou nisso.🔥
Estava em silêncio na igreja.
Já se passaram dez horas desde que Izuku saiu.
Dez.
Para uma missão que deveria durar no máximo duas horas - menos ainda, se Izuku plantasse apenas uma semente gravitacional.
...Mas é claro que isso não aconteceu, porra.
Katsuki cravou as garras em seus braços enquanto ficava ali, de costas para os outros. Não demorou muito para ele perceber que as outras três sementes estavam faltando, mas já era tarde demais.
E ele sabia que deveria ter visto isso vindo a um quilômetro de distância. Ele sabia. Mas, caramba, ele só... esperava.
Ele esperava que Izuku não fosse tão longe. Que ele cumpriria sua promessa.
Eu nunca deveria tê-lo levado lá.
Eu nunca deveria...
Alguém pigarreou. Kirishima.
Katsuki ficou tenso. "O que."
"Ah, é... hum."
"Desembucha."
"Certo." Kirishima disse. "Acabamos de receber notícias de Hatsume."
Katsuki imediatamente se virou. "Deveria ter aberto com isso." Ele murmurou. "O que ela disse?"
Kirishima tossiu e parecia evitar contato visual.
"Que porra ela disse?" Ele repetiu, cerrando os dentes.
"Não há sinal." Ele deixou escapar. "É... nenhuma das sementes está ativa, Bakugou. Ela não consegue detectar nenhum deles.
Por muito tempo Katsuki não respondeu. Ele apenas olhou para Kirishima, com a mandíbula cerrada. Lutando contra o desejo de atacar, de permitir que sua mente pegasse esse conhecimento e o seguisse para onde ele naturalmente o levasse.
Ele respirou fundo algumas vezes. Kirishima permaneceu enraizado no lugar e não moveu um músculo.
Depois de um momento, Katsuki fechou os olhos. "Existe alguma maneira de ativá-los remotamente?" Ele esperou. Quando Kirishima não respondeu imediatamente, ele abriu os olhos. "Apenas me diga, porra. Não preciso que você me mime , idiota.
Kirishima engoliu em seco. "Não." Ele respondeu. "Nós... já perguntamos sobre isso. Não é possível."
Katsuki respirou fundo e se virou novamente. Durante muito tempo, ninguém falou. Estava escuro lá fora. Por dentro também.
Pela janela, Katsuki observou espessas colunas de fumaça crescerem no horizonte, obscurecendo as estrelas.
"Uh," Kaminari finalmente disse. "Está... ficando muito tarde, cara. Talvez devêssemos... encerrar a noite...?
Katsuki encolheu os ombros. "Faça o que você quiser."
"Espere, você quer dizer que vai ficar?"
Ele zombou. "Obviamente."
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Lírio de fogo •BakuDeku•
FanfictionLá estava ele: sentado de pernas abertas no altar, uma bota de combate enlameada apoiada na beirada, com um sorriso satisfeito no rosto e uma aura relaxada, apesar da guerra lá fora. Izuku não tinha certeza do que esperava ver em seu primeiro dia ev...