Marés do Coração

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CAPÍTULO 44

MARÉS DO CORAÇÃO

Elena permaneceu no palácio do reino de Maréfem naquela noite, mas não conseguiu dormir, aquele palacio que a princípio parecia lindo aos  olhos de Elena, agora só parecia triste  e sombrio. Então naquela noite escura e fria, Elena ouviu uma voz suave falar dentro dela, que ela saísse ao encontro de Lilian, Elena aproveitou que estava sozinha, e voltou ao quarto onde tinha encontrado Lilian, mas ninguém estava lá, então Elena saiu nadando guiada pela sua intuição até um lugar escuro, sombrio e distante do palácio, Lilian tinha seguido a pessoa que iria entregar seu bebê e a acabou apagando, ao chegar lá Elena se deparou com uma sena impressionante Lilian, mesmo pequena e parecendo frágil estava lutando com tudo que tinha para salvar seu bebê que tinha sido entregue para um grupo de sereias e tritões nômades, ela estava disposta a arriscar sua vida para salva-lo, naquele momento Elena teve esperança de que um dia as tradições antigas pudessem dar lugar a uma nova era de igualdade e compaixão.

Os nômades eram um povo sem escrúpulos, que viviam em busca de caus. Eles eram bem maiores e mais fortes que Lilian mas isso não foi um obstáculo para ela tomar a decisão de lutar e proteger aquele bebê, tão pequeno e indefeso, Lilian eram uma mãe de verdade.

Elena se comoveu com aquilo e decidiu enfrentar os nômades e ajudar Lilian a recuperar seu bebê, e assim ela o fez, ela usou suas habilidades e fez com que os nômades fugissem apavorados.

Lilian agradeceu calorosamente a Elena por ter salvado o seu filho e quando ela estava saindo Elena com preocupação perguntou para onde Lilian iria. Então ela disse que  o pai do bebê não era humano e que ele não havia morrido como ela falou para as sereias de Maréfem, ela havia mentido para se preservar e preservar o bebê, o pai do seu bebê se chamava Marcos ele era um tritão, que ela havia conhecido em um arquipélago próximo, ela contou que se conheceram enquanto ela explorava uma pequena ilha desse arquipélago, e também foi assim que ela teve seu primeiro contato com a fé, ela contou que tinham se apaixonado e que continuava se encontrando com ele e que tinha planos de fugir para ficarem juntos, mas que o bebê nasceu um pouco antes do previsto, ela disse que pediu ajuda para Deus, que Elena era a reposta  que Deus tinha enviado, e agora ela iria encontrar com seu amado para enfim poder formar a família que ela tanto havia sonhado e pedido a Deus.

Naquele momento Elena teve certeza que Deus a havia levado até ali para ajudar Lilian. Então Elena se despediu da sua nova amiga e voltou para o castelo de Maréfem antes que desse por falta dela. Na manhã seguinte, Elena acordou com um burburinho no palácio, todos ficaram sabendo que Lilian, recuperou o bebê e fugiu para longe. Elena ficou preocupada de sofrer retaliassem por ter ajudado Lilian, mas ninguém soube de nada, a sereia que foi entregar o bebê para os nômades havia voltado para o castelo, ela disse que Lilian a surpreendeu e a apagou, antes que ela pudesse entregar o bebê. Mas as sereias ficaram furiosas pelo fato de Elena estar visivelmente aliviada e feliz por Lilian ter recuperado o bebê e ido embora.

Elena não quiz ser desrespeitosa, mas quando ouviu a notícia ela não conseguiu evitar de sorrir, então uma sereia das que faziam a guarda da rainha Nerissa a repreendeu. "Como você ousa sorrir de nossas tradições? E melhor você tomar cuidado ou não sairá daqui com vida", disse a sereia furiosa.

Então Elena respondeu: "Eu não tenho medo de lutar pelo que acredito ser certo, mesmo que isso signifique enfrentar minhas próprias irmãs. A justiça e a compaixão devem prevalecer contra tradições tiranas e infundadas".

Durante sua estadia em Maréfem, Elena se viu envolvida em uma teia de intrigas e traições, enquanto lutava para encontrar seu caminho através das águas turvas da política e da tradição. No entanto, ela permaneceu firme em sua fé e em sua determinação de fazer a diferença, sabendo que sua jornada estava apenas começando e que o destino dos reinos dos mares estava nas mãos daqueles dispostos a lutar por um futuro melhor.

Em contraste, o reino de Aquaterra era habitado por sereias e tritões mais velhos, profundamente enraizados em suas tradições e crenças. Lá era um reino mais pacífico organizado,  completamente em contraste com o Reino das Marés e  com Aquaterra, mas não menos desafiador, embora inicialmente céticos em relação às ideias de Elena, eles ficaram impressionados com sua fé e seus dons de cura. Lentamente, começaram a abrir seus corações para a possibilidade de uma nova era de paz e cooperação entre os povos do mar e da superfície.

No entanto, a jornada de Elena não foi marcada por encontros amigáveis. Ela teve que enfrentar os perigos do oceano, desde os predadores ferozes, como os tubarões, até as sereias e tritões dos reinos e os nômades que vagavam pelas águas em busca de aventura e caos. Em cada desafio, porém, ela encontrou a força interior para superar, confiando na orientação de Deus e no amor que ela carregava em seu coração.

À medida que ela continuava sua jornada, as águas do oceano se tornavam um reflexo de sua própria jornada interior. Assim como as marés, ela experimentava altos e baixos, momentos de desespero seguidos por momentos de esperança renovada.

No entanto, em cada onda, ela encontrava a promessa de um futuro melhor, onde a paz e a harmonia reinariam em todo o reino submarino e além.

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