Além do Mar e da Lua

O Acordo de Paz

CAPÍTULO 40

 O ACORDO DE PAZ

Após saírem da cabana, David, Daniel e Lucas se dirigiram a clareira. Reunidos em uma grande assembleia representantes das duas facções discutiam os termos de um possível acordo de paz.

Os lobisomens propuseram cessar as hostilidades e estabelecer uma trégua duradoura com os tritões, em troca da garantia de acesso seguro ao mar e suas áreas adjacentes. Eles também se comprometeram a não interferir nos assuntos do povo do mar, desde que os tritões respeitassem a soberania dos lobisomens sobre a terra e deixassem Elena em paz para ir e vir assim ajudando o povo do mar com seu dons por vontade própria e não por imposição.

Por sua vez, os tritões concordaram em respeitar o território dos lobisomens e em cessar seus ataques contra eles, e deixar de perseguir Elena, os dons de cura dela iriam ajudar muito o povo do mar na sua batalha contra a extinção. Além disso, eles concordaram em permitir que os lobisomens tivessem acesso limitado ao mar, desde que fosse para fins pacíficos e não interferissem nos assuntos submarinos.

Ambas as partes concordaram em estabelecer uma comissão de paz, composta por representantes de ambas as povos, que se reuniriam regularmente para resolver quaisquer disputas ou mal-entendidos que surgissem. Além disso, eles concordaram em realizar cerimônias de reconciliação na esperança de promover uma maior compreensão e cooperação entre os dois povos.

À medida que os detalhes do acordo de paz eram discutidos e finalizados, havia uma sensação palpável de otimismo e esperança no ar. Ambos os lados reconheciam que a paz era o caminho para o progresso e a coexistência pacífica, e estavam dispostos a fazer o que fosse necessário para alcançá-la.

Surpreendentemente, tanto os tritões quanto os lobisomens estavam receptivos à proposta, reconhecendo a futilidade e o custo humano da guerra, concordaram em estabelecer uma nova ordem, baseada no respeito mútuo, na compreensão e na busca pela paz. Os tritões haviam presenciado os poderes de Elena, e não queriam entrar em guerra com Ela novamente.

Enquanto a assembleia chegava ao fim e os representantes dos lobisomens e dos tritões se preparavam para retornar às suas respectivas comunidades, havia um sentimento de alívio e expectativa em relação ao futuro. O acordo de paz representava um novo começo para ambos os povos, uma oportunidade de deixar para trás o passado de conflitos e divisões e abraçar um futuro de cooperação e harmonia. E, com isso em mente, eles se despediram, determinados a fazer a paz prevalecer em suas terras.

Enquanto o tratado era celebrado com festividades e alegria, Elena e Daniel olhavam para o futuro com esperança renovada, esse era apenas o primeiro passo, eles não conseguiriam mudar o modo tirano que o povo do mar vivia de uma hora para a outra, foram séculos de tradições e opressões, não era um documento que iria mudar a vida do povo do mar,  pois o único que é capaz de transformar vidas e mudar pessoas desde o interior é Deus e a fé não pode ser imposta ela tem que ser aceita. Esse seria a difícil missão de Elena, ser uma agente da paz, uma testemunha do Deus altíssimo para o povo do mar. Eles sabiam que o caminho à frente seria difícil e cheio de desafios, mas estavam confiantes de que, juntos, poderiam viver em paz com seus povos.