Capítulo VII - parte V

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  -   Aldebaram — meu tio grita irritado — Nos explique o que você está falando.

 -   É, eu... eu... eu falei errado. Não foi um atentado, foi um acidente mesmo. Me confundi com a história — eu falo balançando as mãos trêmulas.

 -   Nos diga a verdade. Somos os moradores da ilha também, temos que saber se estamos correndo perigo — alguém gritou da plateia e todos concordaram e começaram a gritar em uníssono — Diga a verdade...— junto dos gritos veio vaia que fizeram minha cabeça girar por completo.

  -    É... é... é — YoKo correu em minha direção, mas os seguranças a impediram de passar, acho que ela gritava o meu nome. Não sei mais, já não escutava mais nada, me sentia perdido, leve como se eu não estivesse mais naquele local. E de repente, o meu corpo toma peso novamente e com uma grande falta de ar, sou jogado para realidade onde todos olham para mim e gritam por resposta. O ambiente está pesado demais para mim, sem nem me preocupar em pegar minhas coisas, saio correndo do auditório deixando todos para trás.

 O ambiente está pesado demais para mim, sem nem me preocupar em pegar minhas coisas, saio correndo do auditório deixando todos para trás

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       Os corredores permaneciam em total silêncio se não fosse apenas uma coisa: YoKo. O som do seu salto ecoava por todo o ambiente junto a sua voz enquanto falava pelo soundy:

  -   Eu não sei o que fazer, não consigo achá-lo. Ay, você tem que dar um jeito nisso. Não consigo nem ao menos agir, Aldebaram tem sérios problemas. Ele vive um personagem que ele não consegue mais sustentar. Você é a única que consegue ajudá-lo.

  -   Ei, calma. Tenta achá-lo primeiro e depois vamos ver o que podemos fazer. Até agora, estou de "castigo".

  -    Eu estou calma, só que isso está horrível. É sempre um vai e volta, isso é cansativo.

  -    Você confia em mim?

  -    E precisa perguntar?!

  -   Então, relaxe. Eu vou dar um jeito nisso.

  -   Você sempre dá um jeito nas coisas... mas quando isso terminar vou precisar de terapia, olha meu olho piscando - Ayla ri

  -   É, ainda bem que você sabe— YoKo se perguntou se ela estava falando sobre sempre dar um jeito nas outras ou sobre a terapia .(Daphne, precisamos conversar) alguém no fundo chamou — Ok, eu preciso ir agora, lembre-se, apenas relaxe.

  -   Ok, tchau.

        YoKo desligou a ligação com um toque no aparelho no ouvido e, com ajuda de seu soundy começou a ligar para Aldebaram. O toque parecia infinito. Até que ela viu algo maior que o infinito, o pôr do sol, as janelas davam uma visão panorâmica. A imagem era digna de uma sessão de fotos só para ela, o sol se pondo atrás das montanhas, o tom alaranjado com rosa fez ela finalmente parar e respirar, e a ligação desligou . Ao respirar mais forte, sentiu um cheiro de algo queimando.

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