Capítulo VI - parte VI (final)

1 1 0
                                    

  ⚠️⚠️⚠️⚠️ ATENÇÃO A PARTIR ESTE CAPITULO POSSUI CENA DE ESMAGAMENTO⚠️⚠️⚠️⚠️

-   Oi, querida. Você vai ficar bem,ok?!

       Pelo o que vejo seu braço direito está totalmente debaixo da parede, com a lanterna vejo que tem muito sangue e o membro está arroxeado. Vejo os seus sinais está fraco, pouco sangue e muito destratada, consequências de uma hemorragia. Anoto em seu braço.

 -    Querida, me diz que você consegue sentir o seu braço direito - ela permanece em silêncio, com lágrimas caindo - Vamos lá preciso que você me ajude. Então, me diga qual o seu nome ?

       Com a mão trêmula, ela começou a fazer sinais. Ela estava se comunicando, ela era muda. Droga, isso explica muita coisa, mal consigo imaginar o quão desesperador deve ter sido para ela.

 -  A- P - R - I - L - L - A - ela soletra seu nome com a mão trêmula. Respondo para ela em língua de sinais

 -  Não se preocupe. Eu vou te ajudar - ela sorriu - Eu vou procurar por ajuda . Eu já volto - ela concordou com a cabeça

Corri para fora e gritei por ajuda. Algumas pessoas vieram em meu encontro

 -    O que aconteceu? - perguntaram em uníssono

 -    Uma parede caiu sobre uma menina, mas ela só se comunica com língua de sinais. Preciso de ajuda, caiu no braço direito dela e já perdeu muito sangue.

 -    Vamos lá

         Voltamos correndo para dentro da loja, com ajuda de oitos pessoas conseguimos subir a parede. E quando levantamos, uma ânsia de vômito subiu instantaneamente, debaixo da parede uma outra menina que estava de mãos dadas com a garota, contudo essa garota estava toda deformada. A parede havia esmagado ela por completo. Talvez seja isso que tenha impedido o braço da garota ter sido decepado. Uma confusão de músculos, ossos esmagados, órgãos rompidos e muito sangue. Alguém vomitava no outro lado. Antes que eu pudesse impedir que Aprilia visse a garota, ela olhou para debaixo da pedra. Quando ela viu o resto da menina, ela começou a chorar desesperadamente. Por seguinte, ela começou a respirar aceleradamente. Quando me aproximei, sua pele estava muito pálida e suava frio.

 -   Droga, levem ela agora. Ela está tendo um choque hipovolêmico

          Um dos bombeiros a pegou no colo e saiu correndo para fora. Avisei para o centro que precisaríamos de muitas bolsas de sangue e expliquei a situação. Eu os segui. Parado lá na frente estava aquele primeiro bombeiro, a quem pedir ajuda, que olhava assustado para a menina.

 -   Vocês precisam de ajuda? - perguntou .

           Com ódio passo o perto o suficiente para trombar com seu braço esquerdo, olho no fundo dos seus olhos

 -  "Se quer ajudar, vá se preocupar com outra coisa mais importante" - cito de forma ríspida

          O deixou para trás e sigo o bombeiro com a menina. Agora, já não contávamos apenas com a caminhonete, o hospital havia enviado uma ambulância. O caso de Aprillia era grave demais para ir pro galpão. Ela foi levada diretamente a um hospital, recebendo o tratamento em uma com todos os equipamentos possíveis. Fiquei observando o carro sair até que sumisse da minha vista. Voltei para a pequena loja de construção. As pessoas estavam sentadas na frente, algumas passando mal.

 -    O que vamos fazer com a outra... menina?

 -    O que mais podemos fazer? - lhe devolvo a pergunta. Antes da ambulância sai com a menina eu pedir por um saco para corpos - Devemos dar o mínimo de dignidade a ela

Terra ModernaOnde histórias criam vida. Descubra agora