Já estava no horário do café da manhã. Minhas coisas estavam prontas, então decidi descer para o encontro. Resolvi ser o mais sociável possível, cumprimentando todos possíveis. A sala de jantar é elegante e sofisticada, com uma mesa longa e oval rodeada por vinte cadeiras estofadas. O teto é decorado com um lustre de cristal que brilha à luz das velas. Na parede do fundo, há um grande espelho que amplia o espaço. Sobre a mesa, há uma toalha branca e fina, pratos de porcelana, talheres de prata e copos de vidro. No centro, há um arranjo de flores de plástico. Em frente ao espelho, há um aparador de madeira com uma bandeja de prata com frutas e queijos.
Nas outras paredes, há quadros com paisagens do reino e retratos reais. Na mesa, eles estavam todos arrumados. Minha mãe sentada na última cadeira do lado esquerdo estava com uma maquiagem branca que alternava entre variados formatos de círculo em torno dos olhos e usava um batom prateado. Estava vestida com um vestido comprido e justo na cor prata fazendo contraste com sua pele escura. Seus cabelos estavam presos em um coque elaborado que revelava nas costas um grande decote.
Ao lado dela estava o meu pai Haydock. Ele possui a pele mais clara por causa da origem nortista de minha avó. Ele tem longos cabelos platinados, mas suas laterais são raspadas e possui os mesmos olhos pequenos e puxados para cima da minha avó, mas com a característica cor cinza. Ele vestia um terno de alta costura na cor prateada que combinava com o de minha mãe.
E ao lado deles estava minha irmã mais nova. Em frente a eles está meu tio mais novo Kevian que se parece muito com meu pai só que possui cabelo cacheado e mais escuro, olhos redondos e possui piercings por toda as orelhas. Estava vestido com um terno cinza claro e alguns detalhes dourados. Seu cabelo estava preso em forma de duas cascatas de cachos ao seu lado estava sua esposa. Ao entrar na sala, todos me olham, mas logo voltam para suas refeições.
— Onde está o resto da família? — pergunto enquanto sento em uma cadeira distante deles.
— Bom, seus avós irão só aparecer na confraternização. Green, não faço a menor ideia de onde esteja. E Purple foi procurar o irmão. — respondeu minha tia Cathy. Ela tem cabelo preto e cacheado grande que usava um vestido translúcido que contrastava com sua pele preta. Sua maquiagem era dourada com contorno nos seus olhos castanhos claros. Ela parecia muito iluminada por conta da festa.
— A senhora parece muito feliz. Não é mesmo? — ela sorriu
— Sim, estou. — escuto uma bufada em direção da minha mãe. — Bom, eu gosto de pessoas. Gosto de festa, gosto de ouvir boa música e rir com histórias bobas das pessoas. — outra bufada — Querida, se está com problemas na garganta posso te indicar um remédio. O que acha?
— Não é preciso. Estou bem, só fico incomodada com esses eventos inúteis.
— Não são inúteis. São minha salvação de ver a cara de desgosto de certas pessoas — disse minha tia enquanto bebia o chá.
— Aldebaram — disse meu pai.
— Sim, senhor.
— Você está vestido para a cerimônia. Mas tem certeza do que vai fazer? É uma decisão importante e deve ser muito bem pensada. Não é brincadeira, haverá consequências. Você está preparado para enfrentá-las independentemente de quais sejam?
— Senhor, eu nunca tomo decisões sem pensar antes. E sim, estou preparado para as conse ...— sou interrompido pela chegada de Aludra
— Você sabe pai, meu irmãozão é teimoso demais. É do tipo que morde no osso e não solta mais — ele vinha andando em direção à mesa.
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Terra Moderna
Diversos" O bom filho à casa torna" é um ditado que evoca o retorno às origens seja de um local e/ou forma de viver. Mas e se essas origens nunca foram um refúgio. Ayla é uma estimada pesquisadora do instituto de Akya Asta, ela trabalha como médica no campo...
