Capítulo 5

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Pérola🤎

Esse cara já tá me dando medo, juro por Deus. Se essa desgraça ficar me olhando mais um pouco eu jogo uma cadeira dessas na cara dele. Tava tudo normal, até eu perceber que ele não parava de me olhar. Tá que ele é um gostoso, mas ficar me olhando com essa cara de cu toda hora também não dá né.

Bebemos muito, rimos do Lc se declarando pra Amanda completamente bêbado. Eu acho extremamente fofa a relação deles dois, principalmente a história deles. Eles se conheceram quando o Lc fazia bico de entregador de pizza lá no asfalto, foi tipo amor a primeira vista. Quando eles dois contam essa história, a Amanda fala que o Lc que correu atrás, e o Lc fala que foi a Amanda que correu atrás, mas todos nós sabemos que o Lc que foi atrás da Amanda, né?

Já eram 01:00, tava geral bêbado e o pagode ainda tava fervendo. Chamei a Celine pra ir no banheiro comigo, mas a vagabunda ficou lá nos amassos com um tal de Ph, pelo que me falaram ele é o gerente aqui do morro. Larguei ela lá e fui procurar o banheiro, como dizia a minha mãe, não nasci grudada com ninguém.

Cheguei lá no balcão pra pedir informação, e quando eu vou em direção ao banheiro, vejo aquele cara saindo do quarto com uma mulher. Ele tava de cara fechada, ajeitando a camisa, enquanto ela tava toda sorridente, andando meio torta. Pela beleza dele, eu queria estar no lugar dela, não vou mentir. Mas o querido só me olhou de cima a baixo e desviou o olhar, eu hein. Pra mim ele é viado.

A mocreia lá tava jogando o cabelo e dando sorrisinho debochado pra mim. Me fiz de doida pra não voar em cima dela, e entrei no banheiro. Nem fiz nada lá, só retoquei meu gloss e ajeitei meu cabelo. Não é por que a festa tá acabando que eu tenho que estar acabada também né?

Saí do banheiro e acidentalmente trombei em alguém e fiz a bebida dessa pessoa cair, mas tudo só piorou quando eu olhei pra cima e vi aquele mesmo cara, com a camisa toda molhada, de olhos fechados e respirando fundo. Foi aí que eu pensei, tomei no meu cu. Mas mantive a postura né, foi sem querer, não vou aceitar levar culpa.

Grego: Tá cega filha da puta? - Falou todo putinho.

Pérola: Vai tomar no seu cu, seu maluco, tá achando que é quem pra vir me xingando assim?

Grego: E tu sabe quem sou eu, piranha? - Aumentou o tom de voz chegando mais perto de mim.

Pérola: Pode ser quem for, você não tem o direito de chegar xingando quem você quiser. Acabou de comer uma buceta e tá estressado? Ou o chá não fez efeito ou você que não comeu direito. - Cheguei mais perto também. Peitei mesmo, eu hein.

Ele agarrou a parte de trás do meu cabelo com força, fazendo minha cabeça inclinar pra trás. Nesse momento minhas pernas estavam trêmulas e todo mundo já tava olhando pra gente.

Grego: Da próxima vez que tu vier de marrinha pra cima de mim, achando que manda em alguma coisa aqui, tu vai virar marmita de bandido e depois vai cair na bala, tá me ouvindo? - Apertou minhas bochechas com a mão livre.

Eu só concordei com a cabeça. Eu tava com muito medo, dava pra perceber o ódio que ele tava, tava até trincando o maxilar e falando entre os dentes. Se eu disser que me deu vontade de chorar, vocês vão me julgar? Por que a vontade que eu tive foi de sair correndo e chorando dali.

Bn: Qual foi Grego? Solta minha irmã, tá malucão? - Chegou por trás dele, dando um empurrão.

Grego: Você é outro pau no cu, fica defendendo essa puta que tu chama de irmã, olha o que essa maluca fez na minha camisa. - Me soltou de vez e apontou pra própria camisa.

Minha nuca tava doendo, e o meu rosto também. Eu só queria sair dali. Por isso que eu não saio de casa, olha a merda que eu fiz.

Bn: Ih ala, tu não banca de bonzão? Esbanjando dinheiro? Compra outra pô, e eu tenho certeza que ela não fez por que quis. - Bateu de frente com ele.

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