Capítulo 7

921 38 6
                                    

Pérola🤎

Horas antes...

Terminei de tomar meu café e fui lavar a louça, o Breno já tinha sumido de casa, só Deus sabe pra onde foi.

Coloquei meu fone e me concentrei no que eu tava fazendo. Não quis ligar a caixa de som por que os pais da Celine estão aqui e eles não gostam de barulho. Estou tentando evoluir espiritualmente, então nem vou caçar confusão com eles hoje.

Eu estava na cozinha e eles na sala. Mesmo de fone, estava percebendo um tom meio estranho nessa conversa deles, parecia mais uma discussão.

E realmente era.

Alexandre: QUE PORRA ANGÉLICA, PRA QUÊ TU ROUBOU AQUILO TUDO? - Disse andando para um lado e para o outro.

Angélica: VOCÊ AINDA ME PERGUNTA PRA QUÊ EU ROUBEI? EU TENHO MINHAS DÍVIDAS PRA PAGAR, CARALHO. - Grita.

Alexandre: E como você quer pagar isso, hein? -  Chega perto dela devagar, fazendo a mesma se encolher um pouco.

Pela primeira vez eu senti pena dela.

Alexandre: ME RESPONDE ANGÉLICA! COMO VOCÊ PRETENDE PAGAR? ROUBANDO 30 MIL EM DROGA DELES PRÓPRIOS? - Grita na cara dela. Eu só conseguia ouvir o choro amedrontado dela.

Angélica: Me desculpa, eu prometo que vou concertar tudo isso.. - Sua voz estava falha.

Alexandre: Como você vai concertar? Me diz, anjinha. Vai vender isso tudo de droga pra quem, hm? - Olha no fundo dos olhos dela. - ME DIZ PORRA! FALA PRA MIM PRA QUEM CARALHOS VOCÊ VAI VENDER ISSO TUDO! - Desferiu um tapa na cara dela, fazendo o rosto da mesma virar para o lado.

Eu estava aterrorizada. Minhas pernas tremiam, eu estava com medo por ela.

Angélica: EU VOU DAR UM JEITO PORRA! PARA DE ME BATER, POR FAVOR! - Ela praticamente implorou.

Alexandre: Eu já entendi a merda que tu quer fazer, mas eu quero que tu fique ligada em uma coisa. - Levou a mão até o pescoço dela, apertando com força - Se esses filhos da puta descobrirem teu planinho, sua drogada de merda, você vai morrer sozinha e da pior forma, entendeu? 

Angélica: Para de me chamar assim...É TUDO CULPA SUA, EU SOU ASSIM POR CULPA SUA! - E ela chorou mais ainda.

Alexandre: Para de falar isso sua vagabunda, você é assim por que quer, por que é podre, imunda. - Apertou mais ainda o pescoço dela.

Angélica: Eu te odeio tanto Alexandre...você vai pagar por tudo que fez e ainda faz.. - Foram suas últimas palavras antes de cair desmaiada no chão.

Ele a deixou lá, como se fosse um nada. Ainda desferiu chutes nela.

Eu estava desesperada, tentei ir até ela mas ele gritou.

Alexandre: FAZ ISSO E QUEM VAI SOFRER VAI SER VOCÊ, SUA PUTA NOJENTA. - Apontou o dedo pra mim. - SAI DAQUI, ANDA. SAI DAQUI AGORA! E SE VOCÊ CONTAR PRA ALGUÉM, VOCÊ VAI TER O FIM IGUAL AO DOS SEUS PAIS.

Minha única reação foi sair correndo de lá, me trancar no quarto e cair no chão chorando.

O que eu fiz pra merecer isso?

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora