Capa: Akira Takahashi
No meio de uma cidade cheia de robôs assassinos, tem sempre uma vítima, Mavi. Tudo muda quando ela vira amiga de seu maior inimigo, um robô "Hyde".
Ela vai ajudar ele com um grande mistério que a empresa tanto esconde do resto...
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Naquela cidade abandonada, em um planeta aleatório e esquecido, encontrava-se Mavi, talvez hipnotizada pela televisão. O que aquela gravação era? Mavi não sabia, mas parecia familiar. Tinha a vaga lembrança de já ter escutado essa canção, ecoando pela cidade. O brilho anormal, a resolução baixa da imagem e a música estridente ecoando ao redor criavam uma atmosfera envolvente. Mavi sentia uma leve sonolência, incapaz de desviar o olhar da tela da televisão. A figura da mulher em preto e branco com seus olhos hipnotizantes parecia ganhar vida naquele cenário, capturando sua atenção de forma irresistível.
- Caramba, bugou mesmo... - Ouviu aquele Hyde murmurar atrás dela e, em menos de um segundo, saiu da hipnose ao se lembrar que ele - ainda - estava ali, embora já não apresentasse tanto perigo assim.
- Aaaah você ainda tá aqui, não devia ter me tirado da hipnose! Estava me divertindo. Foi mal mas qual é seu nome?
- Desculpe... é Neo. - Disse triste. - E o seu?
- E-eu não disse antes..? É Mavi.
- Oh, e o que é isso..? - Murmurou curioso, dando passos para frente enquanto Mavi tentava se afastar. - Parece... um outdoor, ou um holograma... só que em formato de caixa..? - Virou a cabeça para o lado, confuso.
- Vo-você não sabe o que é uma televisão???
- Não..?
- (...) É tipo isso que você disse... - Mavi ignora e começa a olhar ao redor, e a única coisa que não parecesse ter parado no século 20 que viu ali foi um celular, camuflado em cima de uma mesa cinza, estava meio escuro mas dava para ver que era um celular. - Acho que ainda tem alguém por aqui... - Disse Mavi se aproximando.
Quando pegou o celular, jurava ter escutado um barulho vindo do armário, mas talvez ela não fosse tão detetive assim ao ponto de se preocupar em verificar ele. Então só ligou o celular, porém tudo que ela viu foi o papel de parede do celular, que era a de uma flor, Dália Negra. Obviamente Mavi não fazia a mínima ideia da senha ou de quem era o dono, então só largou o celular ali mesmo. Quando virou-se para trás, viu Neo tentando remover a fita cassete da televisão.
- Não é assim que se tira. - Disse, como se fosse melhor que ele naquilo. - Eu tenho uma dessas, seja lá quem queria usar essa fita tava desesperado atrás de uma televisão antiga, por que semana passada alguém tentou mexer na minha.
- Nossa, que loucura! Quem você acha que foi?
- Não faço a mínima ideia... - Murmurou constrangida ao ver que também não conseguia tirar a fita dali. - Sempre tem um robô Echo ou outro que quer se meter aonde não deve...
- Tipo você?
- Ué..? V-vamos dar o fora daqui logo... - Sussurrou, lançando um olhar de canto para Neo do outro lado da sala. Passou correndo por Neo e saiu daquele apartamento, e Neo deu uma última olhada para aquele lugar, a TV agora falhando e o som mais sinistro ainda por conta das interferências. Sentindo um calafrio bizarro, Neo rapidamente saiu, deixando para trás - o que ele não sabia - Nevi, que encontrava-se escondida no armário.