Capítulo 11: "O DUQUE PETER"

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- Rei Arthur: Já chega, vá para o seu quarto agora. Não sei por que achei relevante te chamar aqui. Vá! - ele diz, apontando o dedo para a porta.

- Duque Peter: Vossa Alteza, não está exagerando um pouco?

- Sebastian: Fique tranquilo, engomadinho. Eu não faço questão de estar aqui. Passar bem. - me levanto e saio da sala.

Vou correndo para o meu quarto, chorando. Eu não aguentava mais, o mundo estava sendo injusto comigo. Eu era um garoto normal, com uma vida normal. Sinto saudades de colher laranjas e de pescar peixes para minha mãe. Isso tudo está me fazendo falta, eu faria de tudo para voltar no tempo e viver tudo aquilo de novo.

Chego no quarto, mas Aaron não estava lá. Deito na cama com o rosto virado para baixo e começo a chorar.

- 𝑨𝒂𝒓𝒐𝒏

Estou passando pelas paredes, atravessando-as, direto para a sala vermelha. Fico na porta para que não possam me ver e começo a ouvir o que eles dizem para eu avisar a Sebastian.

- Rei Arthur: Todos nós sabemos do ritual da lua de sangue. As bruxas estão atrás do sangue dos quatro irmãos para o ritual.

- Barão Henry: Mas precisamos saber quem são os quatro irmãos. O primeiro já sabemos que estava no reino de Copas. O próximo estará aqui?

- Lady Eleonor: Ouvi falar pelos moradores do reino que um deles está aqui, o outro está no reino de Aurélia e no reino de Valoria. Mas também dizem que o irmão do reino de Copas está morto.

- Rei Arthur: Eles são plebeus, Eleonor.

- Lady Eleonor: Não, eles são moradores como nós. Essa desigualdade aqui não deveria ser admitida.

- Rei Arthur: Quem manda nesse reino sou eu, então não tente ser maior que eu, você só está aqui porque eu admiti você no meu reino e na minha família! - ele bate na mesa.

- Duque Peter: Vocês não vão brigar aqui, né? Se forem, já traga a pipoca. - ele diz debochando e rindo.

- Rainha Pandora: Por favor, sem discussões e sem deboches aqui. Ajeite sua postura, Peter, e chega de discussões. Precisamos discutir uma única coisa: ir atrás dos quatro irmãos e tirar eles do mapa - ela diz em um tom formal, sem alterar a voz.

- Princesa Íris: Eu posso ir atrás deles. Treino todos os dias esperando por esse momento. Já tenho minha espada para isso. Sou mais bruta que esses magos e soldados.

- Rei Arthur: Não vamos falar sobre isso de novo. Você ficará aqui e será a futura rainha desse reino, não uma "bárbara".

- Princesa Íris: Escute aqui, pai. Eu não sou uma bárbara, eu sou uma guerreira.

- Rei Arthur: Cale a boca, sua bastarda. Vá para o seu quarto agora. Irá ficar sem comer por tempo indeterminado. - ele se estressa.

Íris sai batendo o pé em direção ao seu quarto. Margot, sua dama de honra, vai atrás dela. Enquanto isso, eu tento descobrir quem são esses quatro irmãos.

- Duquesa Catherine: Por favor, vamos discutir esse assunto logo. Se há rumores de que o quarto irmão, do reino de Copas, está morto, como elas vão realizar o ritual?

- Lady Eleonor: Elas vão fazer com os três e usarão o sangue de algum familiar do quarto irmão. Será preciso, no máximo, três familiares de sangue ou de sentimento.

Fico surpreso com aquilo. O quarto irmão pode ser o Sebastian. Sua mãe, o Draven e a Rosa podem estar com essas bruxas e necromantes.

- Rei Arthur: Mas então, esse ritual acontecerá na colina perto do reino de Aurélia. Precisamos mandar nossos magos de gelo para lá.

- Sir Edward: Não acho uma boa ideia, Vossa Alteza. Eles terão que atravessar um pouco do mar Ortodoxo para chegar até o reino de Aurélia. Lá existem sereias, todos sabem que sereias são criaturas cruéis, piores até do que os necromantes e as bruxas.

- Rei Arthur: Não importa, será por uma boa causa. Vou mandar o mensageiro para o reino de Aurélia, e o reino de Valoria. Precisamos de apoio nessa jornada.

- Duque Peter: Com licença, preciso ir ao banheiro. - ele se levanta.

- 𝑺𝒆𝒃𝒂𝒔𝒕𝒊𝒂𝒏

Começo a tirar minha roupa, fico apenas de cueca. Irei dormir um pouco, sofri demais por hoje.

Batidas na porta*

- Sebastian: Duque Peter? O que o senhor deseja?

- Duque Peter: Relaxa, não precisa me chamar de Duque nem de senhor. - ele entra no meu quarto.

- Sebastian: Desculpa, mas o que você quer? - fecho a porta.

- Duque Peter: Bom, não aguentava mais aquela reunião chata, vim aqui te visitar. - ele começa a tirar sua roupa.

- Sebastian: Por que você está se despindo? Pare!

O Peter fica apenas de cueca também, e se deita em minha cama, e começa a relaxar.

- Sebastian: Será que você pode me explicar o que você está fazendo? - sento ao lado dele.

- Duque Peter: Fica de boa, apenas sinta essa paz, suas mãos são bonitas. - ele pega em minhas mãos. - quem sabe elas possam me aliviar.

Ele começa a colocar minha mão em seu peitoral.

- Sebastian: O que está fazendo? Sua esposa pode aparecer, e seremos queimados.

- Duque Peter: Cale a boca, você fala demais.

Nessa hora, Peter me puxa para si, e me beija, sem meu consentimento. Tento sair do beijo, mas ele segura meus braços, me forçando fazer aquilo.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂...

A LUA CHEIA (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora