Capítulo 12: "FUGA PROFANA"

96 15 1
                                    

Cada vez mais, eu ponderava sobre aquele beijo e questionava se era aquilo mesmo que eu desejava. Eu não queria estar ali com o Peter, meu coração ansiava por Draven, que infelizmente devia estar morto, por minha culpa.

- Sebastian: Por favor, pare! - interrompo o beijo e me levanto.

- Duque Peter: O que foi? Você não está curtindo?

- Sebastian: Saia daqui antes que eu conte para todo mundo que você me assediou. Acredite, vão acreditar em mim e, se não acreditarem, eu deixarei esse lugar. - digo enquanto abro a porta para que ele saia.

- Duque Peter: Não há problema, acho que prefiro minha esposa do que um órfã como você. - ele cospe no chão e sai com suas roupas.

Bato a porta de forma impetuosa e fico sem reação. Como alguém pode ser tão desprezível assim? Parece que ninguém neste reino presta. Meu Deus, envie-me algum sinal para que eu possa partir daqui e reencontrar aqueles que amo.

- Aaron: Sebastian!

Aaron atravessa a parede com sua forma fantasmagórica, aparentando estar desesperado.

- Sebastian: O que foi, Aaron? - digo com impaciência.

- Aaron: Acabei de voltar da sala vermelha e ouvi o que eles disseram sobre tudo isso que está acontecendo.

- Sebastian: E o que é tão importante?

- Aaron: Sua mãe, Draven e a Rosa podem estar vivos. As bruxas siamesas e os necromantes estavam atrás de você. Elas precisam do sangue dos quatro irmãos. Dizem que o quarto irmão, do reino de Copas, está morto, mas está claro que se trata de você!

- Sebastian: Como assim? Quem são esses quatro irmãos e por que eu sou um deles? - digo, coçando a cabeça, completamente confuso.

- Aaron: Os quarto irmãos são os últimos lobisomens vivos, com sangue das bruxas em suas veias. E pensaram que o quarto irmão está morto, porque você sumiu do reino de Copas, e está aqui! - ele diz pulando de alegria.

- Sebastian: Mas então, isso quer dizer que eu tenho alguma magia em meu corpo? - digo muito confuso.

- Aaron: Isso eu já não sei, mas eu também ouvi eles dizendo, que elas estão atrás dos três irmãos, já que você está supostamente morto. E que para elas realizarem o ritual, precisava do sangue de algum familiar seu, ou alguém que você tivesse algum sentimento. Sua mãe, Draven e a Rosa.

- Sebastian: O quê? Meu Deus, isso quer dizer que eles devem estar presos em algum lugar, precisamos descobrir aonde, e ir atrás para salva-los!.

- Aaron: Sim, ouvi que eles estão numa colina, ao lado do reino de Aurélia. Precisamos ir até lá!

Mas fico confuso, como vamos sair do reino para ir até lá, o reino de Aurélia é um pouco afastado daqui, iria demorar muito se fossemos com uma carroça até lá. Seria preciso um cavalo para cada um, mas mesmo assim seria difícil arranjar os cavalos. Os cavalos que viemos foram vendidos, então não temos nenhum. Começo a perguntar para Aaron como podemos sair daqui, ele então diz que podemos roubar dois cavalos, e ir para o reino de Aurélia naquele exato momento.

Começamos a nos arrumar, e nos agasalhar bastante, fará muito frio. Então nos preparamos para a fuga, ninguém poderia ver nós dois. Começamos a discutir por onde poderíamos sair, então Aaron tem uma idéia de amarrarmos lençóis, para eu poder descer pela janela, até porque o Aaron não precisa. Amarramos os lençóis, eu então começo a descer pela janela, e aterrizando no chão.

Eu e Aaron começos a correr, em direção a vila. Chegando lá, fomos até o celeiro, estava vazio, apenas os cavalos estavam lá. Rapidamente, pegamos dois cavalos, e levamos eles para fora, mas sem esperarmos, avistamos uma pessoa encapuzada descendo das escadas do palácio.

- 𝑰𝒓𝒊𝒔

- Dama de Companhia: Princesa, você tem certeza de que deseja fazer isso? O mundo lá fora é extremamente perigoso.

- Princesa Íris: Minha decisão está tomada, Margot. Eu irei embora hoje mesmo e irei mostrar ao meu pai que as princesas também podem ser guerreiras. - digo enquanto reúno minhas coisas.

- Dama de Companhia: Mas o que devo dizer ao rei quando ele perceber que a senhorita sumiu?

- Princesa Íris: Diga a ele que fugi e a ameacei com uma faca. Assim, ele irá te proteger. Não se preocupe.

Arrumo minhas coisas, coloco uma túnica, pego minha adaga e os cálices de que vou precisar para enfrentar as bruxas siamesas. Enrolo minhas pertences em um pano firme, coloco a alça no meu ombro e me preparo para a fuga.

- Princesa Íris: Margot, quero que você saiba que você nunca foi apenas uma dama de companhia para mim. Você sempre foi e sempre será minha melhor amiga. - a abraço.

- Dama de Companhia: Vou sentir muito sua falta. Espero que dê tudo certo e que você volte em segurança. Não quero que você se vá. - ela me abraça com força.

- Princesa Íris: Até mais, Margot.

Saio correndo pela passagem secreta em meu quarto, mas acabo trombando com Lady Eleonor no jardim.

- Lady Eleonor: Íris, aonde você está indo desse jeito? - ela diz preocupada.

- Princesa Íris: Você sabe muito bem, nem precisa perguntar.

- Lady Eleonor: Eu já desconfiava. Mas escute bem, tome muito cuidado lá fora. O mundo não é como aqui dentro. É cruel e injusto. Não se torne como seu pai ou sua mãe, que só pensam em luxúria e avareza. Seja humilde e forte.

- Princesa Íris: Tudo bem, agora preciso ir. Prometo que vou voltar.

Saio correndo em direção às escadas. Preciso chegar ao celeiro e pegar meu cavalo. Percebo que o celeiro está aberto e acelero o passo para chegar lá o mais rápido possível e sair daquele reino.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂...

A LUA CHEIA (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora