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BANHEIROS E CASAS NA ÁRVORE

Dizer que estávamos compensando o tempo perdido era pouco.
Nas semanas seguintes, Wangji e eu estávamos inseparáveis. Meu homem insaciável insistia para que eu passasse todas as noites em seu apartamento. Para desânimo de Dudley e Drewfus, eles ainda não podiam subir na cama, agora que eu era uma presença permanente nela.
Wangji e eu ainda não tínhamos tido uma conversa séria sobre seu problema cardíaco. O assunto era como um elefante na sala. Acho que só precisávamos nos divertir por um tempo sem o estresse de pensar em qualquer outra coisa. Afinal de contas, sua preocupação com os “e se” nos manteve separados por muito tempo.
Sexo era nossa distração. Ficamos viciados nisso. Eu nunca fiz tanto sexo na minha vida e, ainda assim, não conseguia me cansar dele. Contava os minutos no trabalho para poder voltar ao apartamento onde ele me esperava completamente ereto e pronto para mim.
Wangji e eu também desenvolvemos o gosto pela fornicação espontânea em lugares públicos. Talvez tenha surgido do nosso descontrole no banheiro do Diamondback’s algum tempo atrás.
Um sábado à tarde, estávamos indo para San Jose de carro para visitar a mãe dele, quando seríamos apresentados, e Wangji olhou para mim daquele jeito, um olhar que eu conhecia muito bem.
— Eu quero foder essa boquinha linda. — Ele apertou minha coxa. — Não vou conseguir ficar sem seu corpo até hoje à noite.
— Vai ter que aguentar. Acho que a sua mãe não vai gostar se a gente pedir licença para ir dar uma rapidinha no quarto.
— Eu preciso de alguma coisa antes de chegarmos lá.
— Pode ser um oral enquanto você dirige.
Ele grunhiu.
— Eu adoraria, mas de jeito nenhum. Você teria que tirar o cinto de segurança. Eu acabaria batendo o carro. Eu nunca me perdoaria se a gente sofresse um acidente enquanto você me chupa.  Ele se ajeitou no banco.
— Merda. Não é seguro dirigir pensando em você caindo de boca em mim.
Passei a mão na ereção que distendia seu jeans.
— Não pense e dirija.
— Não. Não consigo pensar na sua boca molhada no meu pau quando estou dirigindo. Mas, agora que você também me tocou, é tarde demais. — De repente, ele parou em uma área de descanso de um posto de combustível.
— O que está fazendo?
— Estou morto de fome.
— De quê? — brinquei.
— Da sua bunda.
— Você é louco.
— Só quero um lanchinho.
— Você não se contenta com pouco, Wangji.
— Você entra primeiro. Eu vou assim que o caixa não estiver prestando atenção.
Entrei na loja de conveniência e passei pelo corredor de batatas fritas e doces, torcendo para o funcionário não me notar no banheiro .
Olhei para o espelho e ri da minha pele vermelha. Um minuto depois, pelo reflexo, vi Wangji abrindo a porta atrás de mim. Meu pau endureceu com a antecipação.
Com o peito colado em minhas costas, ele começou imediatamente a devorar meu pescoço. Plantei as mãos na pia para me equilibrar e olhei para ele pelo espelho. Wangji
Gemeu quando abaixou meu short e olhou para a minha bunda. Eu adorava ver o desespero em seu rosto. Não tinha afrodisíaco melhor do que ver quanto ele me queria.
A fivela do cinto fez barulho quando ele desabotoou a calça, deixando-a descer até a metade das pernas. Em segundos, senti seu pau grosso entrando em mim com facilidade porque eu estava muito molhada. Toda aquela conversa no carro tinha me incendiado.
— Alguém estava pronto — ele brincou. — E bem molhada. — Ele entrava e saía de mim lentamente.
Balancei a cabeça em silêncio e empurrei o quadril na direção dele.
— Estou sempre pronto para você.
— Adoro isso.
Os olhos de Wangji eram como brasas me olhando pelo espelho. Ele sorriu de leve quando me penetrou mais forte.
Adorava me ver perder o controle, tanto quanto eu adorava ver o descontrole dele.
— Olha como você é lindo quando estou dentro de você, como seu rosto fica corado. — Ele deu um tapa na minha bunda. — Essas bochechas aqui também.
— Adoro quando você faz isso.
— Fica olhando para mim — ele exigiu. — Gosto quando você goza olhando para mim.  Pelo espelho, nós nos encarávamos enquanto ele continuava entrando e saindo do meu corpo.
Quando alguém bateu à porta, Wangji colocou a mão sobre a minha boca e gritou:
— Só um minuto!
— Merda — resmunguei.
Ele sussurrou no meu ouvido:
— Foda-se. Não tem pressa. Nós não vamos sair enquanto você não gozar. Eu vou esperar você.
Agarrando meus quadris, ele me guiou com precisão contra o pênis até eu esquecer completamente que alguém esperava por nós. Meus músculos pulsavam ao redor dele. Vi seus olhos revirarem quando o esperma quente jorrou dentro de mim. Eu nunca me cansava disso.
Ele me virou e falou com a boca sobre a minha:
— Você me mata, Wuxian .
— É melhor a gente sair daqui.
Acompanhei Wangji para fora do banheiro enquanto fazíamos nosso desfile da vergonha de volta à caminhonete.
Todos os olhos nos seguiam.
Valeu a pena cada fragmento de constrangimento.
• * *
Chegamos a uma pequena casa de reboco cinza.
A rua em que Wangji cresceu, no bairro de Willow Glen, em San Jose, era calma e residencial.
Minhas mãos estavam suadas quando as esfreguei uma na outra.
Wangji tocou minha perna para me fazer parar de mexê-la para cima e para baixo.
— Está nervoso? Não fica.
— Estou. Muito.
— Ela vai amar você.
— Como sabe disso?
— Porque eu amo você.
— Também te amo.
— Já falei muito sobre você. É como se ela já te conhecesse.
— Há quanto tempo ela sabe de mim?
— Eu falava de você com ela antes de estarmos juntos.
— Mesmo?
— Sim.
Meu coração batia acelerado quando saímos do carro.
A mãe de Wangji abriu a porta com um cachorrinho latindo aos seus pés. Ela era ainda mais bonita do que eu me lembrava da única foto que Wangji tinha me mostrado.
Ambos, Wangji e Shizui, definitivamente eram parecidos com ela.
Ela sorriu para Wangji antes de me olhar.
Ele falou primeiro:
— Wuxian , essa é minha mãe, Fei.
Ela estendeu a mão para mim. A minha tremia um pouco quando apertei a dela.
— Desculpa, estou muito nervoso.
— Eu também. — Ela sorriu. O fato de também parecer nervosa me confortou um pouco.
— Mesmo?
— Sim. Claro que sim. — Ela sorriu para Wangji. — Como foi a viagem?
Wangji lançou um olhar cheio de malícia na minha direção.
— Absolutamente perfeita.
Senti meu rosto esquentar.
— Que bom — ela disse. — Fiz sua lasanha de calabresa favorita para o almoço. Espero que esteja com fome.
— Faminto — disse ele.
— Por que não mostra a casa para o Wuxian ? Vou até a cozinha dar uma olhada no forno.
Tentando acalmar meus nervos, Wangji passou a ponta dos dedos no meu braço e beijou a minha bochecha.
A decoração era alternativa, com muitas estampas vibrantes. Apesar de sua natureza tímida, o estilo de Fei parecia ser muito aventureiro e indicativo de um espírito livre. Wangji mencionou que, embora não fosse muito religiosa, sua mãe era bastante espiritualizada.
Percebendo algumas fotos de família sobre uma mesa, caminhei até a sala de estar. Wangji me seguiu e tirou um porta-retratos da minha mão assim que o peguei.
— Não pode ver isso.
— Por quê?
Relutante, ele virou a foto para me mostrar. Eram dois meninos, Wangji e Shizui. Wangji parecia bem... gordinho.
— Você era muito fofo.
— Pareço prestes a comer o Shizui.
— Você nunca falou que foi uma criança gordinha.
— Bom, isso foi antes de saber que a gente tem que parar de comer quando está satisfeito.
— Mas você era lindo.
— É claro que ia dizer isso.
— É sério.
Devolvi a foto ao lugar dela e peguei outra, uma do casamento dos pais dele.
— Uau, seus pais são lindos. Agora entendo de onde vem a sua aparência. — Agora que via o retrato do pai de Wangji, percebia que ele era realmente muito parecido com ele de rosto, apesar de ter o jeito da mãe.
Wangji pegou a fotografia da minha mão.
— Eles eram muito apaixonados. Não havia um dia em que meu pai não estivesse colado nela. Shizui e eu vivíamos olhando para o outro lado.
— É assim que deve ser.
— Não tenho dúvidas de que ainda seria assim se ele estivesse aqui.
Fei entrou na sala.
— Ele ainda está por perto. Sinto a presença dele todos os dias.
Eu não tinha percebido que ela estava ouvindo a conversa.
Ela continuou:
— Não é a mesma coisa, claro, mas ele ainda está aqui.
Senti meu coração aquecido quando Wangji passou um braço em torno da mãe e beijou sua testa. Eu sabia que ele queria que ela superasse, seguisse em frente, mas ele também tinha dito que não discutia mais com ela sobre isso porque só servia para deixá-la nervosa.
Sentamos na varanda para um almoço tranquilo. Lan Fei fez mojitos com hortelã fresca e morangos. Eu tive que parar depois do primeiro, porque o rum estava subindo. Não queria dizer ou fazer qualquer coisa estúpida na frente dela.
Olhando para o quintal, eu disse:
— Você tem um belo jardim.
— Obrigada. A hortelã saiu dele.
— Ela adora jardinagem — disse Wangji.
— Eu me sinto muito perto de Qinghenhg assim, na natureza. Eu o vejo em tudo. No vento, nas borboletas que pousam em mim quando estou lá fora, nos cardeais vermelhos que voam sobre a nossa cabeça.
Meu coração doía por essa mulher, embora ela parecesse encontrar consolo à sua maneira.
— Acho maravilhoso como você ainda é apaixonada por seu marido.
— Só temos um amor verdadeiro, uma alma gêmea. Nem todo mundo tem a sorte de encontrar essa pessoa em uma vida. — Ela se virou para Wangji. — Meu maior desejo é que cada um dos meus filhos consiga encontrar a pessoa que foi feita para eles. — E olhou para a minha mão entrelaçada na de Wangji.
— Acredito que Wangji encontrou.
Olhando para ele, eu disse:
— Obrigado. Não tenho dúvidas de que ele é a pessoa da minha vida. Não sei explicar. É só um sentimento que tive desde o começo. Mesmo quando ele me rejeitava o tempo todo, sempre senti uma conexão forte.
Ela assentiu.
— É assim mesmo. Intuição. Minha preocupação era de Wangji nunca se permitir viver esse sentimento. Sei que você descobriu recentemente sobre a doença cardíaca genética.
Meu marido nunca soube que tinha isso. De muitas maneiras, não saber foi uma bênção. Ele nunca teve que viver com medo.
Ao mesmo tempo, nunca teve a oportunidade de fazer alguma coisa para evitar que isso o matasse. Então, a falta de conhecimento foi uma faca de dois gumes.
Wangji parecia tenso quando soltou minha mão.
— O que minha mãe está tentando dizer, Wuxian , é que ela acha que eu deveria fazer a cirurgia que os médicos recomendam.
Fei colocou a mão no antebraço tatuado de Wangji.
— Eu acho que você deve fazer o que for preciso para garantir uma expectativa de vida maior, sim.
De repente, me senti nauseado. Percebi que há algum tempo bloqueava intencionalmente qualquer coisa relacionada à doença de Wangji. Ele me disse que em alguns dias se sentia ótimo, enquanto em outros se cansava rapidamente.
Também tinha dificuldade para respirar, de vez em quando.
Mas os bons dias superavam os maus. Antes que eu soubesse do diagnóstico, no entanto, nunca suspeitei de que havia algo errado porque ele era muito ativo e viril. Ele escondeu tudo muito bem e nunca reclamou; isso me ajudou a viver em negação.
Ainda assim, mesmo que ele cuidasse tão bem de si
Mesmo, havia um limite para o que ele podia fazer sozinho para evitar que algo de ruim acontecesse.
— Wuxian  e eu não falamos sobre isso. Estamos tentando ficar juntos e curtir por um tempo, sem nos preocuparmos com as coisas ruins, por enquanto.
— Bem, vocês vão saber quando for a hora certa de ter essa conversa. — Ela olhou para mim. — Desculpa se estraguei o clima. Não era essa a minha intenção. Obrigada por fazer meu filho feliz.
— Obrigado. Ele também me faz muito feliz.
Wangji mastigou o gelo que restava em sua bebida e mudou de assunto.
— Quer ir ver a casa na árvore?
Arregalei os olhos.
— Casa na árvore?
— Sim. Shizui e eu a construímos com meu pai. Estava noventa por cento pronta quando ele morreu. Nós a terminamos sozinhos alguns anos depois. É muito legal.
— É mais como uma caverna suspensa. — Fei sorriu.
— Eu quero ver.
Wangji me levou para uma das laterais da casa, onde havia uma magnífica estrutura de madeira no meio de uma árvore gigante. A casa da árvore tinha até janelas. Uma longa escada feita de corda descia dela. Era literalmente um lar em miniatura.
Lá dentro havia uma cama com edredom xadrez e um sofazinho em frente a ela. Um abajur era conectado a uma tomada elétrica. Tinha uma televisão e um leitor de DVD.
— Tem energia elétrica?
— Claro. Como eu poderia ficar aqui vendo pornografia?
— Era isso que você fazia aqui?
— Shizui e eu aproveitamos este lugar em nossa adolescência.
— Tudo bem. Não preciso saber mais do que isso.
Ele riu.
— Sabe o que eu acho?
— O quê?
— Eu queria muito batizar isto aqui com você agora.
— Não posso fazer isso com sua mãe lá embaixo.
— Bem, vamos ter que pensar em um jeito, porque não vou passar o fim de semana todo sem ter você. Depois que ela for dormir, talvez você possa sair escondida e vir aqui me visitar.
Passaríamos a noite em San Jose. O plano era que eu ficaria no antigo quarto de Shizui, e presumi que Wangji dormiria no quarto dele.
— Você vai dormir na casa da árvore?
— Vou. Isto aqui é muito tranquilo à noite. Meu segundo lugar favorito no mundo.
— Segundo?
— Dentro de você é sempre o primeiro. — Ele piscou e me puxou para perto.
— Eu devia saber.
• * *
Naquela noite, eu me despedi de Fei e fui para o quarto de hóspedes depois de Wangji dar um beijo em cada uma de nós e sair para a casa da árvore.
Uma hora mais tarde, ele me mandou uma mensagem.
Wangji: Traz essa sua bunda linda aqui para cima.
Wuxian : E se a sua mãe me pegar saindo?
Wangji: Minha mãe sabe que a gente transa. Ela não é idiota. Somos adultos.
Wuxian : Ok. Tem luz suficiente para eu enxergar o caminho?
Wangji: Tem. Eu garanto que você vai chegar bem.
Wangji segurava uma lanterna na entrada da casa da árvore para eu poder subir sem cair.
Depois que subi a escada, ele me puxou para seus braços.
— Parece que não toco em você há uma eternidade.
— Bem, não é todo dia que estamos sob o olhar atento da sua mãe.
Wangji apertou minha bunda enquanto me beijava. Depois
Que afastou a boca da minha lentamente, ele disse:
— Minha mãe gostou muito de você.
Eu me afastei para encará-lo.
— Ela disse isso?
— Não precisou. Deu para ver pelo jeito como olhava para você. Ela estava sorridente e atenta enquanto conversava com você. Isso é raro. Basicamente, ela vê todas as coisas que vejo.
Você é muito verdadeiro, e ela gosta disso.
— Que alívio!
Seus olhos desceram do meu peito até as pernas.
— E eu gosto de ter você aqui agora, um verdadeiro sonho de adolescente com esse shortinho.
— Vim visitar um garoto em sua casa na árvore. Eu tinha que estar sexy.
— Passei muitas noites aqui tendo fantasias com mulheres e homens  imaginários que não chegavam nem aos seus pés.
— Sabe... quando a gente se conheceu, não pensei que fosse seu tipo.
Ele colocou o dedo sob a manga da minha blusa.
— Por que achou isso?
— Não tenho nenhuma semelhança com Yubin ou com as outras duas garotas que já vi com você. — Só de pensar nisso, eu me encolhia. — Não bunda grande, nem uso roupa muito estilosa.
— Eu nunca tive um tipo. E francamente... desde a primeira noite que saímos, minha única fantasia era o vizinho moreno, lindo e ágil. — Ele passou as mãos pelo meu cabelo. — Queria saber como era sentir seu cabelo entre os meus dedos.
— Ele aproximou a boca do meu pescoço. — Como seria chupar isto aqui... — Ele me mordeu de leve antes de levantar minha blusa. — Que gosto tinham estes mamilos. — Wangji se inclinou, capturou meu mamilo entre os lábios e sugou com força, antes de lamber uma linha lenta até meu umbigo. —
Como seria sentir este umbiguinho com a ponta da língua. Quando se ajoelhou, ele disse: — Não me faça começar a falar deste umbigo. Eu pintei este umbigo. Imagina quanto eu gosto dele.
— Pintou?
Ele o acariciou com a ponta dos dedos.
— Sim. Um dia eu te mostro.
Deslizei os dedos por seu cabelo enquanto ele estava ali de joelhos. Enquanto isso, ele deslizava meu short para baixo.
— Sabe o que eu amo em você, Wangji?
Ele olhou para mim e sorriu.
— Meu pau enorme?
— Não era o que eu ia dizer, mas você superou minhas expectativas nessa área. A primeira vez que transamos, jurei que seu pau tinha a circunferência de uma lata de Coca-Cola.
Wangji inclinou a cabeça para trás e riu.
— Um latão, espero. Do grande.
— É claro.
Ele beijou a minha barriga.
— Mas você ia dizer que ama alguma coisa em mim. O que é?
— Ah. — Eu parei. — Tudo. Era isso que eu ia dizer.
Ele olhou para mim com uma expressão diabólica e eu soube que a noite seria especial.
Wangji se levantou.
— O que quer fazer hoje?
— Quero que me faça esperar até eu não aguentar mais.
— Você parece muito inocente, à primeira vista, mas é meio masoquista. Adoro isso. — Ele deitou na cama e apontou para a parede na frente dela. — Fica ali.
Completamente nu, me apoiei na parede. Meus mamilos ficaram duros como aço quando vi Wangji tirar a cueca boxer.
Seu pênis duro ficou totalmente ereto, brilhando com a lubrificação. Minha boca ficou cheia d’água quando meus olhos viajaram do abdômen nu de volta ao pênis. Tinha visto seu corpo nu muitas vezes, mas nunca deixava de me surpreender com a beleza de sua nudez.
Isso seria bom.
Eu adorava os joguinhos que ele fazia.
— Abre as pernas. Quero te ver. E põe as mãos nos joelhos.
Você não tem permissão para se tocar. Quero que me veja bater uma para essa sua bunda.
Wangji segurou seu membro e começou a se acariciar enquanto olhava para mim. A necessidade de massagear meu pau era enorme. Contraindo os músculos internos, movi os quadris tentando me satisfazer sem usar as mãos. Eu sabia que não ia demorar muito para implorar por ele. Mesmo assim, a espera, o desafio, esse era o objetivo. Quanto maior a espera, maior a recompensa.
— Porra, eu posso ver daqui como você está duro e pingando.
Ele se acariciou mais depressa. — Está vendo o que você faz comigo?
— Sim.
— Venha aqui e lambe.
Eu me aproximei e chupei toda a lubrificação na ponta do pênis. Sentir seu sabor só fez minhas bolas pulsarem mais forte. Eu precisaria de alívio em breve.
Quando enfiei seu membro inteiro na boca, ele me fez parar.
— Isso vai acabar em dez segundos, se você continuar desse jeito. E eu quero muito gozar dentro de você. Então, não.
— Eu preciso me tocar.
— Ainda não. Você ainda não chegou lá. Volta para a parede.
Por mais que eu precisasse dele, Wangji sabia que eu adorava essa sensação de desespero. Mais do que isso, amava a intensidade do momento em que ele finalmente cedia.
Desta vez, Wangji se levantou da cama e ficou bem na minha frente enquanto se masturbava. Vê-lo de perto se masturbando com aquele abdômen só me deixou mais louco.
Quando ele finalmente me beijou com avidez, isso aliviou um pouco a minha frustração. Quando ele interrompeu o beijo, mas continuou o jogo, meu corpo começou a tremer com a necessidade de contato. E, quando eu começava a tremer, ele sabia que eu estava acabado.
— Vira e põe as mãos na parede.
Meu corpo vibrava de excitação quando senti o calor de seu peito nas minhas costas, um prelúdio do que eu sabia que viria em breve.
Em segundos, senti o ardor lento do membro inchado penetrando em mim. Estava muito excitado, precisando de alívio, mas me segurei o máximo que pude.
Mantendo a penetração profunda a ponto de provocar dor, ele sussurrou no meu ouvido:
— Goza na minha mão toda. Vem. — Nossa sincronia sexual era tão perfeita que ele sempre parecia saber quando eu chegava ao limite.
Assim que explodi, Wangji soltou seu jato em mim.
Ficamos ofegantes, encostados à parede até o movimento dos nossos quadris parar lentamente.
Meu corpo ficou mole. Wangji ainda estava dentro de mim, com sua boca descansando sobre a minha pele. Uma gota de suor escorreu de sua testa para a minha nuca. Nossa respiração e o farfalhar das folhas do lado de fora eram os únicos sons que ouvíamos.
Era a glória.
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