A Árvore Everbloom

Prólogo

Há muito, muito tempo atrás, havia um planeta, dominado pela escuridão. Sem vida, a terra infértil, somente sombras da escuridão.
Porém, um dia, algo muito diferente aconteceu. Uma pequena semente caiu dos céus como uma gota de chuva, e se infiltrou no solo infértil. Mais uma pobre vida desperdiçada.
Mas o ponto em que a semente caiu começou a emitir luz. Uma luz esperançosa, que não poderia ser apagada nem mesmo pelas nuvens densas do planeta. Suas raízes cresceram e brilharam embaixo da terra, como um raio X do chão.
As sombras da escuridão não conseguiram testemunhar o crescimento da primeira árvore por muito tempo, já que a árvore emitia tanta luz que elas desintegraram rapidamente. As nuvens densas se desfizeram e a luz bateu forte no planeta. O solo negro sem vida começava a ser colorido, e a fertilidade da árvore fez com que uma densa floresta crescesse pelo local. As raízes da árvore se espalharam no subsolo de todo o planeta, até mesmo em seus congelantes polos, e se conectaram com o núcleo flamejante.
Após anos de solidão, as primeiras criaturas começaram a nascer. Primeiro, uma pequena criaturinha, com o tamanho de uma melancia, que tinha olhos de flor. Depois, uma fada do tamanho de uma banana com um coque de rosas. E a evolução progrediu até termos fadas do tamanho de uma mão até gigantes que alcançavam nuvens.
Porém, nada pode permanecer tão mágico, então, uma nova espécie apareceu.
Humanos.
Uma elfa idosa, que já havia perdido a parte pontuda de suas orelhas e seus poderes, deu a luz a um ser comum antes de falecer. Havia orelhas redondas, e não havia magia correndo em seu sangue. Os elfos o aceitaram e cuidaram do próprio, nomeando-o de Lennon.
Lennon cresceu e teve um filho com uma elfa, e o filho nasceu humano. Conquistados pela genética de um humano, elfas mais velhas começaram a tentar engravidar, e conseguiram.
Quando Lennon tinha 40 anos, já havia uma população considerável de pessoas como ele. Então, ele decidiu construir um reino para as criaturas, todas elas.
Ele deveria fazer um juramento à árvore, mas, as criaturas confiavam tanto nele que o apoiaram em todos os momentos.
Após cinco anos de produção, o reino estava pronto. Era bem extenso, e havia uma capital no meio, com o castelo no centro.
No dia da inauguração, Lennon decidiu ficar no topo da muralha que havia construído em volta do reino, bem acima de sua enorme entrada. Com um discurso elaborado, ganhou aplausos. Porém…
Não são todos que pensam nos outros.
Uma barreira esverdeada englobou o reino, e machucou criaturas mais próximas da entrada do reino. Uma crystallyz, uma espécie de ninfas que conseguem usar cristais como lupas identificadoras de qualquer coisa (neste caso, de magia), verificou a barreira e percebeu que era algo muito mais avançado do que imaginavam. Uma barreira mágica contra a magia.
“Este é o reino Emerald Veil.”Disse Lennon, antes de virar as costas e sair para seu castelo.
Revoltadas, as criaturas usaram tudo o que tinham para tentar quebrar a barreira, mas nada adiantava. Desde então, por gerações, criaturas mágicas fogem de caçadores do reino e planejam sua vingança.