Capítulo 12 - Amor caótico

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Era uma manhã ensolarada. O Sol batia forte nas plantas, realçando suas cores, e Elowen segurava seu arco mais uma vez.

Na última noite, havia avistado um casal olhando para Emerald Veil, e esse casal estava ali de novo, no mesmo lugar, porém agora encapuzados. Elowen concluiu que poderiam ser uma ameaça aos seus amigos.

O quê? A que ponto cheguei para me preocupar com humanos? Elowen pensou, mas agora não tinha volta. Ele tem um pouco mais de confiança nos humanos agora.

Ele não conseguiu deduzir se o casal era humano ou mágico, então, se acertasse uma flecha neles, poderia ir contra todo o seu juramento de não ferir nenhuma criatura mágica. Porém, do jeito que eles falavam de Emerald Veil, só poderia ser coisa ruim.

Era a primeira vez que defendia um reino como Emerald Veil, e tudo isso por causa de 3 pessoas. 3 pessoas que mudaram totalmente sua visão sobre os humanos, e ele queria protegê-los.

Ele pegou uma flecha de sua aljava, sem veneno,devido à pressa. Segurou firme seu arco, com um aperto delicado na corda, mirando com concentração no alvo. Foi quando soltou a flecha que percebeu partes pequenas de asas brancas escapando da capa.

Ele havia cometido o pior dos erros, e já era tarde demais para revertê-lo.

Foi tudo tão rápido que Elowen não percebeu que no momento que o homem virou a cabeça, mostrando uma máscara metade preta, metade branca, a flecha virou seu trajeto e atravessou uma árvore próxima, deixando um buraco relativamente grande na árvore.

Os olhos e boca da máscara do homem eram da cor reversa da cor da localização que estavam (ou seja, se o lado da máscara for preto, o olho e a boca serão brancos).

"Charlie?" Perguntou a mulher, se virando para a direção que ele estava olhando. "Notou algo incomum?"

"Senti algo vindo em sua direção", o homem pôs sua mão sobre o ombro dela. "E realmente tinha."

Ele caminhou até o outro lado da árvore furada, onde a flecha estava caída no chão. Ele a segurou em suas mãos, analisando-a.

"Deve ser algo dos nativos daqui. É literalmente um galho de árvore, a pessoa que fez essa flecha nem se deu ao trabalho de retirar os fiapos, além de ter uma flor em uma ponta e uma pedra afiada na outra."

"Não podemos julgar", a mulher caminhou até ele. "Afinal, não é muito comum nossas espécies rondarem por esse lugar."

"Sim. E é claro, por ser raro alguém como nós estarmos aqui, é claro que chamaremos a atenção de alguns curiosos..."

No momento em que Charlie falou isso, o arbusto que Elowen se escondia atrás se explodiu em milhares de folhas. O casal olhava para o elfo, sem muita preocupação. Os olhos de Elowen se arregalaram, e ele rapidamente se levantou e deu um passo para trás.

"Olha só", disse Charlie, em um tom animado. "Ele segura um arco em mãos! Ora, é ele mesmo! O que tentou te acertar com uma flecha mixuruca!"

"É um elfo. Por que estava nos espionando?" A mulher se aproximou.

Elowen ficou em silêncio. Ele sabia que o homem era muito poderoso, mesmo o próprio mostrando o seu poder 2 vezes. Parecia que, com apenas o olhar que escondia por baixo daquela máscara, fazia o caos.

Porém, eram criaturas mágicas. Os dois tinham características que não poderiam ser encontradas em nenhum humano, como asas e orelhas pontudas. E se não eram humanos, era uma preocupação a menos.

Ainda assim não eram parecidos com nada que Elowen já tinha visto. Além da máscara bizarra do homem, ele tinha chifres e asas com as mesmas cores dela, com a ordem trocada, e a mulher tinha asas de anjo, porém menores, e também carregava um arco.

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