os verdadeiros vilões da história são os sentimentos

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Nossa telepatia parou de funcionar. Tudo ficou em um silencio avassalador desde aquele dia. Eu continuo ansioso e os ruídos ainda me incomodam, principalmente na escola.

Parei de ir por alguns dias, mas Soonyoung prometeu-me trazer as tarefas.

Inclusive, tenho a breve sensação de que o Kwon está demorando mais tempo para chegar do que o normal. Se contarmos o tempo que ele leva da sua casa até a minha são quinze minutos exatos, porém, desde que me mandou uma foto da família de patinhos que estavam nadando no lago quando saiu de casa, já são exatos vinte e cinco minutos. Onde esse menino se enfiou?

- Juni-ah! - ele adentra meu quarto - trouxe seu material!

- Oh... Aonde estava? Demorou tanto... - coloquei os papeis na escrivaninha.

- Vindo pra cá, ué.

- Mas, já são quase quatro e meia. Você deveria ter chegado as quatro e quinze.

- Credo Junhui, tá parecendo minha mãe - afaga meus cabelos e se joga na cama, olhando para a janela aberta - bem que a gente podia sair. Chamar o Haohao.

- Não. Hoje não - respondi simples analisando o material e deixando cair alguns pequenos papéis soltos - o que é isso?

- Recados do senhor Lee. Ele está preocupado contigo. Cê não anda tendo um caso com o professor, né senhor Wen?

- Vira essa boca pra lá! Você e o Chan só falam abobrinhas - resmunguei dando uma olhada nos escritos, entretanto acabei deixando de lado porque o Kwon não saía do meu pé.

Pela noite, fugi de casa para ir até a do Xu que me esperava no porão. Ele disse que tinha uma surpresa para mim.

- Feche os olhos - escutei seus paços depois ele voltando em minha direção - olha só! Junhui, pode abrir já - riu de mim.

- Uau, é realmente um presente - peguei o embrulho.

- Fui no centro ontem de tarde.

- Sozinho?

- Sozinho! Você sabia que existe uma coisa chamada promoção? E que se eu levasse três desses, um saía de graça!

Era um pequeno um sapinho de pelúcia. Sorri gentil, mas confesso que já estou traumatizado com bichinhos de pelúcia. Estourei tantos durante minha vida que agora sinceramente se vejo mais um na minha frente, eu sei que ele não vai durar por muito tempo.

- Parece com você.

Minghao sorriu tímido e ousou se aproximar de mim.

- Junhui...

Olhei seus olhos que estavam tão brilhantes quanto normalmente. Ele quer me beijar?

- S-sim... sim? - o caramba, eu sou muito otário mesmo!

- Eu acho que somos irmãos.

O QUÊ?!

- Como?! - me afastei quase caindo para trás.

- Eu sei, eu sei, é confuso, mas existem tantos fatores que me levam a crer sobre isso - ele começa a andar para um lado e para outro - ando investigando e bom, eu fui adotado, você foi sequestrado, nós dois temos poderes, e algo me leva a crer que aquela tal de Hanna...

- Para, para! Eu não fui sequestrado! Quem é Hanna? Do que você está falando?

- Hanna, a mulher que foi silenciada pelos cientistas após revelar sobre os bebês especiais. Um deles foi adotado, no caso eu. E o outro sequestrado, no caso você... O que me leva a crer que somos irmãos! - piscou os olhos e sorriu.

carpe diem - junhaoOnde histórias criam vida. Descubra agora