Extra - 03/03

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Epílogo 2

Ana tinha suas recém vinte e dois semanas de gestação, e naquele dia havia mais uma de suas consultas.

A barriga agora apontava bastante, completamente redonda e adorável, ainda não havia chutes, mas a Dra. Greene - obstetra - lhe avisou que poderiam começar até a partir da vigésima oitava semana.

_ Ansiosos, papais? - a doutora brincou enquanto se deitava na maca.

Já haviam deixado todos os detalhes e exames esclarecidos, e agora era a hora favorita deles: a ultrassom.

Christian segurava a mão de Ana, e a apesar de nunca entender nada do que havia no monitor, ele ficava atento a cada mínimo detalhe na tela.

Ana assentiu freneticamente, sorrindo. O coração do seu bebê era seu novo som favorito, e ela ate gravava como áudio no celular e ficava escutando por horas depois.

_ Coração forte como sempre - Dra. Greene comentou enquanto o som rapido e forte dos batimentos fetais tomavam a sala.

_ É tão rápido - Ana comentou baixinho.

_ Sim, dos fetos são ainda mais rápido do que quando já são bebês, e isso quer dizer que está muito saudável - a doutora respondeu.

_ já dá para saber o que é? - Christian perguntou, e Ana encarou a tela em expectativa.

_ Vocês querem que eu fale? - a doutora perguntou.

_ Sim, por favor. Depois vamos dizer que foi sem querer - Ana murmurou.

Christian riu.

Ana havia cismado que chá revelação era a coisa mais brega do mundo, mas a família estava toda animada com aquela breguice, então a morena combinou com o marido de que iriam dizer que foi sem querer que a doutora contou, e talvez pudesse fazer surpresa para a família.

Mas chá não!

Eles teriam uma pequena - bem pequena mesmo - comemoração para o bebê lá para o fim da gestação, mas Ana se recusava a dizer que era um chá de bebê, era apenas uma "despedida de grávida" e uma festinha de boas vindas para o mais novo membro da família.

_ Ah, olha só, que bebê exibido - Greene comentou, chamando atenção de Ana novamente. - Posso ver claramente.

_ O que é? - Ana ficou ansiosa.

_ Vocês vão ter uma garotinha - anunciou.

Ana apertou a mão de Christian, sentindo seu coração disparar e aumentar de tamanho, todo o seu corpo se anestesiou de emoções fortes.

Uma menina!

Ela não tinha preferência, se fosse menino também teria a mesma reação, mas era que cada novidade de seu bebê a fazia entrar num limbo de boas cosias, de coisas infinitas, o tornava mais real a cada instante.

Christian beijou sua testa, e espelhava seu sorriso, mas quando voltou o olhar para a obstetra, tudo se desfez.

_ O que houve? Está tudo bem? - disparou ao perceber a expressão aparentemente preocupada e confusa da mulher.

Ana engoliu em seco, ficando nervosa.

_ Está tudo bem sim, se acalmem - a doutora foi rápida em responder, mas não tirava os olhos da tela e parecia propensa a encontrar algo na barriga de Ana, movendo o aparelho com um pouco mais de força de um lado para o outro. - Eu só... é que sua bebê, eu acabei de ver e digitei perfeitamente que ela estava pesando 476 gramas mas agora de repente ela está pesando 489 gramas - explicou, confusa. - Espera aí! - falou de repente, e então riu. - Ah, meu Deus.

A Garota Perfeita - 50 TonsOnde histórias criam vida. Descubra agora