A Garota Perfeita - 50 Tons

Extra - 6 anos depois

Precisava muito de um momentinho das trigêmeas grandinhas com nosso casal!!

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Christian deixou o casaco no gancho ao lado da porta no hall, e sorria involuntariamente enquanto já ouvia as vozes fofas e infantis de suas filhas. Esbarrou com Gail no caminho para a sala, a governanta, com seus cinquenta e poucos anos era praticamente a dona da casa, colocando todos na linha - até mesmo Christian, e sendo completamente adorável e defensora das trigêmeas.

Mesmo com a ajuda de Ava e Grace, e até mesmo a mae de Ana que vinha de vez em quando apenas porque nem mesmo ela resistia aquelas criancinhas fofas, não levou mais que três meses para Christian e Ana decidirem que precisavam de uma babá, e de uma cozinheira, e de uma arrumadeira também, e provavelmente de alguém que os acordasse na hora certa para trabalharem, depois de terem passado a noite toda trocando fraldas e amamentando, ou cuidando de cólicas, ou então apenas tendo uma das bebês olhando para seus rostos porque estava afim.

Gail foi a escolhida, e foi a escolha perfeita, ela era a "adulta" entre eles.

_ Ana ainda não chegou - ela falou, os lábios pressionados enquanto tinha uma pilha de roupas pequenas e femininas nos braços, provavelmente tendo acabado de tirá-las da lavanderia. - E as meninas estão falando sobre fazer um jantar para a mamãe. Eu fingi que não ouvi porque da última vez que elas inventaram isso foi porque haviam derramado suco de uva no livro preferido de patroa. Que bom que é sexta e eu não vou estar aqui para ver o desastre que aconteceu agora.

Christian balançou a cabeça.

Suas filhas eram... umas coisinhas maravilhosas aos seis anos.

_ Se elas aprontaram foi porque você deixou - ele acusou.

Gail abriu a boca, ofendida.

_ Nunca aprontaram no meu turno, só no de vocês - acusou de volta. - Quando jogaram seu celular no vaso sanitário? Estava sob os seus cuidados. E quando fizeram aquela bagunça na cozinha porque subiram numa cadeira para pegar o pote de biscoitos? Senhora Ana quem deveria estar as olhando. Ah, e quando...

_ Já entendi, já entendi - Christian resmungou, contrariado.

Claro que ele e Ana cuidavam muito bem das meninas, sempre de olho nelas, mas três eram demais, e eram três mentes mirabolantes contra uma ali.

E elas eram tão fofinhas, sempre com aquelas carinhas de bochechas cor de rosa e cabelos pretos caindo sobre os olhos, pequenas versões de Ana com olhos enormes e cinzentos como os de Christian.

Gail riu, e passou por Christian, indo levar as roupas para seus devidos lugares. Gail apenas cuidava das meninas em horário comercial e fazia as refeições, mas ela havia se apegado mesmo ao casal, e ainda cuidava das coisas deles também sob os protestos de Ana e Christian que quando viam a mulher já havia lavado suas roupas, lembrado Ana de algum compromisso, tirando a bagunça de Christian do caminho...

_ Papai! - o grito estridente veio de Adeline, mas os passinhos a seguir veio do trio todo.

Mesmo sendo completamente idênticas, Christian era o pai, claro que ele sabia diferenciar até mesmo as vozes de suas filhas, sem contar que as trigêmeas tinham suas personalidades completamente distintas. Bella, apenas sendo por dois minutos, era a típica irmã mais velha, sempre mandando e protegendo as outras; Adeline era o docinho da casa, a irmã do meio que estava sempre tentando apaziguar o terreno quando aprontavam, era quem dava voz da razão, mas no fim sempre acabava embarcando junto nas peripécias; e Anne, a Pequena Anne, era a verdadeira caçulinha, que Christian sempre comparava a Ana e a mesma rebatia que na verdade ela apenas era igualzinha a Christian: completamente mimada, dramática e autoritária, com seus biquinhos fofos e fala mansa, batia seu pezinho sempre que recebia um "não" e cruzava os braços quando contrariada.