Todos nós temos um anjo da guarda, aquele que cuida de nós a todo momento. Os enviados do senhor que vem guardar nossas vidas, principalmente a vida dos desastrados.
Sabendo que todos os anos recebemos um novo anjinho azarado para cuidar de nós, Ji...
Vamos concordar, ninguém tem paciência infinita, certo? Principalmente quando sua vida toda gira em torno de um ser que não sabem exatamente sua história e muito menos se sua existência é verdadeira.
Mas, no meu caso, não estou falando de Deus e Jesus Cristo, na verdade, estou citando o Diabo. Mas não aquele carinha vermelho e magrelo com chifres e um rabo, que carrega um tipo de "cajado" que parece um garfo. Aquele carinha que tem os cabelos escuros e uma barba ridícula. Parecendo um personagem de As Meninas Superpoderosas. Estou falando do verdadeiro Diabo. Um homem lindo, na vista da maioria, bem vestido, muito elegante, cafajeste e bem filho da puta. Ou melhor, meu projeto de pai. Meu e mais de quantos? Vai saber, como eu disse, é um filho da puta.
A paciência dos humanos comuns se esgota com facilidade. A paciência de anjinhos nunca se esgotam, era o que eu pensava. Mas a paciência de demônios, dura, no mínimo, 10 minutos.
Porém...
Quando você descobre que será o cuidador de um garoto desastrado, que está sempre a beira da morte, sua paciência some completamente... Tipo o meu pai.
─ Vamos concordar, se um daqueles anjinhos medíocres não conseguiram cuidar dele, você acha mesmo que eu vou conseguir cuidar? Sinceramente, eu vou empurrá-lo na frente do primeiro ônibus que eu ver! ─ gritei para o homem à minha frente. Ele não me olhava, até ria de mim. Minha vontade é voar no pescoço dele e arrancar suas entranhas.
─ Minho, meu filho, sua função é nada mais, nada menos, do que cuidar desse garotinho e dar umas lições nele, para que ele não se coloque em perigo novamente e mandem mais e mais para cá. ─ ele responde. Eu não temo e nunca temi meu pai, não vai ser agora que vou correr dele.
─ Ótimo, mas porque eu?! Tem a Minnie que saberia cuidar dele, o sonso do San, até mesmo o Ni-ki, o Eunwoo e a Momo! Porque eu?!
─ Por que você é meu filho, eu decido o quê você irá fazer, quando e se realmente deve! Você vai cuidar desse garoto, ou eu corto essas suas asinhas de urubu. ─ ele respondeu simples.
─ Bom, sobre o garoto que você irá cuidar, ele se chama Han Jisung, tem 21 anos, cresceu em igreja católica, mas é gay. Não leva muitas coisas a sério, faz piadas que eu adoro, é um chorão, se apega super fácil... Ah! Que garoto chato! ─ ele diz ainda lendo o relatório sobre o garoto. Se ele achou chato, eu vou odiá-lo completamente. ─ É desse mesmo que você terá de cuidar! ─ ele sorri após jogar a folha que lia longe, seu sorriso irônico me da refluxo. Acabo por revirar meus olhos e saio de sua luxuosa sala batendo a porta, ouvindo o homem rir do outro lado.
Saio andando até o grande portal para o mundo dos humanos. ─ Lá vou eu passar raiva. ─ quando pularia para encontrar o maldito garoto, uma voz me chama, fazendo com que eu mude meus planos de última hora.
─ Minho! Espera! Você vai precisar do relatório de Jisung, com o rosto dele, a casa, os lugares no qual ele frequenta... Sabe como é! ─ Liz explica rápida, me entregando o papel e saindo. Observo um pouco e vejo o rosto delicado de Jisung, vou ter que quebrar essa carinha linda no meio caso ele me estresse.
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