𝕾𝖎𝖝𝖙𝖍

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Jisung pov ⚊٭


Minha vida está uma bagunça, isso é fato, mas no momento, ela só vai piorar.

─ Hyunjin, liga logo para ele. ─ Bangchan disse com a última gota de paciência que tinha. Estávamos há 25 minutos esperando o amigo de Hyunjin, que conseguiu os ingressos para a gente.

─ Se eu fosse vocês, iria logo lá para dentro, não quero esperar mais. ─ Minho resmungou ao meu lado, insuportável, como sempre.

─ Hyu, tenta ligar para ele de novo, não é possível que ele não vai vir. ─ eu pedi, quase chorando. A imensidão de pessoas em nossa volta, me deixa um tanto nervoso. Sei que ficaria com uma sensação boa dentro do estádio, afinal de contas, saí de casa para isso. Mas essa estação ferroviária me da um pressentimento ruim, não gosto de ficar aqui.

─ Eu já liguei nove vezes, mas vou ligar de novo. ─ ele afirmou, pegando o celular no bolso da calça em seguida.

Sinto minha barriga roncar, então olho ao redor, para ver se tem algum lugar para comprar um lanchinho. Logo avisto um tipo de container, que vendia algumas comidas meio leves... Ou pesadas, dependendo do horário que vou come-las. Meu estômago é uma bagunça.

─ Se você dividir um Tteokbokki comigo, eu paro de te irritar... ─ Minho afirmou ainda escorado na pilastra, assim como eu. Mas a minha dúvida é: como caralhos esse demônio -literalmente- vai comer?

─ Gente, eu vou comprar algo para comer. Querem alguma coisa? ─ perguntei aos garotos, tendo os olhares em minha direção.

─ Eu não quero não, Jico. Obrigado! ─ Hyunjin disse, Bangchan negou com a cabeça. ─ Quer que eu vá contigo? ─ ele questionou novamente, sabendo que eu odeio ficar sozinho em meio a  uma multidão de pessoas.

─ Não. ─ Minho disse.

─ Não precisa, Hyu. Pode ficar tranquilo, ta bom? ─ afirmei novamente ao mais velho, que fez um bico e acenou positivamente com a cabeça. Então saí dali, indo em direção ao container junto de Minho, que não disse mais nada. ─ Oi, moço! Me vê um Tteokbokki e uma Coca-Cola, por favor? ─ pedi educadamente ao mais velho, que não aparentava estar tão feliz com a situação.

─ Não estou entendendo essa cara de cu dele, será que ele torce para o time rebaixado? ─ Minho perguntou alto, sabendo que ninguém, além de mim, poderia ouvi-lo. Mas foi uma pergunta inteligente assim que lembro que o rival está na zona de rebaixamento... Mas o time no qual torcemos também não está em uma fase boa, mas o outro está pior, deixamos claro.

─ Aqui, pode pagar ali do outro lado, com o meu... Genro... ─ após a frase do homem Minho ri, descobrindo o motivo do mau-humor do mais velho. Fomos até o outro balcão, eu ria baixo, já Minho estava prestes a explodir.

─ Oi, moço, desculpa pelo humor do meu sogro, nosso dia está uma bagunça completa hoje...

─ Imagina, amigo! Essas coisas acontecem... ─ eu afirmei ao garoto, que sorria fraco. Ele aparenta ter a minha idade, mas não gosta tanto do trabalho, deve ter sido obrigado a vir.

─ Olha, você espera um segundinho? Essa maquininha está sem bateria, então eu vou pegar outra.. ─ ele disse calmo, então eu apenas afirmei com a cabeça, sem dizer nada em seguida.

─ Só espero que ele não demore tanto como aquele amigo do baitolinha do Hyunjin. Você só tem amigos gays, é isso? Foram eles que te influenciaram a ser um viadinho também? ─ Minho inicia, com quem ele aprendeu a ser tão insuportável desse jeito?

─ Cala essa sua boca imunda, capeta. Não me estressa, beleza? Você já fez demais só hoje... ─ disse baixo, de forma que só ele pudesse ouvir.

─ Ué, mas eu nem fiz nada, eu estou mais tranquilo do que o normal hoje...

─ Você me empurrou na rua, Minho.

─ Do jeito que você estava andando, parecia até que tropeçou, mas eu empurrei mesmo.

─ Minho, você me empurrou da calçada, e estava vindo um ônibus! ─ o lembrei e ele se calou por longos segundos, achei que ele não iria dizer mais nada... Mas ele disse.

─ Vai, Luana, amiga.

─ Uau, o que um garoto tão lindo como você está fazendo aqui sozinho? É perigoso.. ─ um homem de, aparentemente, 50 anos se aproximou de mim de uma forma ameaçadora. Me senti desconfortável, então não respondi mais nada, nem se quer olhei para ele.

─ Você não vai falar comigo, gatinho? Eu não gosto de garotos arrogantes. ─ ele disse novamente se aproximando, mas dessa vez o olhei de canto por míseros segundos. Mas pulei de susto quando senti uma mão em minha cintura, e quando olho, notei que não era a de Minho. ─ Fala comigo, neném...

Meus olhos lacrimejavam de medo, minhas mãos tremiam enquanto eu tentava afastá-lo de mim. Mas quando o olho novamente percebo Minho atrás de seu corpo, seus olhos vermelhos brilhantes me assustaram, mas me passaram confiança e segurança ao mesmo tempo. Minho o encarava de forma séria, sem expressão alguma. Ele segurou a nuca do homem, que olhos para trás assustado, mas não viu ninguém. Minho não o soltou, apenas olhou para mim novamente e pediu para que eu correse, mas não tão longe.

Tentei me afastar, mas o homem me apertou contra seu corpo, dizendo coisas obscenas e nojentas para mim, em seguida, o escuto gemer de forma dolorosa, vendo Minho apertar o pescoço dele de forma bruta, o fazendo ficar sem ar em segundos. Com isso, consigo me soltar do aperto e me afasto, virando de costas para ambos. Não sabia o que poderia acontecer, por fato de Minho ser um demônio e estar me protegendo, tenho medo de ser algo muito agressivo, por mais que estejamos em público.

Mesmo com medo, me virei novamente os vendo. Com o aperto o homem caiu no chão, se deitando. Minho não perdeu tempo e socou seu corpo, fazendo o velho gritar assustado. Não sabia de onde os golpes estariam vindo. Em um movimento rápido, Minho sobe encima do corpo do mais velho e agarra seu pescoço com força, o deixando paralisado por longos segundos. A cena assustadora chamava atenção das pessoas no local, por mais que não vissem o garoto sobre seu corpo.

De repente, Minho se levanta, o homem corre em seguida, como se tivesse encarado a própria morte. Ele vem até mim em seguida, passando a mão nos meus cabelos e em meu rosto. ─ Você está bem, né? ─ ele questiona, eu não consigo deixar de olhar o homem correr para longe de nós. Desesperado. Aproximo meu corpo do de Minho em seguida, deixando com que ele me abrace, mesmo que de forma discreta.

Assédio. Esse é um dos motivos no qual eu temo multidões, não sei do que são capazes de fazerem.

É impressionante dizer isso, mas eu tenho sorte de ter Minho comigo, não sei o que poderia ter acontecido se ele não estivesse comigo. Fico feliz por ter recebido esse demônio irritante para cuidar de mim.

Eu to péssima depois disso

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Eu to péssima depois disso.

Cap. Não revisado!
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