Café e problemas

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Katherinne

As luzes avermelhadas do nascer do sol invadiram meu quarto quando ultrapassaram a cortina esbranquiçada pendurada sobre a janela.

Tateio o canto oposto da cama e percebo que Dake já não se encontra mais ao meu lado, suspiro aliviada e me espreguiço para iniciar mais um dia de minha vida.

Apesar da felicidade em que me encontrava, não conseguia esconder de nenhuma forma o quanto a semana fora umas das mais difíceis que tive o desprazer de viver, minhas olheiras inchadas quase engoliam meus olhos e a palidez do meu rosto praticamente brilhava. Eu estava exausta, mórbida e capenga, mas pelo menos, o estabelecimento do café estava quase pronto devido todas as tarefas, compras, reforma e contratação de uma única funcionária para me ajudar com o trabalho.

Depois do jantar em família que organizei com meu esposo na semana retrasada, tudo em casa se arruinou drasticamente, Dake já não fala mais comigo como antes e eu não me esforço nenhum pouco para manter um diálogo com ele, tudo que sai de sua boca me causa repulsa, e ele melhor do que ninguém sabe porque eu o abomino tanto. É  incômodo pensar que continuo casada com meu futuro ex marido, mas a cada dia que passa, sinto que esse sonho está cada vez mais perto de se realizar.

O banheiro estava uma bagunça, assim como a casa inteira, apesar disso, não tive tempo nem mesmo disposição para organizar tudo, visto que Adam surta a todo momento quando está em casa e não consegue se adaptar ao maternal que eu o coloquei, ele já não me responde mais quando o chamo e também não brinca e nem fala como antes. Dada as circunstâncias, gostaria de tê-lo ajudado melhor nesse momento de crise, mas a organização do café tem sugado completamente o meu tempo, e isso me ocasiona o pior dos sentimentos que alguém poderia ter: Se sentir uma mãe ruim mesmo que tudo que eu esteja fazendo, tenha sido por ele.

Resolvo não pensar mais em tantas coisas ruins, mas enquanto escovava meus dentes, ouço uma notificação de mensagem do meu celular. Abro a tela sem demoras e era Lysandre quem me chamava.

" Ainda é muito cedo

para mandar bom dia? "

Rio contente de sua mensagem inesperada, não conseguindo esconder a felicidade que sinto quando Lys me chama com seu jeito engraçadinho.

" Não se você for

um desocupado "

"Então porque você

não me dá um emprego?"

" Claro, a vaga de balconista na

minha cafeteria é toda sua "

" Não, obrigado "

" Hahaha, idiota "

" Deixando as

brincadeiras de lado,

soube das novas? "

" Você sabe que não,

então desembucha de uma

vez "

" Seu ex voltou para Marselha,

acabei de ver ele na TV "


" Agora diga algo que não

sei "

" Sua cretina, você disse

que não sabia "

" Lys, eu tenho tantas coisas

Reencontros - Castiel Amor doce +18Onde histórias criam vida. Descubra agora