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Peixe

Sabe quando você conhece alguém e de repente tudo muda? Foi assim com a Giovanna. Ela chegou com aquele sorrisão que deixa o lugar mais iluminado do que luz de festa. Eu, o Peixe, que sempre fui o cara das piadas, me vi meio bobo, sem saber o que falar.

Ela tem uma vibe que te puxa, uma energia que faz você querer ficar por perto, só pra ver o que ela vai fazer. E eu, que sempre tive resposta pra tudo, fiquei mudo.

A Gi, com aqueles cachos que parecem ter vida própria e um jeito fácil de levar as coisas, nem parecia notar o efeito que tinha em mim. E eu? Decidi que não ia deixar esse sentimento passar batido.

Eu queria entrar no mundo dela, descobrir o que fazia ela dar aquelas gargalhadas, o que tocava no coração dela pra sair aquela música que parecia vir direto da alma? Queria ser mais que o palhaço da turma, queria ser alguém pra ela!...

Mas como falar isso? Como transformar anos de brincadeiras em palavras que mostrassem que eu tava falando sério? Não sabia, mas tava disposto a tentar. Porque pela primeira vez, eu queria que alguém me levasse a sério. E esse alguém era ela...

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Todo mundo me conhece como Peixe, o cara das piadas, sempre pronto pra fazer a galera rir. Mas o que ninguém sabe é que por trás de cada risada que eu arranco, tem um monte de história que ninguém vê. Essa vibe de palhaço sempre foi meu jeito de não deixar ninguém chegar muito perto.

Aí tinha a Ana. Ela era aquela mina que chegava e mudava o clima do lugar, sabe? A gente se trombou na escola, dois loucos pela música, achando que podiam dominar o mundo. Ela tinha essa gargalhada que fazia você esquecer de tudo de ruim da vida. E os olhos dela...acho melhor não tirar muito no assunto...

A gente virou aquele casal que todo mundo cita como exemplo. Mas, mano, perfeição é papo furado, e eu paguei caro pra aprender isso. Eu fazia tudo por ela,mas ela... bom, ela tinha outros rolês em mente.

Numa festa, eu vi tudo desabar. Vi ela com outro cara, dando aquela mesma risada que eu jurava que era só minha. Parecia que alguém tinha pausado o mundo. Meu coração deu um breque, e naquela hora, eu soube que tinha perdido não só a Ana, mas um pedaço de mim que talvez nunca mais voltasse.

Depois daquela noite, eu me fechei pra balanço. Guardei as piadas e as histórias pra mim. Guardei meu coração num canto que ninguém, principalmente uma Ana da vida, pudesse tocar. Foi difícil voltar a confiar, a me abrir de novo. Mas a vida é assim, né? A gente se desequilibra, se fode pra caralho,mas tem que aceitar no final

A música ainda fala por mim, mas agora ela tem outra pegada. Uma vibe de quem já passou por umas e outras, de quem tá começando de novo. Porque no fim das contas, a gente saca que as bads são só o esquenta pra algo muito mais boa que tá vindo aí.

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Depois daquela confusão toda com a Ana, eu tava meio que andando em círculos, sem muita direção. Mas a vida, ela não para, E foi assim, no meio dessa bagunça, que a Giovanna apareceu. Ela tinha um jeito de levar as coisas que me fez pensar duas vezes sobre o que é realmente importante.

A Giovanna, com aquele sorriso que não precisa de muito pra brilhar e aquele jeito de dançar como se ninguém tivesse olhando, começou a mexer comigo de um jeito que eu não esperava....Não era nada parecido com o que eu tinha vivido com a Ana. Era mais... sei lá, real?

Ela me mostrou que a vida segue, que a música ainda toca e que, talvez, ela pudesse ser... bom, o novo amor da minha vida. Não que eu tivesse planejando nada, mas quando você encontra alguém que te faz rir de verdade, que te escuta e que, de alguma forma, te entende só pelo olhar, você começa a pensar que talvez, só talvez, você tenha encontrado alguém especial.

A gente começou a passar mais tempo juntos, e cada risada, cada conversa, cada nota que a gente tocava juntos, parecia estar construindo algo. Algo que eu não sabia que tava pronto pra construir de novo, mas que, com ela, parecia certo.

Então é isso, a Giovanna entrou na minha vida como quem não quer nada e, sem eu nem ver, começou a curar umas feridas que eu achei que iam ficar abertas pra sempre. A música ainda é minha voz, mas agora ela tem uma nova companheira de dueto, e quem sabe o que mais o futuro reserva...

A gente começou a se encontrar fora da escola de música. Primeiro, foram só uns cafés depois da aula. Depois, cinema, parque, qualquer desculpa era boa pra gente se ver. E cada vez que a gente se via, eu sentia que aquela conexão que a gente tinha só crescia.Mas isso fica pros próximos episódios!

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Fiz uma redação do Enem mas ok🤠

Leiam pf fiquei a tarde inteira fazendo isso só proces 😭

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Beijocas da Manuuu💋

Solos de guitarra não vão me Conquistar...Onde histórias criam vida. Descubra agora