Bênção disfarçada.

conversas,sinceridade e?

Bom gente,já devem ter notado que esses últimos capítulos foram mais voltados a Gattaz,quero que vocês vejam e percebam o enredo dela por isso esse aprofundamento.
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Carol Gattaz

Acordei como se estivesse em mundo paralelo,como tivesse dormido por uma semana seguido ou para ser mais específica como se tivesse acordado de coma,os raios de sol brilhavam na sua máxima intensidade para mim e incomodavam,olhei para o meu lado e vi que Arielle já não estava mais ali o local onde ela dormia estava frio indicando que fazia um tempo que a mesma já havia se levantado,forcei minha mente a lembrar o que havia acontecido e tive como resposta uma dor aguda no meu braço,franzi o cenho e espremi meus lábios quando estiquei o mesmo e me deparei com dois cortes aparentemente superficial mas que me incomodavam muito,uma sessão de deja-vu me atacou me fazendo lembrar a força o que tinha acontecido,os cortes era visíveis nada muito uó não custaria nada colocar um casaco para tampar,precisaria ainda fazer um bandeid.

—eerr,desculpa Carol—Arielle falou envergonhada,ela estava limpando as louças que eu havia começado lavado na noite anterior—Eu percebi que as coisas estavam sujas,vi também cacos de vidro e algumas gotas de sangue no chão,você se machucou?

—Não,meu dedo espetou em um dos cacos nada sério—tentei manter meu tom civilizado tanto pela mentira contada tanto pelo estado que a mesma estava ontem.

—Carol,eu não sei o que eu te disse ontem nem sei como você me encontrou ontem só quero te pedir desculpas por qualquer coisa dita por mim—falou e se virou para mim—Era pra ser só uma taça para te esperar queria conversa contigo.

—Tudo bem,Ari.—dei de ombros—Eu não me importo,não somos mais casadas de corpo.

—Não fala assim,Ca.—suspirou—As coisas não andam bem entre a gente,eu sei,mas caramba,a gente já passou por tantas coisas juntas,vai acabar assim?

—Não depende só de mim.—deixei no ar—Ontem você falou que tinha outra para te satisfazer,fala a verdade,não mente,tu tem outra ou outro?

—Tenho,você,só você—seu nariz fungou era mentira sempre que ela mentia seu nariz fazia isso.

—Não se cansa de mentir nunca?—perguntei coçando minhas têmporas.

—Mas eu não estou mentido—novamente seu nariz fungou.

—Arielle,eu não sei o que fazer mais com a gente—fui sincera—Eu quero consertar,mas isso só vai me machucar e me maltratar eu não quero isso pra mim.

—Mas é você que eu amo,Ca,sempre foi você e sempre será você.—vi de relance seus olhos lacrimejarem.

—É?eu e quantas?

—Faz o fácil.—ela repetiu a minha frase.

—Não sou eu quem está complicando as coisas,aliás quem sempre complicou,mas sempre a besta aqui consertava.

—O que você está querendo dizer com isso?Que eu complico as coisas?Eu aturei esse teu estresse,essa tua neura durante anos sem falar um A a mais com medinho de despertar gatilho na pobrezinha da Carol.—falou de uma vez só.

—Vai Arielle,Já se perdeu no personagem mesmo deixa essa tua máscara cair sem medo,fala o que está engasgado—afrontei e falei no mesmo tom que o dela mesmo que essa sua última frase tenha me atingido como um baque—Tu sempre foi uma sem noção eu sempre te disse isso,desde que eu te conheci eu sabia dessa tua soberba do caralho,mas mesmo assim pensei que podia mudar isso,por que eu não me apaixonei por aquela mulher soberba,mas sim pela que via beleza ao redor do mundo,aquela sim era a minha Arielle a minha Ari.

—Pois é,Gattaz as coisas mudam e parece que o tempo não foi muito ao nosso favor,eu juro que empurrei até onde deu a gente,mas você é a pessoa mais difícil de se conviver.—seu tom de voz havia diminuído—Já passou da hora de colocar um ponto final nisso aqui.

—O que você está querendo dizer?Separação?É isso?

—Não está na cara,Carol?Não dar mais.—passou a mão no seu cabelo agoniada e pegou seu telefone mandado mensagem para alguém.

—Tem outra envolvida nisso,não é?—questionei ela querendo que ela fosse sincera comigo e me olhou como estivesse incrédula—Tem ou não tem?

—E se tivesse?o quer que tem?—jogou o celular de volta no sofá—A gente não é casada de corpo faz muito tempo,Ca,eu tô tentando simplificar as coisas.

—Eu não quero a separação.—sentei no sofá deixando as lágrimas descerem—Vamos tentar,a gente já passou por tantas crises e superamos tudo juntas,meu amor.

—Ca,dessa vez é diferente,e você sabe disso—seu tom de voz era o mais compreensível possível e me permite chorar mais—Eu te amo e sempre te amarei,o nosso amor continua o mesmo intacto,só mudou amadureceu um pouquinho além da conta mais continua lá,não vamos estragar ele—puxou o meu braço pra perto de si para um abraço mas tive que parar de maneira brusca pela dor que ali se fez presente,ela.pegou justo naquele dos cortes da noite anterior.

—O que houve?—olhou para mim com cara de preocupação e eu tratei logo de enrolar meus braços no meu corpo por puro instinto—O que tem no seu braço que você está escondendo?

—Não tem nada,Ari—me levantei em um pulo só do sofá—bati com força ontem no pilar.

—Hã?—fez cara de confusa—Deixa eu ver.—neguei com a cabeça—Deixa eu ver.

Não havia para onde correr,qualquer argumento levaria a muitas suspeitas eu podia inventar uma queda no banheiro,tirei meu moletom e aquelas marcas estavam lá,avermelhadas e ardidas,abaixei meu rosto de tanta vergonha.

—O que significa isso Caroline?—perguntou ainda segurando meu braço.

—er,queda no banheiro.—coçei minha nuca com a outra mão.

—Queda no banheiro?—me olhou debochando.—Carol,por que cê fez isso?

—Eu não fiz nada.

—Carol eu tô vendo,ainda não sou cega.—gritou na minha cara.

—Se não fosse não estaria vendo que eu estou falando a verdade.—ri.

—Eu não estou brincando.—falou mais seria e meu sorriso morreu—Vamos fazer um curativo nisso daí.—me puxou para a cozinha arrastando um banquinho e colocou a caixa de primeiros socorros em suas pernas—Me explique direitinho,se mentir.

—Não foi nada,eu só estava catando os vidros ontem e me deparei com alguns cacos e me perguntei por que não fazer.

—Carol,olha para mim—sua mão gelada encostou no meu rosto—Isso não é brincadeira,você ainda está indo no seu psicólogo?—neguei com a cabeça enquanto ela voltava sua atenção para o braço.

—Não faz isso,Ca,isso não vai diminuir a dor que você está sentindo dentro de si.—olhou para mim.

—Eu não vou mais fazer isso,foi sei lá,coisa de momento.

Já falei que a noite minha mente funciona melhor?