XXI

49 5 0
                                    

Me distrai demais com meu celular enquanto Bellingham dormia em meu colo. Eu mexia no celular e fazia carinho em seu cabelo. Não me perguntem o por quê, tá? Foi automático, ele deitou e eu não quis acorda-lo.

Quando já eram por volta das duas e quarenta da manhã, percebo que estou sozinha na festa com o Bellingham. Não sozinha literalmente, mas, sem pessoas que eu conheça por perto. Automaticamente ligo para o Vinícius perguntando aonde que ele está.

O mesmo não atende e nem me responde. O que é que eu irei fazer com esse bêbado aqui?

—Bellingham...—digo o cutucando

—agora não...—diz sonolento tirando minha mão dele.

—vem, vamos para casa.

Eu sei onde é a casa dele? Não. Sei o caminho daqui para a minha casa? Também não. Mas eu lembro um pouquinho.

Ele se levanta meio sonolento se apoiando em mim.
Assim que chegamos no carro, procuro a chave dele e a pego sentando no banco do motorista.

Eu tenho carteira? Não. Sei como dirigir? Um pouco pelo o que meu pai me ensinou. Ah uns três anos atrás...

Ligo o carro e vejo o quão complexo ele era. Não era igual ao carro que eu tinha aprendido...

Coloco no GPS meu endereço e vou seguindo.

[...]

Estava passando por um lugar escuro, só com floresta ao redor até eu ver um bicho no meio da pista e vira para o lado para não mata-lo.

Batendo o carro no poste. Saio do carro com medo e vejo que ficou muito amassado na frente. E vejo o Bellingham acordando.

—o que aconteceu?!—disse vendo eu na frente com meu
celular iluminando

—Eu bati sem querer...

Ele continua dentro do carro e abaixa a cabeça.

—onde estamos?

—não sei...

—MEU DEUS GAROTA! me trás para um lugar que nem você sabe e bate o meu carro?!

Fico em silêncio.

—Entra. Vamos embora.

—Valeu. Mas não.—digo mechendo no meu celular, atrás de algo que possa me levar para casa.

—então vai ficar aí? No meio do nada, no escuro?

—uhum.

—entra logo.

—já disse que não.

—ok. A opção é sua. —ele saí do carro entra no banco de motorista ligando e saindo.

Mas que merda. O que eu faço agora? Sem sinal algum. A não ser que eu vá andando. Me sento no chão, não muito perto do mato, mas me sento no chão e tento ligar para o Vini ou Rodrygo.

Até que eu acerte o golOnde histórias criam vida. Descubra agora