XXV

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Bom, já se passaram cinco meses desde a última vez que eu vim falar aqui. Os jogos da liga dos campeões já começaram, estamos indo bem, mas está faltando entrosamento. Parece que todas elas, exceto a Luiza, se recusam a passar a bola para mim. Quando passam parece que sou a última opção.

Isso tem feito eu ficar com as notas mais baixas, porque eu quase não toco na bola. E se ela quiserem assim, vai ser assim.

Quantas vezes eu estava dentro da grande área, não estava sendo marcada, estava a um fio de fazer um gol, entre outras coisas e elas resolveram passar a bola para outra pessoa. Ou perder a bola, o que é pior ainda.

Já estamos nas oitavas, e quarta-feira é o jogo, se elas não passarem a bola para mim...na primeira oportunidade que eu tiver de roubar a bola e jogar sozinha,eu vou.

[...]

Escuto minha campainha tocar e imagino ser o pet shop com o Max, aquele cachorro estava um nojo, todo sujo e fedendo, tive que optar por profissionais.

Mas não, não era. E sim o Rodrygo com o Vini.

—O que estão fazendo aqui? E quem deixou vocês entrarem?

—Boa noite pra' você também.— Rodrygo diz entrando e se jogando no sofá.

—Foi o porteiro oxi

—Mas...ele não me ligou?—falei com dúvida, será que ele tinha me ligado e avisado?

—não, ele sabem quem somos...e deixou.

—Por que estão aqui?

—Sei lá' só viemos.

Ouço a campainha de novo.

—Deve ser a Luiza e os meninos.—disse o Vini e eu me viro para ele.

—Chamou mais pessoas?

—uhum, você é muito anti-social, mas não vamos ficar aqui

Abro a porta e vejo a Luiza, Tchouameni, Camavinga, Rüdiger, Militão e umas três mulheres que eu não conheço.

Olho para todos e tento não me estressar. Eu vou matar o Vinícius e o Rodrygo.

Me sento e vejo aquelas garotas se acomodarem no meu sofá olhando tudo em volta com deboche.

—Tá bom, se não vão ficar aqui vão para onde?

—Nós vamos para uma festinha, só estamos aqui por você viu.

—Mas eu não pedi, então podem ir embora.

—Vamos com a gente Ayla...o que custa, faz tempo que você não vai.

—Não...

A campainha me interrompe. Espero não ser mais ninguém e só o meu cachorro.

—Será que é o Bellingham?

—Nãoo, acho que não, ele falou que só encontraria a gente lá.

Abro a porta e vejo o Bellingham com o Max no colo.
o que?!

—esse cachorro maluco aqui é seu?

—é sim, o que você está fazendo com ele?

—eu desci do carro e ele pulou encima de mim, o rapaz alí —apontou para o moço do pet shop, que acenou com um sorriso—disse que era da sua casa.

—coloca ele no chão.— Bellingham solta ele e o mesmo entra correndo, e assim que vê tudo aquilo de pessoas dentro de casa se esconde atrás de mim.

—ele tem medo de pessoas?— Jude pergunta.

—Ele não é mais acostumado a ver tudo isso de pessoas dentro de casa.

Até que eu acerte o golOnde histórias criam vida. Descubra agora