A INDOMÁVEL BRUXA

CAPÍTULO 35: 'O MONSTRO VERDE DO CIÚME'

MINHA CARA LINDAMENTE MAQUIADA, MEU CABELO ARRUMADO, MEU PERFUME, MINHAS ROUPAS, SÃO O MEU ESCUDO. NÃO ME SINTO NENHUM POUCO INFERIOR A BELA E NOVINHA, DOUTORA CAROL, ÊX DE ZAC. MAS, SINTO CIÚME! OLHO PARA ELA COMO SE, COM  OS MEUS,  EU PUDESSE DISPARAR FACAS PONTUDAS E AFIADAS. 'QUEM ELA PENSA QUE É? UMA ÊX- , ARREPENDIDA? QUER VOLTAR COM ELE? ELA NÃO SABE QUE ZAC COOPER, ESTÁ COM UMA MULHER QUE É A FILHA DO DOUTOR MACKENZIE, QUE OCUPA UM CARGO MUITO IMPORTANTE NO HOSPITAL? SERÁ, QUE ELA NUNCA OUVIU FALAR DE MIM? SERÁ, QUE ELA É AMIGA DE PENNY E KAREN E TIPO, ESTÁ NUMA NOVA CONSPIRAÇÃO COM ELAS, PARA ME TIRAR DO JOGO? 'ESSA FULANINHA VAI VER DO QUE SOU CAPAZ, AH, SE VAI!'

-  NÃO TINHA QUE ESTAR NO SEU SALÃO? - ZAC, FALA PRIMEIRO, ME OLHANDO INTERROGATIVAMENTE E AO MESMO TEMPO, COM CERTA CENSURA.

-  NÃO VAI ME OFERECER UM LUGAR NA SUA MESA? - VEJO UNS PAPÉIS NELA DE RELANCE E OLHO PARA ZAC, ESPERANDO SUA REAÇÃO.

-  QUEM É ESSA? - CAROL PERGUNTA, OLHANDO PARA ZAC, MUITO SÉRIA.

NUM ÍMPETO, EU MESMA PUXO A CADEIRA E ME SENTO, AO LADO DE ZAC E DE FRENTE PARA ELA. SEGURO NO BRAÇO DELE COM ARES DE POSSE DIGO E DIGO, COM ARROGÂNCIA:

-  QUEM SOU EU? EU SOU A NAMORADA DO DOUTOR COOPER, QUERIDA! SOU SAMANTA MACKENZIE, FILHA DO DOUTOR, GEORGE MACKENZIE. E AGORA, ESTÁ CLARO? - DOU UM SORRISO  FALSO.

-  ZAC, O QUE SIGNIFICA ISSO? - CAROL DIZ, COM UM OLHAR OFENDIDO PARA ELE.

-  ME DESCUPE, CAROL. EU NÃO FAZIA IDEIA QUE ELA IA APARECER AQUI. - ELE DIZ NUM TOM EDUCADO, MANTENDO A CALMA AO FALAR COM ELA. VOLTA A ME ENCARAR, TIRA A MINHA MÃO DO BRAÇO DELE FIRMEMENTE E DIZ – O QUE FAZ AQUI? NÃO TEM QUE ESTAR NO SEU TRABALHO? ESTAMOS TENDO UMA CONVERSA MUITO IMPORTANTE, E NÃO É CONVENIENTE FALARMOS AGORA, SAMANTA. NÃO É PORQUE VOCÊ E A FILHA DO DIRETOR DO HOSPITAL QUE É A NOSSA CHEFE, ENTENDE ISSO? - ME OLHA AGORA, COMO SEU EU FOSSE UMA IGNORANTE SOBRE HIERARQUIA HOSPITALAR, DIGNA DE PENA.

-  POSSO BEM IMAGINAR O ASSUNTO IMPORTANTE, SOBRE O QUAL ESTÃO CONVERSANDO...NÃO É, CAROL? - VOLTO A OLHAR PARA ELA, COM HOSTILIDADE E PROSSIGO – ESCUTE AQUI, ELE AGORA É MEU, ENTENDEU? ESTOU ESPERANDO UM FILHO E VAMOS NOS CASAR! SE VOCÊ ESTÁ DE ARMAÇÃO COM A KAREN E PENNY, PODE VOLTAR E DIZER QUE, O PLANINHO RIDÍCULO QUE BOLARAM, MAIS UMA VEZ FALHOU!

-  KAREN? PENNY? - CAROL DIZ, COM UM OLHAR DE ESTRANHEZA – MAS, QUEM SÃO ESSAS PESSOAS? VOCÊ É LOUCA OU, O QUÊ? ESTAMOS AQUI DISCUTINDO O CASO GRAVE DE UM PACIENTE DE ZAC, QUE ESTOU ASSUMINDO, AGORA QUE ELE ESTÁ SUSPENSO. EU NÃO TENHO A MENOR INTENÇÃO DE VOLTAR COM ELE, PORQUE ESTOU NOIVA!

-  O QUE? - ISSO ME DESARMA PARCIALMENTE. 'COMO FOI QUE NÃO VI O ANEL DE NOIVADO NA MÃO DELA?'

-  ONDE ESTÁ SEU ANEL DE NOIVADO? - PERGUNTO, SEM ESTAR TOTALMENTE CONVENCIDA.

-  ZAC, EU TENHO MESMO QUE LIDAR COM ESSA HISTÉRICA, NUM MOMENTO, COMO ESSE? ELA ESTÁ FORA DE SI, PRECISA DE TRANQUILIZANTES – ELA DIZ, COM ARES DE UMA PROFISSIONAL BEM QUALIFICADA, OFENDIDA E PRATICAMENTE, INABALÁVEL, APESAR DE MEUS ESFORÇOS EM COLOCÁ-LA NO SEU DEVIDO LUGAR.

-  NOS DÊ LICENÇA UM INSTANTE, CAROL. EU VOU TIRAR ELA DAQUI E JÁ VOLTO – ELE ME LEVANTA DA CADEIRA COM DETERMINAÇÃO, SEGURANDO EM MEU BRAÇO E SAÍMOS DA MESA. VAMOS EM DIREÇÃO A UM CORREDOR, QUE LEVA ATÉ OS BANHEIROS. EU ME SOLTO BRUSCAMENTE E O ENCARO, COM FÚRIA. ELE ME CENSURA - O QUE ESTÁ FAZENDO? QUER QUE MAIS PESSOAS TE ROTULEM DE LOUCA, CAPULETO? - ELE ME OLHA COM DESPREZO E RAIVA – COMO SOUBE QUE EU ESTAVA AQUI?

-  QUEM É ELA? - EU CRUZO OS BRAÇOS EMBURRADA E DEIXANDO DE ENCARÁ-LO, CONTINUO – SOUBE QUE ELA É SUA ÊX...EU PENSEI QUE...PENSEI QUE ESTIVESSE FAZENDO ISSO PARA ME PROVOCAR E PARA ME FAZER DESISTIR DE NÓS. ELA ESTÁ MESMO NOIVA? NÃO VI O ANEL...E VOCÊ, MONTÉQUIO, SEI BEM QUE É UM SAFADO, QUANDO QUER...