CAP. 7 ✨️

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Sim, eu estava vermelha, e muito provavelmente chocada com tudo que acabei de ler

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Sim, eu estava vermelha, e muito provavelmente chocada com tudo que acabei de ler. Eu não estava acreditando que receberia tudo isso em pleno primeiro dia de trabalho, eu senti um gosto salgado na minha boca, e logo pude ver que estava aos prantos, emocionada com tal atitude de Vincent. Eu não entendia o motivo do choro, talvez fosse porque nunca recebi isso, nem mesmo de Alec, era tudo tão confuso e cheio de incertezas que eu não queria acreditar que isso estava acontecendo.

Guardei rapidamente a carta dentro da bolsa e me recusei a olhar novamente. Eu coloquei limites e pretendia segui-los, não queria mais me envolver, iria apenas me concentrar na minha carreira e na minha vida de agora em diante. Vincent era um cara legal, mas eu não iria mais colocar meu coração em risco novamente, ainda mais depois do que passei ontem. Foi a primeira vez que Alec me bateu, a primeira vez que ele levantou a mão pra mim, tinha sido a primeira vez que ele havia me machucado fisicamente. Eu não entendi o motivo dele, apenas entendi que minha irmã quase perdeu o bebe por causa da briga que tivemos. Apesar da criança não ter nenhuma culpa, minha irmã não merece ser mãe. Além de mimada, ela sempre foi péssima com crianças, sempre jurava de pés juntos que odiava cuidar de criança e que se pudesse tiraria até o útero. Mas agora, só porque ela carrega um filho do cara que foi meu noivo, ela quer bancar a mãe coruja? Pedindo pro idiota vir aqui defender ela? Eu não acredito que demorei tanto pra ver a verdadeira face daquele monstro.

Mas sabe o que doía mais?É saber que eu ainda o amo muito, foram mais de anos juntos,eu não sabia mais como era viver solteira. Todas as noites eram de puro frio, ele fazia falta na minha cama, sofá, cozinha, ele fazia falta do meu lado. Eu odiava tudo isso que estava acontecendo, odiava tudo isso. Eu não merecia tais coisas, merecia ser feliz, eu só queria ser amada, só queria ser feliz! Me sentei na minha cadeira, era uma poltrona bege, com um assento muito confortável, encostei minhas costas nela e me permiti relaxar, tentando me concentrar apenas no agora e em como a minha vida ia ser daqui pra frente.

Senti meu coração doer, mas apenas ignorei os sintomas das minhas crises. Eu queria deixar meu irmão orgulhoso de mim, eu sabia que ele insistiu muito pro pai do Vincent me aceitar como estagiária, até porque faz muito tempo que não trabalho ou faço qualquer tipo de estágio em nenhuma empresa. Mas até que não tenho um currículo ruim, já estagiei em muitas agências famosas por aqui, então isso deve ter sido suficiente também. Vi o buquê em cima da mesa e o peguei com todo cuidado do mundo, admirando a beleza das rosas que pareciam ter desabrochado naquele dia. Aquilo me deixou com o coração quentinho e mais calmo, eu amava rosas, amava o cheiro delas e a beleza que elas transmitiam.
Eu nunca pensei que poderia receber tal presente de algum homem, ainda mais por só ter entrado na empresa. Será que ele só me deu porque sentiu pena de mim?Será que o Vincent sente apenas pena de mim? Apesar de que, ele não parece saber da minha condição, acho que Matteo não contou sobre a minha infertilidade. Isso é bom, pelo menos não me sinto ainda mais desconfortável perto dele, ainda mais depois de tanta humilhação.

Com as rosas em meus braços, delicadamente, as coloquei sobre a mesa, ao lado da caixa de chocolate. Me levantei ainda em frente a mesa e comecei a retirar minhas coisas da bolsa. Primeiro, o notebook, depois, uma agenda média que funcionava como meu planner. Tanto o notebook como o planner eram da cor rosa claro com branco, com alguns detalhes desenhado sobre a capa. Logo após, tiro a minha garrafa de água, colocando ao lado da agenda, e depois disso, coloquei minha bolsa debaixo da mesa. Peguei meu planner e o coloquei contra meus seios, caminhando para fora da sala.

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