Capítulo 1

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- Não consigo mais fazer isso, eu não quero mais fazer isso.

Patrick apenas me abraçou e secou minhas lágrimas, encerrando com um sutil beijo em minha testa.

- Brookie, eu estou aqui e só isso importa.

Não importa se o carro que eu roubei está em chamas e se minha testa está cortada, muito menos se a bicicleta do Patrick, que foi roubada também, está amassada pela batida no carro, nesse momento, nesse exato momento, todas as coisas que aconteceram no último ano do ensino médio, parecem bobagem.

8 meses antes

Meu nome é Brookie, Brookie Ballard, e eu certamente sou a garota mais odiada do meu último ano, não vou mentir, eu amo isso.

Saí do meu carro com os fones de ouvido no máximo e guardado o meu óculos de sol, raramente dou bom dia para as pessoas ou sorrio, é perca de tempo fazer isso para quem não conheço ou não vou levar para o resto da vida.

- Ballard, o seu cabelo está impecável.

Essa é Donna Hughes, minha melhor amiga, ela é altamente altruísta e muito, mas muito simpática e popular, e ela sabe disso.

- Donna, não vou ajeitar o meu irmão para você.

- Brookie, eu não quero o seu irmão, mas tem um garoto na turma de basquete que você poderia descobrir o nome dele.

Parei na entrada do colégio e respirei fundo, o perfume doce e enjoativo de Donna me deram uma arrepios.

- Hughes, é o primeiro dia... - nesse momento, um garoto atrapalhado barrou em mim e fez minha caixinha do óculos cair da mão e minha bolsa também - Qual o seu problema? Não está me vendo?

Ele era o nerd da sala e o arremessador do time de basquete, queria lembrar o nome dele, mas deve ser alguém sem importância.

- Me d-desculpe.

- Sai daqui garoto.

Ignorei ele e o expulsei gesticulando com minha mão.

- Uau, desde de quando o Costelo ficou tão gato?

O que deu na Donna?

- Hello, esse tal de Costelo derrubou minhas coisas.

- Eu sei, mas vai me dizer que não prestou atenção nele?

- De verdade, eu tenho mais o que fazer do que prestar atenção em um garoto que é nerd, monta computadores e segue a linha tênue de ser jogador de basquete.

- Você deveria ser mais sensível. Já não basta as pessoas temerem você e você ser, basicamente, odiada?

Meus olhos reviraram e eu passei a mão dela têmpora, respirei fundo e sorri com desprezo.

- Certo Donna, eu prometo que nesse último ano eu serei sensível e acessível.

Entrei no colégio e parecia que eu estava em uma passarela, Donna falava e acena para todos, eu apenas entrei com uma face seria e um espasmo muscular meu rosto.

Donna não é muito alta, deve ter 1,65, morena, cabelos cacheados e muito linda, ela quer ser senadora, talvez seja por isso toda essa simpatia.

Já eu? Como eu me descreveria? Alta, 1,72, parda e cabelos castanho, olhos do mesmo jeito, meus cabelos longos.

Entramos na sala de aula e o menino Costelo estava lá, não sei com qual intenção a Donna deu uma cutucada no meu cotovelo ao vê-lo.

- Sensível e acessível, lembra? - Sussurrando.

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