Capítulo 4

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- Eu não posso sair, eu não posso largar tudo e ir. - Falando entre os dentes.

- Você me meteu nessa roubada dizendo que somos namorados, então, ou vem comigo ou vai ter se arrependido de ter entrado em minha vida. - Eu tenho certeza que os meus olhos estão pegando fogo.

- Olha aqui Ballard, aqui não é circo para fazer palhaçada. - Ramon furioso segurando a bola de basquete.

Todos do time começaram a rir da minha cara e a vaiar.

- Tem razão, não é circo, é o palco de um babaca machão que tem o pinto pequeno. - Apontei o dedo para o Ramon.

Se ele acha que vou deixar ele falar assim comigo no meio de vários homens, está muito enganado.

Todos vaiaram sem parar, o Patrick me olhava sem acreditar e rindo.

- Você só pode estar zoando, sai daqui garota. - Apontando para a porta.

Levantei minhas mãos como se estivesse me isentando de algo.

- Isso foi pela festa. - Sussurrando no ouvido do Ramon. - E você Patrick, comigo. Agora.

Levantei minha sobrancelha e sai andando, ouvi passos atrás de mim.

- Você é louca por acaso?

Eu nunca tinha prestando atenção em como o Costelo era definido e com o rosto angelical, quando ele estava irritado era como uma obra prima.

- Da para me ouvir e parar de me olhar como se quisesse morto?

Voltei a órbita e respondi o Costelo.

- O Ramon mereceu, me deixou a sós com você e tudo começou a dar errado, você tem um sangue de bosta impressionante. - Passando as mãos pela têmpora.

- Tão bonita e com uma boca tão suja.

- Demorou para dizer que sou bonita. - Fazendo biquinho.

Ele corou, nunca o tinha visto com tanta vergonha. Ele parecia perdido, e estava respirando ofegante.

- Eu tenho uma proposta para você. - Falei e ergui a sobrancelha.

- Eu não mato por menos de dez mil.... - Patrick falou e começou a rir. - O que você quer? Você não percebeu ainda que não gosto a sua presença?

- Acredite, você é a pessoa que menos tenho apreço, tudo de errado acontece comigo quando você está perto.

- Eu não vou fazer nenhum favor para você, Ballard!

- Costelo, preciso que se passe por meu namorado por mais uns dias... olha...

Patrick grilou os olhos e colocou as mãos na cintura, dava para ver que ele tentava conter o sorriso.

- Você é louca, Brookie?

- Não, mas você é. Por isso preciso que você seja meu namorado de mentira, pelo menos por uma semana, não se preocupe, não quero que me beije.

Dessa vez ele não aguentou e soltou uma gargalhada.

- Eu não vou aceitar, eu não quero estar perto de você. Está louca? Só pode.

- Escuta, eu sei que no fundo você quer ser o orador da turma e capitão do time de basquete, você me ajuda sendo meu namorado de mentira para minha família, e eu te ajudo a ser o capitão e o orador da turma. - Estendi minha mão, tentando fazer com que ele apertasse e desse certo o plano.

- Brookie, você sabe que não é como nos filmes, livros ou fanfic, sabe não é? Porque quer que eu finja?

Eu parei e respirei fundo. O que poderia dar errado se nós mentíssemos? Inimizades, fofocas, fazer ciúmes ao Ramon e com esse sangue de bosta que ele tem, muita vergonha.

- Porque tenho eventos de família e não quero ficar desacompanhada, tendo alguém que é discreto, inteligente e meio bonitinho, é tudo o que preciso para minha família não me casar com algum herdeiro, que vai me trair todos os dias.

- Casar com um herdeiro? - Confuso.

- Eu te conto tudo em outra hora, agora não posso, vai aceitar ou não?

Patrick apertou a minha mão.

- Eu sinto que isso vai dar errado.

- Que bom, eu também, meus pais vão enlouquecer.

Famílias ricas que possuem um patrimônios bilionários, como a minha, querem que seus filhos casem que pessoas do mesmo jeito, herdeiros, meus pais não casaram meu irmão, eu sei que essa viagem a Milão foi para conhecer algum herdeiro de vinícola, eu jamais casaria por dinheiro, então, ter o Patrick por perto iria atrasar meus pais, sem contar que, o Ramon ia sofrer um pouco.

- Agora você pode voltar ao seu treino de basquete, eu vou para a aula, namorado. - Rindo com deboche.

- Claro Babylove.

Revirei meus olhos e caminhei até a sala, meus pais são uma parte do problema, não quero pensar nisso, só penso no Ramon me deixando a sós com o Costelo e correndo pelas as escadas, não me orgulho, mas há um parte em mim, a maior parte, quer se vingar do Ramon. E eu vou fazer isso, homens manipulam mulheres há séculos para fazer o que eles querem, só tem um adendo, aqui, eu que faço isso.

Enquanto eu caminhava até a sala, dou de cara com a Hughes distribuindo panfletos.

- Por onde você estava, B?

- Eu estava com o Patrick. - Falei sem jeito.

- Eu juro que fico meio sem entender o namoro de vocês, mas estou com você. Eu quase me esqueci, preciso de sua ajuda, para que distribua esses panfletos, quero propôr um debate se as turmas preferem a formatura ou viagem.

Eu não me importo com isso de formatura ou viagem, mas vou me esforçar para distribuir esses panfletos, eu sei como é importante para a Donna.

- Claro Donna, eu irei distribuir. - Pegando das mãos da Donna.

Ela estava estranha, como se estivesse chateada, algo estava incomodando.

- Está tudo bem, Donna? Alguém fez algo com você?

- N-não é n-nada...

Fechei meus olhos por um momento e passei todo o meu dia para ver se tinha falhado em algo e me toquei o que era.

- Oliver não te ligou... Donna, sinto muito, meu irmão é um idiota!

- Esquece, você me avisou como ele era. - Respirando fundo.

Ela me deu as costas e começou a andar e entregar os panfleto. Eu vou matar ele.

Cheguei em casa fui direto para o quarto do meu irmão, o desgraçado estava dormindo com todas as cortinas fechadas. Eu abri todas furiosa.

- O que está fazendo? Eu passei a noite fora. Me deixa dormir.

- Liga. Agora. Para. A. Donna.

Ele estava sem entender nada.

- LIGA. - Jogando o celular na cama.

- Eu ia chamar ela para sair.

- Você não ia, você vai. Não vai tratar a minha melhor amiga como se fosse nada. Eu disse para não se envolver com ela, Oliver. Que merda.

Sai do quarto furiosa e fui para o meu.

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