✨Cap 10

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Dylan Clement

  Finalmente é noite na cidade de Malmo e no topo de um prédio eu me encontrava nesse exato momento deitado no chão, esperando meu alvo sair da minha boate Kiss me. Eu estava com um rifle de precisão feito por ninguém mais nada menos que Conrad. Essa coisinha aqui é capaz de explodir miolos em metros por segundos e é isso que me deixa feliz.

Robert Vincent, 56 anos, braço direito de uma organização criminosa, passagem pela polícia, três filhos e uma esposa. Um verdadeiro significado de viciados em drogas, bebidas, jogos de azar e é claro... Mulher fácil. Era ele quem eu procurava.

Já estou cansado do joguinho de Robert de sempre dizer "Não se preocupe, Dylan. No final de semana eu pago tudo o que lhe devo." A verdade é que ele me deve uma puta grana e eu com o meu belo senso de paciência, esperei por seu pagando. O problema é que, o final de semana nunca chega para ele e eu vou lhe fazer um favor de que não precise mais esperar.

Vejo o verme do Robert Vincent saindo de minha boate, acompanhado com duas mulheres que certamente trabalham para mim. Carrego o meu rifle, mirando em sua testa. Sorriu de canto — Adeus Sr. Vicent — Assim que falo, puxo o gatilho acertando bem no meio de sua testa. As mulheres não se assustam, já estavam cientes do que se tratava, as duas apenas voltam para dentro da boate.

Pego o meu rifle o desmontado e o colocando dentro da mochila especializado para ele. Estalo o pescoço e suspiro fundo.

Menos um verme nesse mundinho rodeado de vermes igual ele.

Olho para baixo vendo as viaturas da polícia chegaram.

Não me assusto, apenas dou um sorriso de canto avistando a cena. Aliás, por que eu me assustaria? A máfia está em todos os lugares e certamente somos grandes aliados das polícias, os políticos e porra toda. Nenhum deles seriam capazes de se meter no meu mundo da máfia. A regra é clara: Cada um em seu correto mundo. As máfias não se misturam com o mundo comum e nem o mundo comum se mistura com a mafia. Esse é nosso dilema.

Os policiais saem das viaturas, chegam perto do corpo caído, se agacham sobre ele e se entre olham já sabendo o que tinha acontecido ali.

Bocejo cansado e decido ir para casa. Nunca clamei tanto por minha cama, como eu clamo agora. Ligo o carro, passo a marcha e vou em direção para casa.

Passo pela biblioteca da casa e vejo uma cena, uma cena tanto quanto... Curiosa.

Me aproximo da brecha da porta, escutando as risadas de Eliza e de Yuri. O que me deixou curioso, a essa hora minha filha deveria estar dormindo.

— Eu gostei, titio Yuri! — Eliza exclamou animada e Yuri sorriu.

— Fico feliz que tenha gostado da historinha. Já está pronta para ir dormi? — Yuri a pegou nos braços.

— Simm! Titio, Yuri. — Bocejou — Estou com muito soninho — Deitou sua cabeça no ombro de Yuri que sorriu.

— Eu amo você, titio Yuri. Casa com o meu papai, aí eu vou ter sempre você perto de mim. — A pequena Eliza ditou e eu arregalei os olhos, perplexo com o que ela disse, antes que ela falasse mais alguma coisa pigarrei e entrei na biblioteca.

— Dylan? — Yuri se espantou.

— Não era para ter mantido ela acordada até essa hora da noite. Ela estuda pela manhã, caso não saiba, e.. — Eu ditava rude, e Yuri olhava bravamente para mim e resolveu me interromper.

— Eu sei muito bem que ela precisa acordar cedo para ir para escola no dia seguinte! E eu não a manti acordada até essa hora, você que a manteve. — Apontou o dedo para mim e eu franzi o cenho.

— Esta mesmo colocando a culpa em mim? — Questionei e ele suspirou fundo, olhando para Eliza e assim igual a mim, notando que ela tinha adormecido e suspirou fundo.

— Eu não estava conseguindo dormi, então resolvi tomar um copo de leite morno, eu não queria acordar nenhuma criada para isso... — Ditava baixinho, provavelmente para não acordar a Eliza.
— Então decidir descer para que eu mesmo fizesse. Assim que, descia a escadaria eu vi Eliza olhando para porta de entrada da sala. Ela estava arrumada, com vestido rodado roxo. Estava parecendo uma boneca, ela é uma linda boneca — Se explicava e eu lembro de quando Eliza me pediu para ir ao parquinho com ela e eu pedi para que ela me esperasse, e quando eu chegasse eu iria levá-la para o parquinho.

Merda! Como pude esquecer da minha própria filha?!

— Perguntei o quê que estava fazendo acordada e ela disse que estava esperando você chegar para ir para o parquinho. Falei com jeito que talvez você tinha se atrasado e como já estava tarde da noite, provavelmente você teria que remarcar para outro dia. Levei ela para tomar um banho morno, ela trocou de roupa, bebemos leite morno e depois ela queria escutar historinha e foi quando chegamos até aqui. — Falou com um longo suspiro cansado.

— Certo... — Balbucio. Pego Eliza dos braços de Yuri e a lavo para o seu quarto, com Yuri logo atrás. Beijo a testa da minha filha, lhe desejando boa noite baixinho para que ela não acordasse. Yuri chega perto lhe dando um beijo na cabeça e sorri docemente para a pequena Eliza. Saímos do quarto e paramos no corredor.

— Eu vou para o meu quarto, boa noite! — Yuri ditou e virou as costas. Antes que ele se retirasse eu puxei o seu braço, fazendo com que ele virasse para minha frente. Ele olhou desconfiado.

— Olha eu não tô afim de brigar, desculpe se você acha que o que eu fiz errado eu só... — Disparou em explicações e eu neguei com a cabeça.

— Obrigado, Yuri. — Disse sincero, por ele ter ficado com a minha filha mesmo sabendo que o responsável dela sou eu. Yuri franziu o cenho e depois pareceu entender.

A minha relação com Yuri é muito conturbada e nunca tivéssemos uma conversa sem nos xingar. Tem alguma coisa nele que prende a minha atenção e isso me irrita.

— Eu gosto dela...

— Ela gosta de você. — Falei e ele sorriu.

— Boa noite, barbizinha! — Provocou e eu dei um passo em sua direção. Olhei fundo dentro dos olhos e o seu corpo estremeceu.

É isso! Ele é irritante.

— Me chame de barbizinha mais uma vez e eu...

— Você o que, Barbizinha? — Cruzou os braços, deu um passo para frente e nós ficamos pertos... Muito perto. Senti sua respiração chocar contra a minha e o seu cheiro embriagante. Meu coração acelerou e junto a respiração.

O que está acontecendo?

Nossos rostos a centímetros separados. Meus olhos se alternavam entre seus olhos e sua boca avermelhada entre aberta, seu nariz tocou o meu e senti uma eletricidade percorrendo o meu corpo e me perguntava...

Ele também está sentindo o que eu estou sentindo?

Nossos lábios pouco a pouco se aproximava.

Não! Isso não vai acontecer!

Me desperto dos meus pensamentos sujos e me afasto nervoso. Ele me olhou em confusão, também estava com a respiração descontrolada e pareceu perceber só nesse momento o que estava prestes a acontecer. Me olhou nervoso e saiu andando rápido para o seu quarto.

E eu fiquei parado um bom tempo ali pensando no que poderia ter acontecido.

Destino Implacável - Seu Amor É A Cura Para A Minha DorOnde histórias criam vida. Descubra agora