Henne Durand
Abri meus olhos, mas logo fechei por causa da claridade presente no local.
Estou no céu?! Eu finalmente morri?! O céus! Isso é maravilhoso.
Abri novamente, mas dessa vez lentamente, até me acostumar com a claridade.
— O céus! Graças a Deus, o senhor acordou... Vou contar para o meu menino. Oh! Desculpe, como está se sentindo? — Uma mulher baixa de meia idade quebrou meus encantos. Suspirei fundo, não falando nada e olhando em volta percebendo só agora que eu não estava na casa do meu pai. Estava em um quarto grande, as paredes eram em tons cinzas, havia uma janela ao lado da cama em um vidro fume, a decoração era rústica, muito bonito o quarto. A cama em que estava acomodado era tão grande e macia, parecia que eu estava deitado sobe as nuvens. Olhei para a mulher ao meu lado, procurando respostas. Ela pareceu enteder após olhar em volta e seu olhar parar em mim novamente.
— Você está no quarto do menino Charlie. — Falou, o que me fez estreitar os olhos. Deixou as roupas que segurava a cima da cama em que eu estava.
— Não o conhece? — Perguntou e mais uma vez o silêncio foi contra ela.
— Ele é o capo sueco. Foi ele que te tirou de lá. — Respondeu e com uma resposta bônus. Minha barriga roncou o que me fez abaixar a cabeça envergonhado. Ela sorriu doce — Veja só, você acordou bem na hora do café da manhã. Hm... Você quer descer ou quer que eu traga algo para você? __ Falou calma, dando toda sua atenção a mim.
Eu não sei o que essa gente quer de mim, por que me tiraram de lá? Minha cabeça estava confusa. Eu não posso confiar, não posso confiar neles. Talvez.. eles só me querem para me usar, como o meu pai usa.
Pai. Essa palavra me faz lembrar a cada maldade que ele faz comigo. Me mexo na cama, tentando me sentar mas logo paro o movimento pois senti uma dor absurda nas minhas costelas. Isso já é normal para mim, acordar com dores no corpo inteiro. Minha cabeça doía ao estremo.
— Cuidado querido. — Se aproximou preocupada
— Um.. você não fala, querido? — Perguntou com pesar nas palavras. Talvez ela estivesse tentando ser legal.. Não! Ninguém é legal nesse mundo de estúpidos. mas uma vez a resposta não veio. Ela sorriu.— Eu não vou machucar você, ninguém aqui vai, tudo bem? — Disse e mais uma vez a única resposta direcionada a ela foi apenas um suspiro cansado, um suspiro de nada me importa mais. Por mais legal que ela estivesse sendo eu não iria falar, não irei falar com ninguém. Tenho medo de que eu fale alguma coisa de errado e eles me batam.
Era o que o meu pai fazia quando eu falava idiotices. Então eu resolvi não falar mais. Mas talvez o real motivo desse meu voto de silêncio foi a morte dele. Leonard. Desde daquele dia, desde daquele maldito dia eu não consigo mais falar, não consigo mais falar com as pessoas. Leo. Meu grande amor.
"Se sinta culpado por isso"
"A culpa é sua. Somente sua, Henne.."
Sinto minhas bochechas queimarem, meus olhos encherem de lágrimas e meu peito subir e descer em uma velocidade já bem conhecida por mim.
— Desculpe. Eu não queria lhe deixar assustado
— Se aproximou de mim, levando sua mão até minhas costas e a outra ao meio do meu peito. Eu ia recuar mas ela não parecia que ia me machucar.
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Destino Implacável - Seu Amor É A Cura Para A Minha Dor
Ficción GeneralPerigo e muitos inimigos, é isso que você irá enfrentar se quiser ficar comigo... você está pronto para enfrentar e até se sacrificar por mim?