A rotina de uma pessoa desempregada com uma pessoa que trabalhava poderia ser meio confusa.
Principalmente se a pessoa desempregada em questão não soubesse fazer muita coisa e parecia um perigo ambulante tentando ser útil.
E Julio reconhecia isso, de verdade. Ficava preocupado quando via a mensagem de Tulio falando que havia feito algo de muito errado, mas sabia que ele estava se esforçando pra aprender e até que estava se saindo bem.
Ainda não sabia fazer muito, mas não morreria de fome enquanto estivesse só.
A unidade do supermercado Guanabara, onde trabalhava, não ficava assim tão longe de onde os rapazes moravam, mas o trânsito fazia com que Julio saísse mais cedo de casa, tendo menos horas de sono.
E outro fator que poderia ser preocupante era que Julio achava que estava viciado em Tulio.
Como Juliana havia levado a cama que estava no apartamento, a cama de solteiro de Julio era compartilhada com Tulio.
Se apertavam da mesma maneira que fizeram quando Tulio dormiu a primeira vez na casa de Jussara.
E dormir abraçado com Tulio era um sonho.
Ele parecia um coala fofinho e seu cheirinho era muito bom de sentir, deixava Julio inebriado. E aquilo era um grande perigo.
Ao acordar, tudo o que Julio desejava era ficar mais um pouquinho na cama, agarrado com Tulio e sentindo o cheiro de amor que o ruivinho exalava.
Estava repondo mercadoria em uma prateleira quando uma senhora se aproximou para pedir informação, o tirando da sua bolha particular onde só conseguia pensar em Tulio.
Depois de indicar onde ficavam os cereais, olhou no relógio e viu que já estava na hota do almoço, o que também significava que era hora de falar com Tulinho.
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