capítulo 13

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Gustavo ON

Sem conseguir olhar para Maria Clara pesso para que ela vá para casa e assim que ela chega no portão da casa eu ligo o carro e vou embora dali enquanto choro me sentindo mal pelo o que aconteceu agora a pouco. Maria Clara é uma garota linda e inteligente, ela é meiga e carinhosa, merece ser feliz ao lado de um bom homem, por isso o que aconteceu entre nós jamais deveria ter acontecido, eu sou um padre, não posso nem sequer pensar nessas coisas quem dirá fazer, o que houve foi um grande pecado cometido por mim.

Não estou culpando ela, pois o único culpado nessa história sou eu, Maria Clara é uma menina carente de atenção devido a negligência dos pais, o que ela fez foi por impulso e por isso não a julgo. Eu por ser mais velho e um homem de Deus deveria ter impedido que esse erro fosse cometido, mais ao invés disso eu me entreguei ao pecado e agora terei que sofrer as consequências do meu ato, terei que inplorar pelo perdão de Deus e cuidar para que isso nunca mais volte a se repetir.

Assim que chego em casa estaciono o carro de qualquer jeito na garagem, em seguida corro para meu quarto e caio de joelhos diante a bíblia, então começo a rezar pedindo para que Deus perdoe esse meu pecado. Enquanto rezo choro como um recém nascido e em troca do perdão me submeto a ficar de jejum até que Deus julgue necessário.

[...]

Depois do meu pecado não parei de rezar por nada, estou a cerca de uma semana dias rezando sem parar e como o prometido também não estou comendo nada, apenas bebendo água uma ou duas vezes por dia...Saio dos meus pensando escutando a campainha tocando várias vezes repetidas, até penso em não ir ver quem está na porta e continuar com minha oração para quem sabe assim Deus possa me perdoar pelo meu pecado, mais a pessoa do outro lado da porta é insistente e continua apertando a campainha, então com muito sacrifício e dor nas minhas pernas me levanto do chão onde me encontro a dias.

Assim que me levanto me sinto tonto por conta da fome mais me seguro na parede e assim que consigo caminhar sigo até a porta, então abro a mesma dando de cara com Fabrício meu melhor e único amigo que está sorrindo, mais assim que me vê fica sério e já vai logo me empurrando para entrar, e como não estou me aguentando em pé quase caio no chão mais ele é mais rápido e me segura.

Fabrício: carvalho qual foi o caminhão que passou em cima de você? - pergunta me arrastando até o sofá da sala - sério, o que aconteceu cara? Porque está assim? - pergunta me olhando preocupado assim que me sento no sofá

Gustavo: e...estou em jejum e em oração - falo me sentindo fraco

Fabrício: e isso tem quantos dias? - pergunta sério

Gustavo: acho que uma semana - falo sem olhar para ele

Fabrício: porra Gustavo, você enlouqueceu? - pergunta sério - ficar de jejum um ou dois dias até que vai, mais uma semana, está querendo se matar de fome é?

Gustavo: e...eu pequei Fabrício, preciso de perdão - falo já em lágrimas

Fabrício: o que foi que você fez para se castigar desse jeito amigo? - pergunta se sentando ao meu lado

Gustavo: eu tenho até vergonha de dizer - falo cobrindo meu rosto com minhas mãos

Fabrício: cara sou eu que estou aqui, o seu melhor amigo da vida inteira, nós somos irmãos de mãe diferente lembra? Você pode contar qualquer coisa que eu jamais irei te julgar - fala me olhando

Fico em silêncio por alguns minutos tentando criar coragem para contar a ele o meu pecado e quando ele já estava prestes a desistir de me ouvir, eu começo a contar para ele tudo desde o início quando vi Maria Clara pela primeira vez. Após eu terminar de falar me sinto um pouco melhor, pois sei que Fabrício não vai me recriminar, somos amigos desde a infância, depois que meus país morreram Fabrício foi como uma muralha que me apoiou e não me deixou cair em nenhum momento, por isso paguei a faculdade de administração dele e o coloquei como ceo da empresa que herdei dos meus pais, eh confio nele mais do que em mim mesmo e sei que ele jamais deixaria de me apoiar ou me mentiria para mim, por isso descidi desabafar para ele e contar tudo o que se passar dentro de mim.

Fabrício: você está apaixonado - fala após alguns minutos me olhando de queixo caído

Gustavo: e...eu sou um padre Fabrício, não posso sentir essas emoções - falo perplexo pois isso é loucura, não é?

Fabrício: sim, você é um padre, mais também um ser humano e um homem como qualquer outro - fala sério - você está apaixonado amigo

Gustavo: não, isso não possível - falo negando com a cabeça - e...eu só estou confuso

Fabrício: tudo bem, se engane o quanto quiser que o dia que você perceber a realidade e já for tarde de mais eu ainda estarei aqui para te manter em pé - fala se levantando - vem agora se levanta e vai tomar um banho que você está fodendo - fala sério e eu meio que me cheiro para ver se é verdade em seguida faço careta, mais também o que eu queria se estou com a mesma roupa desde aquele dia - e enquanto você toma banho eu vou arrumar alguma coisa para você comer - completa me fazendo olhar para ele

Gustavo: eu não posso, preciso voltar para minha oração - falo e ele me olha feio - preciso ser perdoado, cometi um pecado grave Fabrício

Fabrício: depois você volta a rezar o quanto quiser, agora você vai tomar banho e comer alguma coisa - fala me arrastando até o banheiro como se eu fosse uma criança - vai logo Gustavo, se você morrer Deus não vai poder pensar em uma castigo descente para você - fala me enfiando dentro do banheiro em seguida fecha a porta - e fica na água morna que você está com febre

Sem ter o que fazer, faço o que Fabrício mandou e assim que eu saio do banheiro minutos depois visto uma roupa leve, e quando estava prestes a voltar para a sala vejo meu amigo entrando no local com um médico, então olho feio para ele que finge nem ver, em seguida o médico me manda deitar na cama e assim que faço isso o mesmo começa a me examinar.

Como passei dias sem me alimentar o médico coloca soro para tomar na veia, em seguida manda Fabrício providenciar uma sopa de legumes e carne para mim. Quando o soro acaba o doutor me passa um remédio para febre e algumas vitaminas, depois vai embora e logo em seguida Fabrício vem até mim com uma sacola de restaurante e da mesma tira um pote de sopa, então faço até uma careta pois apesar de não ter comido nada nos últimos dias, eu não sinto fome.

Fabrício: nem adianta me olhar com essa cara não - fala sério - você vai comer tudo e se reclamar chamo suas tias aqui - fala sério

Gustavo: me dá logo essa sopa - falo de má vontade e ele sorri vitorioso

Como toda a sopa que Fabrício me entregou em seguida ele leva o pote vazio até a cozinha e diz que irá sair parar comprar os remédios que o médico passou, então apenas concordo e me ajeito na cama e a primeira coisa que me vem na mente assim que fecho meus olhos é Maria Clara, mais logo trato de tentar expulsar esse pensamento e fico olhando para o teto até que o sono vence e adormeço rezando para não sonhar com ela, pois sempre que fecho meus olhos é ela que vejo.


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