Capítulo 2

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Na manhã seguinte ela acordou cedo pois tinha aula. Prendeu o cabelo negro num coque. Vestiu uma roupa básica e foi à cozinha. Apercebeu-se que ela foi a primeira a levantar então decidiu fazer o pequeno almoço. Ao ver a dispensa viu pão. Então decidiu fazer uma torrada com marmelada e um café. 

  - Já estás acordada filha? - disse Rosa para a filha.


  - Sim. Estou a fazer torradas. Também queres, mãe?


  - Claro. Faz também para o Anton.


A sua mãe tirou dois ovos e cozeu-os. O seu padrasto sempre comia ovos pela manhã, seja cozido ou em omelete.

Logo a seguir apareceu o Anton vestido com o seu fato. Ele era advogado. E era bom no seu trabalho.

  - Vejo que decidiste ser útil hoje, Eva. 


  - Não te habituas. - retrucou Eva 


Sentaram todos na mesa e comeram em silêncio. 

Ao terminar de comer, Eva pegou na sua mochila, despediu-se dos pais e saiu. Quando estava na porta ouviu a voz do seu padrasto.

  - Vê-lá se hoje chegas cedo a casa. Não te quero por aí a andar como uma menina sem teto.


Estranhamente Eva sorriu. Aquela era a forma estranha do seu padrasto demonstrar afecto. Mesmo que às vezes ela o achasse chato e implicante. 

  - Não te preocupes, vou fazer o possível para chegar antes do jantar. 

E assim, saiu porta fora. 

Tocou a campainha da porta ao lado. E foi atendida pela mãe do Martim.

  - Olá dona Glória. O Martim está?


  - Oi Eva, sim o Martim está a tomar o pequeno almoço. Queres entrar? 


  - Claro. Eu espero enquanto ele termina.


  - Martim a Eva está aqui. - gritou a mãe do rapaz. E logo virou-se para a Eva com a voz doce e perguntou - Queres comer qualquer coisa? Tenho cereais.


  - Não obrigada. Acabei de comer.


Ela seguiu a mãe do Martim até a cozinha, onde viu o rapaz a meter a última colherada de cereais com leite na boca.

  - Bom dia Martim.


  - Eva! Bom dia. - o rapaz sorriu enquanto mastigava - caíste da cama hoje.


  - Que engraçadinho! - retrucou a garota com um meio sorriso nos lábios. - despacha-te lá.


  - Querem boleia até a escola? - perguntou a mãe do rapaz 


  - Não é necessário mãe, já temos a boleia de Gatlyn.


Saíram e foram andando ao chegar na casa de Gatlyn tocaram a campainha. Logo a seguir ouviram uma voz feminina.

  - Quem é? - era a voz da Maria a empregada da família de Gatlyn.


  - Eva e Martim. - respondeu Eva - Gatlyn está? 


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