Sampo ouviu atentamente sobre as informações da missão do oficial. Ele não se sentia confortável com a ideia de entrar em Graver Tower para investigar e "trair" o chefe do território; era um lugar legal de passar o tempo e sentia que perderia isso se a investigação fosse para frente.— É fácil colocar vocês lá dentro — anunciando, dando de ombros. — Vocês precisarão de um ingresso cada e sei quem pode fornecer, mas meu envolvimento para por aí. Eu estaria me arriscando demais me metendo com aqueles caras.
Ele conseguia se lembrar das boas negociações que fizera no passado. Era uma grana relativamente fácil.
— Você é o único de nós que já frequentou aquele lugar, não pode nos dar mais informações?
— Estou recebendo algo por isso? — retrucou.
Era de se esperar. Seele sabia que eles não eram exatamente amigos, mas torcia que tivessem alguma intimidade o suficiente para pedir algum favor sem que houvesse um pagamento formal.
— O que você quer como pagamento? — questionou Gepard, calmamente. Afinal, precisavam avançar na missão.
— Oh, Geppie, posso pedir qualquer coisa?
— Não seja atrevido — respondeu. — Me diga seu preço e podemos considerar.
— Tão difícil — murmurou Sampo, mas não desistiu. Logo um sorriso esperto brotou em seus lábios. — Que tal um beijo?
— Não acredito que seja tão ridículo — interveio Seele. — Fale seu preço real logo!
— Mas é este — retrucou, levantando os braços em rendição. — Mas um beijo na boca — cantarolou enquanto encarava o Capitão. — Sei como pode ser inocente, Geppie, então vou deixar bem claro para você: na boca.
Gepard começava a se arrepender de ter levado aquela ideia adiante. Talvez ele não fosse capaz de seguir com a missão. Não, ele não podia pensar assim, mas era difícil achar uma saída quando não tinha qualquer acesso a Graver Tower, seu destino.
Por outro lado, Seele continuava brigando com o encrenqueiro Koski que nem mesmo parecia se importar. Ela sabia da importância da missão e a atitude leviana do outro era estressante.
— Está bem — anunciou Gepard, surpreendendo os outros dois. — Mas com a condição de que tenhamos sucesso.
Demorou alguns segundos para que Sampo e Seele entendesse que o loiro simplesmente aceitou dar um beijo (na boca) como pagamento. Sampo até mesmo se perguntou se ele havia entendido o que havia pedido, mas o rubor no rosto dele era inconfundível; Gepard sabia com o que estava concordando.
— Ora, então deixe comigo! — disse orgulhoso. — Por um acaso, tenho algumas informações de onde os documentos secretos ficam.
🪽
Para descobrirem as operações com Stellaron, o primeiro caminho era descobrir onde e, talvez, o por quê. Para isso era necessário invadir o escritório do "Mestre", como era chamado o dono de Renaissance, e descobrir onde estavam armazenados os diários; que nada mais eram que as informações de toda operação em Graver Tower.
Mesmo com todas as suas informações, Koski não poderia dizer onde estavam aqueles documentos, todavia, sabia onde e como entrar no escritório. Este que ficava acima do nível do Salão de Baile e tinha uma visão privilegiada das pessoas, como um camarote.
— A parede é espelhada e é onde o Mestre vigia todo o movimento do salão e até escolhe sua presa.
— Como assim? — questionou Gepard.
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Como um Anjo | CONCLUÍDO
Fanfic[Sampo x Gepard] Quando Sampo vê o Capitão da Guarda Silvermane pela primeira vez, não imagina que ficaria tão intrigado pelo próprio. Por que aquele homem lhe parecia um anjo?