Prólogo

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Olá, queridos.

Sejam bem-vindos a Duas Linhagens!

Muitos de vocês me conhecem por MTAF, minha au no Twitter/X. Essa fanfic é totalmente diferente do que vocês estão acostumados pela minha escrita, com um tema novo e personagens com personalidades diferentes. Mas espero entregar um enredo tão bom quanto o que já conhecem da minha autoria.

Eu estou muito animada (e um pouquinho nervosa) para apresentar essa fanfic, gosto muito desse universo fantasioso e sobrenatural. Sei que muitos não gostam, mas se estão aqui, deve ter algo que deixou vocês curiosos.

Dei alguns avisos no capítulo sobre os personagens, sempre tenham esses avisos em mente. Terei cuidado com o conteúdo postado e sinalizarei possíveis gatilhos se for o caso, mas se sentirem desconforto, sugiro que não leiam. Vamos ter outras fanfics com temáticas diferentes em breve.

Devo reforçar que, por mais que minhas inspirações sejam de séries, o foco dessa fanfic é MonSam. Então, mesmo que tenham ficado confusos com os personagens de fora do universo de gap the series, apenas tenham em mente que eles só fazem parte do círculo social das principais (vou dar outras explicações no próximo capítulo).

Esse é um capítulo curto e introdutório, vamos conhecer um pouco das semelhanças e diferenças entre essas duas raças de vampiros.

Ignorem os possíveis erros que encontrarem, a revisão foi rápida.

Sem mais, aproveitem!

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Há milênios criaturas sobrenaturais vivem entre humanos, se misturando entre os mortais para seguir com suas existências. Entre essas criaturas diversas, existem os famosos vampiros, seres imortais que se alimentam de sangue humano. Em várias mitologias, vampiros são descritos como predadores sem alma ou coração, e sua criação nunca é revelada. Não se sabe quando o primeiro vampiro caminhou sobre a terra. Entre todos esses mitos, a verdade se entrelaça em caminhos distintos. Mas de onde eles vieram? Como surgiram? Qual foi o primeiro vampiro a caminhar entre mortais e como ele foi criado?

Para a bruxa original, o primeiro vampiro surgiu quando ela desequilibrou a natureza para salvar a vida de seus filhos, usando magia negra para lhes dar força e os tornar imunes a qualquer malefício. As consequências foram inéditas, nunca vistas antes por qualquer pessoa. Seus filhos se tornaram criaturas com sede de sangue, sensíveis à luz do sol a ponto de queimar a pele, com uma força sobre-humana e velocidade que nenhum animal seria capaz de alcançar. Buscando resolver algumas dessas consequências, a bruxa os tornou capazes de andar na luz do dia e eles queimaram a árvore de carvalho que seria a única maneira de mata-los. Mais tarde, eles ficaram conhecidos como a família original de vampiros, dos quais todos os outros vampiros foram criados, embora mais inferiores em força e mais suscetíveis a morte por madeira.

O que a bruxa original não sabia, é que essa raça já existia a mais tempo que ela própria. Lilith, que já se ouvia falar antes mesmo de Cristo ser mencionado, era a mulher que muitos acreditavam ter como objetivo ser a primeira esposa de Adão, dos tempos do jardim do Éden, uma criatura que também se alimentava de sangue. Um demônio perverso que foi excluído das crenças religiosas. Em muitas culturas, essa mulher era vista como a personificação do mal, e acreditavam que ela foi a primeira discípula de Lúcifer, o arcanjo caído e conhecido como o próprio Diabo. Talvez diferente demais para ser considerada vampira pela crença dos bruxos, mas já existente antes de qualquer magia natural. A primeira linhagem de vampiros descende dessa mulher, poderosa demais para não ser lembrada.

O fato é que duas linhagens de seres denominados como vampiros caminham pela Terra. E eles não se misturam por razões desconhecidas, sequer tendo noção de suas semelhanças. Enquanto os criados pela magia permaneceram em segredo por vários séculos, sendo conhecidos por poucos humanos que muitas vezes buscaram os caçar, os descendentes de Lilith buscaram ser vistos no século vinte e um. Por um tempo, esses vampiros ficaram conhecidos por saírem dos caixões, buscando viver em sociedade. Uma bebida sintética a base de sangue foi criada para que eles pudessem se adaptar à realidade e as leis humanas. Prática que deu errado logo de cara, causando pânico e preconceito entre a raça mortal. Entre guerras declaradas e ódio, essa convivência deixou de ser almejada pelos vampiros, e com o passar dos séculos eles voltaram a ser um mito para boa parte da humanidade, deixando sua existência se tornar um segredo novamente.

Vivendo mais perto do que imaginam, esses vampiros diferentes, mas o mesmo tempo iguais, desconhecem a existência uns dos outros. Não imaginam que suas fraquezas são semelhantes, ou que sua força pode ser parecida. Vampiros criados da magia são frágeis a luz do sol, mas se conhecerem uma bruxa, um pequeno feitiço lançado em um acessório como anel ou colar permite que eles não se queimem. Já os criados pela linhagem de Lilith sequer acreditam em magia, repudiando necromantes (as únicas bruxas em seu conhecimento), e não veem a luz do sol desde o dia de sua transformação. Ambos podem ser mortos por uma estaca de madeira, ambos vivem de sangue humano. As semelhanças são muitas, mas as diferenças também.

Vampiros criados da magia levam uma vida comum, seus corpos funcionam normalmente desde que mantenham uma dieta saudável de sangue. Vampiros descendentes de Lilith não consomem nada além de sangue humano, e seus corpos são apenas pele e sangue. A palidez é comum entre as raças, pois são criaturas ressuscitadas dos mortos. Sua natureza é predadora, seus valores podem se assemelhar com os dos humanos, mas eles estão longe de se lembrar do que é ser um ser humano em qualquer coisa. Vampiros criados pela magia podem desligar suas emoções quando quiserem, enquanto os descentes da criatura poderosa pouco mencionada não têm escolha a não ser se apegar ao pouco do que se lembram do que é ter emoções.

Iguais na mesma medida em que são diferentes, essas criaturas passaram séculos sem saber da existência uns dos outros, mas agora, no ano de 2630 d.C., eles estão prestes a se esbarrar. Uma criatura sem identidade vem assombrando o Reino Noturno, governado pela impiedosa rainha soberana Samanun Anuntrakul por quase seis séculos. Os rumores já se espalharam pelo mundo inteiro, notícias de moradores sendo brutalmente assassinados por algo sem explicação a luz do dia. Sabendo que é impossível ter relação com seus súditos, a rainha não sabe por onde começar a investigar. O que ela não imagina é que, a mulher com quem esbarrou acidentalmente em uma noite qualquer, é uma hibrida de lobisomem e vampiro (da raça até então desconhecida por ela), que foi enviada ao reino para investigar os assassinatos a mando de sua criadora.

Caminhando em direções opostas, duas mulheres com um interesse em comum buscam pistas sobre o que vem atacando moradores. Perguntando estrategicamente a quem parece mais suscetível a subornos, a híbrida não tem outra escolha a não ser comprar as informações dos habitantes pouco solícitos, enquanto a rainha as recebe sem precisar pedir por elas. Distantes demais para se notarem, perto demais para a rainha reconhecer o cheiro característico de um inimigo natural se aproximando.

É quando os ombros se chocam em um impacto violento e inesperado, causando irritação ao lado menos racional da hibrida que não controla a mudança de cor dos seus olhos. A rainha busca furiosamente o causador dessa insolência, não acreditando que alguém teve a ousadia de não olhar por onde andava, encontrando uma figura que nunca tinha visto antes lhe encarando de ombros erguidos e sem um pingo de medo. Um único segundo bastou, aqueles milésimos lhes atingiram em câmera lenta e as duas se entreolharam com igual superioridade, algo jamais direcionado a rainha antes.

Sem dar a menor importância ou, ao menos, um pedido de desculpas, a hibrida seguiu seu caminho e não se importou com os olhos chocados de todos ao seu redor. Estranhou as frases sussurradas e ignorou quando uma se sobressaiu. "Ela tocou a rainha!", mas em que século estavam para sequer existir reinos? Se afastou sem olhar para trás, sentindo o peso em suas costas, sabendo que estava sendo encarada. A rainha nada disse, considerou o momento um delírio de sua cabeça e seguiu com sua busca, memorizando o cheiro característico que impregnou em seu olfato.

Odor de lobo, misturado a um perfume amadeirado e, surpreendentemente, o toque suave de raios solares.

Ela jamais esqueceria.

Mas o que pode acontecer quando os olhos estranhamente dourados se encontram com os âmbar escurecidos em meio ao caos de duas linhagens desconhecidas?

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E corta!

Comentem, perguntem, ou apenas falem. Me deixem saber o que acharam.

O primeiro capítulo vem domingo, vamos conhecer nossas vampirinhas.

Não deixem de votar e comentar. Uma autora feliz é uma autora trabalhando.

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