09 | Cry Baby

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Walker Scobell

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Walker Scobell

Ser ignorado é completamente péssimo. Mas, quando você está tentano resolver mua situação e é ignorado é pior ainda

A Theresa não só me ignorou como também colocou um "se fode" nas notas do Instagram Não querendo ser narcisista ou egocêntrico de pensar que foi pra mim, mas se não for é uma enorme coincidentemente.

Eu decidi que seria melhor não contar isso para o Aryan e a Momona se não eu talvez entrasse para a lista de mortes precoces e eles perderiam o réu primário.

Sobre a Mia eu decidi que iria odiar ela, porque é assim que eu lido com os meus problemas. Se eunão consigo uma coisa, passo a odiá-la.

Seria um pouco difícil considerando que ela fica extremamnte perto de mim por duas horas seguidas, que eu tô em pelo mais quatro salas que ela está e também levando em conta aqueles olhos que brilham mais que todas as estrelas do céu juntas.

Talvez eu tenha achado o Instagram da mãe dela e visto todas as fotos que ela aparece. Talvez.

Eu sempre fui meio iludido por pessoas que eu conheço a pouquíssimo tempo, mas todo mundo é assim as vezes. Bom, eu sou desse jeito todas as vezes

Quando minha mãe me acorda pela manhã eu sinto como se um trator tivesse passado por cima de mim durante a madrugada. Hoje eu teria que ficar duas horas completas ao lado da garota que estou determinado a odiar de agora em diante.

Literalmente ao lado, afinal a professora decidiu nossas duplas seriam fixas até o final do ano. Ou pelo menos até ela surtar e fazer um mapa de sala ela mesma.

Mesmo já estando acordado, só levantei quando a miha irmã entrou no meu quarto parecendo o raiva de divertidamente e me puxou para fora da cama pelo pé – tipo, pelo pé mesmo.

Me arrumei o melhor possível em cinco, pois Leena insistiu que estávamos atrasados, mas depois eu descobri que o atraso era para buscar as amigas delas.

Quando a quarta menina entrou no carro eu fui exilado para o porta-malas, que por sinal estava cheio de sacolas de maquiagem e roupas. Pelo menos o caminho até a escola não levou mais que 20 minutos, se não eu acho que podeira ficar louco ouvindo as conversas e risadinhas.

Eu cheguei na sala de aula faltando exatos quarenta segundos para dar o horário porque eu cai naescada e simplesmente meu material inteiro se espalhou.

Hoje definitivamente não ta sendo o meu dia.

Eu passei a aula de história inteira conversando com a Leah e, pra melhorar o que já tava uma merda, eu e ela fomos expulsos de sala por atrapalhar a aula.

E depois tive praticamente que me arrastar até a sala de química com medo de mais alguma coisa dar errado no caminho até lá.

Quando entrei notei que a Mia já estava sentada em uma bancada, então, naturalmente, me sentei ao lado dela. A garota me lnçou um olhar tão mortal que eu quase achei que fosse me partir em pequenos pedacinhos.

O ódio presente nos olhos dela não diminuiu nem um pouco por sequer um instante, eu tenho quase certeza absoluta que a Theresa definitivamente contou o lado dela da nossa briga.

E agora, ela deve me odiar por algo que eu não fiz.

E agora, ela deve me odiar por algo que eu não fiz

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Mia Welsh

Quando eu fico com sono, me torno uma pessoa completament diferente. Noite passada eu e as meninas decidimos virar a noite e eu acho que nunca me arrependi tanto de uma decisão na minha vida inteira.

Não importa o quanto de café eu tome, vou continuar igual uma morta-viva com sono e, pra piorar, fuzilando qualquer um com o olhar sem a intenção.

Quando a aula de química começou e Walker se sentou ao meu lado, olhei para ele com o meu olhar de sono - que pode ser interpretado como ódio por alguns - e ele me devolveu um olhar que misturava medo e tristeza? Estranho.

Apesar do que a Tess me contou ontem tenha me deixado com raiva, eu não odeio ele. Muito me chamariam de péssima amiga por isso, mas eu não tenho como sentir algo tão forte como o ódio contra o garoto.

Eu simplesmente não vou ser amiga dele ou algo do tipo nunca e sob nenhuma circunstância.

A aula seguiu normalmente e eu não troquei uma palavra sequer com Walker, isso até a professora passar um exercício para nós. Uma conta monstruosa que, aparentemente, eles aprenderam ano passado.

Eu falei pra ele que não fazia ideia de como resolvia aquilo e o garoto me explicou, mas mesmo assim não consegui.

Eu comecei a ficar nervosa por que a conta não saia do lugar e o tempo ia passando. Mas quando Walker terminou o exercício em quatro minutos, ai foi a gota d'água pro meu desespero.

A minha mão começou a tremer e o lápis denunciou isso completamente. Meus olhos pesaram e quando eu percebi, já estava chorando como a grande chorona que sou.

Choro de nervosismo com certeza é um dos piores tipos, mas definitivamente perde para o choro de raiva. Eu experiencio todos com uma frequência maior que eu gostaria.

Sinto uma mão quente e um pouco grande no meu ombro, como se fosse uma voz longe, ouço Walker:

— Mia, você ta bem? O que aconteceu? — Ele me pergunta com preocupação clara na voz.

Eu tento formular uma frase coerente, mas tudo o que sai é resmungos sem sentido algum.

Ele levanta a mão chamando a professora, que rapidamente vem até a nossa mesa em passos duros e ágeis.

— O que foi, Scobell? — Ela pergunta de forma áspera.

— A Mia não ta muito bem, eu posso acompanhar ela até um lugar mais silencioso para ela se acalmar?

Isso definitivamente me surpreendeu.

— Ta bom, mas tentem não demorar muito, fui clara?

O loiro concorda com um aceno de cabeça e me auxilia a levantar o banco e levando eu, que ainda estava tremendo e com lágrimas caindo, para fora da sala e daquela bagunça.

ELECTRIC TOUCH, Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora