92 Capitulo

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Ela me ajudou a levantar e eu fui me apoiando nela. Chegamos perto de uma enfermeira e a Carol disse:
-Minha senhora por favor, ela ta com dores.
-O que houve moça?
-Ela esta grávida.
-venha, por aqui. –disse guiando a Carol até uma sala.
Entramos em uma sala totalmente branca, e a Enfermeira me ajudou a deitar-me em uma maca.
-Bom querida, vou chamar um Médico para lhe examinar ok? –disse dando um sorriso.
-Ok. –disse tentando retribuir o sorriso.

A Carol estava do meu lado, e a dor estava aliviando mais mesmo assim ainda doía. A enfermeira logo voltou com um médico:
-O que aconteceu minha querida? –ele disse tirando o estetoscópio do pescoço.
-Eu estava na lanchonete e de repente comecei a sentir fortes pontadas na barriga.
-Ok, você está grávida de quantos meses?
-6 meses e 3 semanas. –Eu disse enquanto ele me examinava.
-Bom, é o seguinte, você não pode se estressar e tem que se alimentar bem, por que parece que você não come quase nada.
-é que eu não sinto fome doutor. –disse me levantando.
-Bom, neste caso vou te passar um xarope pra abrir o apetite.
-Você acha necessário?
-Sim, você disse que não sente fome.
-Então ta.
O médico escreveu o nome de um xarope em uma receita e me deu. Eu tentei ler mais aquela letra HORRÍVEL não deixava k. Eu e a Carol saímos, eu fui ao quarto da Gaby e a Carol foi atrás de informações sobre o Bruno. Abri a porta do quarto da Gaby e ela tava dormindo e ao seu lado, sentado em um sofá estava o Juliano cochilando todo torto, então resolvi acordá-lo:
-Querido, acorda. Você vai ficar morrendo de dores depois. –disse o cutucando.
-O..a...an? Ah Oi Dona Bruna, desculpa é que fiquei olhando a Gaby e acabei dormindo. –ele disse levantando e se espreguiçando.
-Tudo bem rapaz, mais acho bom você ir logo por que jájá o Polegar está saindo do hospital e se te ver aqui vai dar treta.
-Tudo bem Dona Bruna, já vou indo. –disse e me deu um beijo no rosto.
-Ok, mais, por favor, tire esse Dona, nem tou tão velha. –disse dando um sorriso.
-Bllz, do... an...Bruna, e a propósito você está ótima com todo respeito. –disse e saiu.
Sentei na poltrona e fiquei esperando a Gaby acordar, fiquei a olhando, olhando aquele rostinho sereno. Por que minha filha tinha que passar por isso? Por que ela? A ta é por que ela é filha do maior traficante do Rio. Fui despertada de meus pensamentos pela Gaby me chamando:

-Mãe. –disse com o rosto virado pra mim.
-Eu. –disse olhando pra ela.
-Claro que é você. Eu tenho outra? –disse rindo.
-É tão bom ver você sorrindo assim.
-É a vida continua, cadê o Juliano? –disse olhando ao redor.
-k, tadinho ele tava dormindo todo torto no sofá então mandei ele embora já que hoje o Polegar saí do hospital.
-Ah ta. Mãe você pode me trazer um copo de água?
-Tá, vou pegar. –disse e me retirei pra pegar a água.
Fui até um bebedouro que tinha ali no corredor e peguei um copo de água, voltei ao quarto e dei a água a Gaby:
-Brigado. –disse me entregando o copo.
-Nada. Mais e ai, já se sente melhor?
-Já. Quando eu vou ter alta?
-Eu não sei, não me disseram nada a respeito disso. –quando eu fechei minha boca o médico entrou no quarto.
-Paciente Gabriela Sofia? –disse enquanto olhava algo em uma prancheta
-Sim, sou eu. –disse dando um sorriso.
-Então Gabriela, você está de alta. Porém amanhã tem que voltar ao hospital para começarmos o tratamento com o coquetel ok?
-Ok, amanhã que horas doutor?- eu perguntei.
-Amanhã, ás 3:30. E a propósito são 4 doses, uma vez por semana. Pode-se fazer em casa mesmo portanto amanhã iremos lhe explicar como fazer ok?
-Ok. –ela disse muito desanimada –Mais então eu já posso ir embora?
-Pode sim. –sorriu e saiu do quarto.
Gaby Narrando:
Quando o médico falou que eu ia ter que vir amanhã pra tomar o tal do coquetel eu lembrei de tudo que eu passei dentro daquela casa, dos momentos horríveis, das dores e isso foi muito ruim eu senti vontade de chorar, chorar até morrer. Mas ele também disse que eu já estava liberada, fui ao banheiro tomei um banho e botei uma saia jeans de babados, uma baby look rosa claro e uma havaiana prata que minha mãe tinha trago. Saí do banheiro arrumei minhas coisas e eu e minha mãe saímos. Foi quando eu lembrei do Bruno:

A princesinha do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora