Porra Bruna, faz mais comida não meow?
-Quié? Quer comida contrata uma empregada polegar.
-Claro e tu num como né? –fui irônico.
-SE FODE POLEGAR. –Gritou e subiu correndo enquanto a Gaby olhava fixamente pra TV.
-E quanto a você ainda não esqueci a ceninha que fez na frente daquele ótario não jaé?
-Jaé. –disse ainda olhando pra TV.
-Porra, quando falar com tu é pra olha pra mim. –disse levantando seu queixo.Ela ficou quieta e fui na cozinha, fiz um misto e tomei com um copo de coca. Subi pro meu quarto, escovei meus dentes e caí que nem uma rocha na cama.
Bruna narrando:
O polegar fez uma ceninha ridícula por que não tinha comida, mandei ele se fuder e subi pro meu quarto. Deitei e fiquei brisando até que dormi.
Acordei com meu celular tocando, Eu sento rebolando chamando o seu nome ♪, fui ver e ainda era 7:20. Atendi:XxX IDL xXx:
-Alô.
-Alô Bruna é a Carol, voc pode vir aqui no hospital agora? –disse chorando.
-O que foi Carol? O que que houve? –eu já disse preocupada.
-O Bruno acordou.
-Marca aê, já chego ae falow?Levante correndo tomei um banho super rápido, botei um vestido de gestante afinal tou com um barrigão ¬¬, uma rasteirinha, penteei meu cabelo e deixei solto mesmo. Saí do meu quarto e passei no do Gabriel, ouvi o chuveiro ligado, sentei na cama e fiquei esperando ele sai.
Demorou uns 10 min e ele saiu enrolado em uma toalha:
-Gabriel, o Bruno acordou tou indo no Hospital. Tú vai? –perguntei seca.
-Depois eu colo lá.
-Jaé. –sai e passei no quarto da Gaby, ela ainda estava dormindo.Fui pro pé do morro e chamei um táxi, logo ele chegou e eu entrei, mandei ele ir pro hospital Municipal. Em pouco tempo já estávamos lá, desci paguei o cara e entrei no hospital em busca da Carol. Passei no balcão de recepção e perguntei:
-Desculpa interromper mais eu quero saber qual o quarto do paciente Bruno Lemos.
-Ah sim, quarto 201. –disse olhando no computador.
-Ah obrigada. –sorri.
-De nada.Não demorei muito a achar o quarto 201, ele era perto do banheiro feminino. Em um corredor na frente do quarto eu vi a Carol, fui em sua direção:
-Oi Carol, e ai como ele ta?
-Ai Bruna os médicos estão fazendo uma bateria de exames.
Fique conversando com a Carol até que eu reparei que tinha uma menina chorando sentada em um banco. Fui em sua direção e quando ela levantou a cabeça pude perceber que era a Luiza:
-Tá fazendo o que aqui Luiza? –eu disse a fitando.
-Ah.. oi tia. –disse meio assustada.
-Por que voc ta chorando meu bem? –disse me sentando ao seu lado.
-Nada tia. –disse levantando e saindo.
-Ela ta aqui desde ontem depois que voc saiu. –a Carol disse vindo em minha direção. –Ela não come, não dorme e mal toma água só chora. –completou.
-Mais o que ela ta fazendo aqui? Eles nunca foram tão amigos assim. –eu disse estranhando.
-Porra Bruna tu é muito lesada meow. –a Carol disse. –Ela gosta dele.
-O QUE?? NÃO PODE SER, ELES SÃO PRIMOS.
-Bruna, voc sabe que não são.
-Mais mesmo assim isso não pode acontecer. – eu disse lembrando do dia que peguei o Bruno e a Luiza dentro do quarto quase se beijando.Os familiares do senhor Bruno Lemos? –o médico nos interrompeu.
-Nós. –A Carol disse.
-Bom terminamos a bateria de exames e eu tragos boas e más notícias.
-Nos conte primeiro as boas. –eu disse apreensiva.
-As boas é que o Bruno acordou... –a Carol o interrompeu.
-Dã isso a gnt já sabia pow.
-Carol... –a repreendi. –Desculpe doutor, continue.
-Bom enfim, ele acordou e está consciente. –nós demos um sorriso.
-E as más notícias? –perguntou a Carol com um sorriso de orelha a orelha.
-Bom as más, é que a bala atingiu a medula óssea e se alojou na coluna vertebral, conseguimos tira-la, porém por ter abalado a Medula óssea... –respirou fundo. - O Bruno ficou paraplégico reversível. –Neste momento meus olhos encheram d'água e não aguentaram transbordando de forma excessiva. Olhei para a lateral e o sorriso da Carol se transformou em tristeza. Até que eu ouvi alguém gritar: