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Pelo fato de ter medo que eu fique só, Deckard faz uma pequena encomenda na loja de doces mais próxima da cabana. Logo após ligar para a loja e fazer essa encomenda, não demora muito até um entregador entregar a mesma.

— Aqui. No entanto, não abuse tanto.
— Deckard fala, entregando para mim dois potinhos de chocolates Nutella e uma barra de chocolate.

O entregador havia acabado de ir embora.

— Ótimo.
— É tudo o que eu respondo, depois de pegar os chocolates de suas mãos.

Em seguida, sento na mesa. Deckard, por sua vez, pega um prato e coloca nele um pão. A seguir, ele se senta na mesa e usa uma faca para partir o pão no meio.

— Eu vou medir uma quantidade razoável de chocolate para você por no pão.

— Não seja bobo, Deckard. Eu sei fazer isso.

Sem me responder nada, ele mergulha a colher no chocolate e depois entrega a colher para mim.

— Sempre desse tanto.
— Ele se refere a quantia de chocolate.

— Você quem manda, papai.
— Sou sarcástica.

— E a mamãe obedece porque ela sabe que é para o bem dela.
— Reviro os olhos, dando uma leve risada.

Passo Nutella em uma fatia de pão e levo o mesmo até a minha boca, saboreando o gosto que o alimento me proporcionava.

— Está bom?
— Deckard pergunta.

— Muito.
— Digo, mastigando.

Ele sorri de leve para mim.

— Não vai comer também?

— Não. Isso é para você. Eu não sou muito chegado a chocolates.

— Está bem senhor dos músculos.
— Ele ri.

Nesse momento, escutamos o celular do mesmo, tocar. Ele o pega de cima da mesa.

— Só um minuto.
— Ele diz, saindo da mesa, indo para um lugar mais reservado da cabana.

Ocupada acabando com a vontade que eu estava de comer doce, não presto muita atenção em suas palavras, assim que ele atende o celular. No entanto, logo, ele está de volta. Seu semblante não era muito bom.

— Aconteceu alguma coisa?
— Pergunto, mordendo uma fatia do pão com Nutella.
— Era o Bennett?
— Suspeito pelo fato do seu semblante não ser um dos melhores.

— Era um amigo próximo. Ele está precisando de ajuda para encontrar a irmã do mesmo. Ela desapareceu e ele não faz ideia da onde encontrá-la.
— Ele volta a se sentar na mesa.
— A alguns anos atrás, quando o Owen se meteu em uma encrenca com uma gangue que nunca gostou da minha família, ele quem me ajudou a trazê-lo de volta para casa.

— E agora você meio que se sente em dívida com ele?
— Deduzi.

— Ele disse que eu não sou obrigado a ajudá-lo. No entanto que pensou em mim para ajudá-lo porque confiamos um no outro. Só que...a minha vida já está complicada demais para andar por ai como se nada tivesse acontecendo. Eu tenho uma responsabilidade com você..

— Sim, mais você também tem uma responsabilidade com o seu amigo.
— Olho para ele, assim que termino de comer a fatia de pão.
— Você deveria ajudá-lo porque quando você mais precisou do mesmo, ele ajudou você.

Deckard está pensativo e eu sei o porque disso.

— Eu vou ficar bem. Deis de que a sua mãe não seja a minha babá.
— Ele ri outra vez.

Vínculos InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora