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ℂ𝕚𝕡𝕙𝕖𝕣

Assim que eu termino de mostrar a Hattie as fotos do ultrassom, executamos um celular tocar.

— É o meu.
— Hattie então diz, afirmando que o celular que tocava era da mesma.

Logo, ele pega o celular do bolso de sua jaqueta e o atende.

— Pois não?
— A mesma fala.

Enquanto estou olhando para ela, percebo o seu semblante sereno mudar de expressão.

— Como é que é?
— Sua voz se altera.

— O que houve?
— Pergunto, mais ela faz um sinal com a mão para que eu espere ela terminar de falar.

— Estou a caminho dai.
— Ela desliga a ligação.

A mesma passa a me olhar seriamente.

— Alguma coisa aconteceu com o Deckard, não foi?
— Eu era esperta o suficiente para não suspeitar disso.

— Ele foi baleado. John, o amigo que ele foi ajudar, acabou de me ligar. Ambos acharam a irmã do John e ela está a salvo. E agora, estão a caminho do hospital com o Deckard.
— Hattie fala e o desespero toma conta de mim.
— Quem atirou nele foi o namorado da garota e a polícia o prendeu.

— Precisamos ir vê-lo, não é?
— Pergunto, tentando conter o desespero em minha voz.

— Sim. Eu vou ter que levar você comigo. Prometi ao Deckard que não deixaria você sozinha.
— Ela diz, olhando para mim, intrigada.
— Porque está tão comovida? Afinal, o meu irmão é só o pai do bebê, não é? Você não precisa se preocupar com ele. Vocês não são um casal...

— Me preocupo com ele só pelo bebê. Ele prometeu que cuidaria da criança e é só isso.
— Disfarço, sem deixar com que ela perceba que a minha preocupação com o Deckard ia bem mais além do que uma simples preocupação pelo bebê. Pois a preocupação era por mim também, pelo fato do que eu sentia por ele.
— Pretende ir agora até ele?
— Pergunto, ainda disfarçando.

— Sim.
— Ela responde.

Fechamos a cabana e em um piscar de olhos, estamos no carro da mesma.

— Não sabemos o que pode nos encontrar no caminho. Bennett está informado de cada passo que o Deckard dá com você. Então, fique em alerta e tente o máximo se proteger. Eu farei o mesmo por nós duas.
— Ela fala, antes de assumir o volante.

— Eu irei fazer isso.
— confirmo.

Sendo assim, ela assume o volante, indo em direção ao hospital mais próximo dali.

Quando chegamos lá, procuramos pelo John. Hattie sabia como ele era pelo passado do mesmo com a sua família. Andamos pelos corredores do hospital, até que o encontramos, juntamente com uma garota que possivelmente, seria a sua irmã.

— Hattie? É bom ver você, embora as circunstâncias não seja uma das melhores.
— John fala para a Hattie.

— Oi John.
— Diz ela e o abraça por um momento. Em seguida, ela olha para a garota ao seu lado.
— Leila? Você cresceu.

— Sim. Eu cresci mesmo. É bom ver você, Hattie.
— A garota abraça a Hattie.

— É bom ver você também.
— Hattie responde.

Vínculos InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora