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Mesmo com dificuldade, saio daquela cama e caminho até a porta da cela para tentar analisar sobre o que eu poderia fazer para sair dali o mais rápido. Eu não tinha escolha. Eu não podia simplesmente ficar deitada, esperando que a Sienna nascesse e fosse levada de mim. Eu tinha que tentar sair dali.

Chegando até a porta, vejo que a mesma está muito bem trancada. A minha esperança era que Harper tivesse deixado a porta entre aberta, talvez. Mas eu me enganei. Pois a porta estava muito bem trancada e, além disso, haviam dois capangas, vigiando à mesma.

Ainda na porta, ouço passos pelo corredor. Deduzi que poderia ser a Harper. Sendo assim, me volto para a cama. Desta vez, fico sentada, com uma mão na barriga. Contudo, depois que me sento, percebo que há um pedaço de metal aos pés da cama, em baixo da mesma. Cambaleio até o local, me abaixo com mais dificuldade do que antes e pego o metal em minhas mãos.

— Talvez isso pode servir para alguma coisa...
— Digo para mim mesma.

Antes que o capanga que estava na porta olhasse para mim e visse o metal em minhas mãos, o escondo em baixo do travesseiro e volto à me sentar na cama.

Vejo Harper adentrar a sala com alguns itens que poderiam ser úteis para o parto, talvez. Ela venho acompanhada de outro capanga que assim que à ajuda a estabelecer os itens, se retira da cela.

— Pedi que ficasse deitada. É o melhor que você precisa fazer agora.
— Harper fala para mim.
— Bennett está ansioso com a chegada da criança e ordenou que eu cuidasss muito bem de você.

— Tem algo que eu não disse para o Bennett sobre o bebê...
— Digo, com dificuldade. Mais, ainda sim, eu precisava sair dali. Sendo assim, eu presisava inventar alguma coisa e também facilitar as coisas para mim; com duas pessoas, eu garantia lutar. Com três, seria difícil. Então um deles tinham que ser despistado.
— É algo importante...
— Sinto outra contração e agarro firme o lençol da cama com a mão livre. A outra mão, permanecia sobre a minha barriga volumosa.

— Algo importante? E o que seria isso?
— Harper volta à falar.
— Deite-se. Ficará mais confortável.

Respiro fundo para espantar a onda de dor e quando ela vai embora, volto à falar:

— Eu gostaria de dizer isso pessoalmente para ele...po...porque você não pede que um deles o chamem?
— A minha voz saiu arrastada, assim que me refiro aos capangas.
— Eu não quero que você saia daqui. Preciso que me ajude à controlar essa dor insuportável....
— Me deito sobre a cama com a supervisão dela e sem deixar com que ela percebesse que em baixo do travesseiro havia um metal.

Harper parece confusa com as minhas palavras. No entanto, a mesma acaba por me ouvindo.

— Um de vocês, chamem o Jackson. Diga que a Cipher tem algo importante para falar sobre a criança.
— Ela diz para os capangas até que um deles se manifesta para ir chamar o Bennett. Sendo assim, fica apenas um capanga, vigiando a porta trancada.

— Continue com o mesmo ritmo da respiração. Eu trouxe um medicamento para dor, uma injeção. Então isso vai ajudar você à ficar mais relaxada.
— Ela começa à preparar a injeção.

A mesma parece distraída, durante o preparatório da injeção. É então que, aos poucos, me retiro da cama. Com os pés no chão, vou o mais rápido possível até ela e agarro seus braços para trás de suas costas, fazendo a mesma largar a ceringa no chão. Logo, jogo o meu corpo contra do dela, à empurrando contra a parede.

— Ei, pare com isso..
— Ela grita.

Vejo que o capanga que estava na porta começa à destrancar a porta para adentrar a cela para que possivelmente ele me tirasse de perto da Harper. No entanto, antes de ele entrar na cela, torço um dos braços de Harper, fazendo ela gemer de dor e depois lhe aplico um chute forte nas costas, à derrubando no chão. A mesma havia batido a cabeça no chão, com o impacto da queda e isso fez com que ela ficasse inconsciente.

Vínculos InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora