Vínculos Inesperados

27

Em um piscar de olhos, estou no hospital novamente, graças a Mia e ao Deckard que insistiram em me trazer até o mesmo, devido a pressão elevada.

Alguns médicos haviam acabado de fazer uma séries de exames em mim. Estou em uma cama, deitada. No entanto, sem utilizar roupas de hospital. Shaw está do meu lado, em pé. Estou recebendo medicações na veia, o que significa que tem aparelhos ligados ao meu braço.

O Dr. William foi quem trouxe os resultados dos exames e compareceu o quarto em que eu estava com O Shaw.

— Hoje, um pouco mais cedo quando eu a vi, sua hipertensão estava leve. Agora, está alterada, o que significa que você corre o risco de ter pré - eclâmpsia. Pré - eclâmpsia é quando afeta órgãos internos, como fígados e rins e pode apresentar risco tanto para a mãe quanto para o bebê.
— O médico dizia diretamente para mim.
— Existem casos em que é necessário a prolongação do parto, antes da data prevista, quando o quadro se agrava. A sobrevivência de bebês com cinco meses, é muito baixa, devido a imaturidade de órgãos.
— Deckard cruza os braços neste momento. Sua postura é forte. Entretanto, consigo notar as rugas de preocupação em seu rosto.
— Vou mantê-la aqui por algumas horas, até que a pressão volte ao normal. Se seguir as orientações médicas, não vai acontecer nada de ruim e você e o bebê ficaram bem, como vocês estão neste momento. Ela e nem você foram afetadas. Por enquanto, está tudo sobre controle.
— Concluiu ele, se referindo a mim e a criança.

O mesmo pede licença e se retira da sala por ter sido chamado em outro caso.

— Odeio hospitais.
— Era frustrante está ali de novo.

— Eu também não sou de acordo de ficar transportando você de um lado para o outro. Entretanto, acaba que é necessário, pelo menos até a sua pressão estabilizar.
— Ele exita por um instante, antes de começar a falar novamente.
— Olha, eu sei que eu não precisa perguntar para você o motivo de você está tensa, para que sua pressão esteja alterada porque eu sei que o motivo é por conta do Bennett. Mais, você precisa manter a calma, está bem? É pelo seu bem e pelo bem da criança. Quanto mais alterada você ficar, mais tempo ficará de observação no hospital que é onde você não quer ficar, certo? Fora isso, a criança pode nascer antes do tempo e ela pode morrer se isso acontecer. Você ouviu o médico, não ouviu?
— Dizia ele. Seu tom de voz era tranquilo, como se ele tivesse ditando as palavras para mim.

— O meu corpo está uma bagunça. Pela primeira vez estou perdendo o controle do mesmo e, não é assim tão simples controlá-lo, como você pensa.
— Minhas palavras são calmas também.

A confusão dentro de mim me impedia de começar qualquer tipo de discussão com ele.

Para ele era só o assunto do Bennett que estava me deixando tensa. Ele não fazia ideia do que de fato estava me deixado daquele jeito. E eu não contaria. Eu daria um jeito de me recompor, focando somente da minha natureza normal que era ser má e não boa.

— Se eu pudesse, eu transferiria o bebê para o meu corpo e eu assumiria todas as responsabilidades. Mais, como você já deve ter percebido, eu sou um homem e isso seria totalmente impossível porque o meu corpo não foi feito para isso, mais o seu foi, o que nos leva de volta a parte em que você precisa manter a calma, ok? Com você, estabilizada, vamos voltar para a cabana onde lá, é mais seguro.
— Finaliza.

Não falo nada. Apenas me ajeito na cama, virando de lado com um pouco de dificuldade pela barriga, para o lado oposto do que o mesmo estava.

— Eu quero ficar sozinha.
— Digo.

Percebo que ele exita novamente, antes de falar mais alguma coisa.

— Assim que você estiver bem, sairemos daqui. Estou aqui fora se precisar de alguma coisa. Use esse tempo para dormir ou descansar um pouco.
— Sendo assim, o mesmo sai do quarto.