Veilmont
— Está fumando sozinha?
Ela se assusta quando falo. Solto uma risada fraca e sento ao seu lado, pedindo um isqueiro. Entregou-me rapidamente, sem sequer olhar na minha cara.
— Quase não te vi la dentro.
— Nathaniel e Ambre que me perdoem, mas não estou com ânimo para ficar dentro desta casa. — bafora.
Por mais que tenha curiosidade, poupo o diálogo desnecessário que teríamos se perguntasse.
Ficamos em silêncio. Avery fumando seu cigarro e eu fazendo o mesmo, mas olhando para ela.
— Sabe, — ela sorri. — você podia ser mais discreto. Não me encarar tão descaradamente.
— Não teria tanta graça, minha linda.
Sua risada baixa me faz sorrir involuntariamente. Estamos conversando como pessoas normais, sem nenhuma alfinetada, um progresso.
— Um centavo pelos seus pensamentos.
Avery tosse, rindo.
— Você é tão brega. — sorriu, mas logo desapareceu. — Acho que a Mei está grávida.
Não consigo esconder meu espanto, me engasgo com minha própria saliva e Avery ri da minha cara.
— Você não pensou nisso?
— Eu mal vejo ela. — falo com a voz rouca, limpando a garganta. — Como você tem tanta certeza?
— Eu acabei de falar que acho. — arqueia uma das sobrancelhas. — Mas pode apostar, eu estou certa.
— Então vamos apostar.
Ela me olha de canto com um leve sorriso. Eu não devia me derreter por tão pouco.
— Vamos mesmo? — me encara. — Eu estava brincando.
— Não, é sério, vamos apostar.
Fitou o chão e suspirou, como se tivesse uma ideia.
— Quem perder tem que lançar uma música com o nome do outro! — sorriu.
Franzi o cenho.
— Você está consciente?
Ela faz uma careta e desvia o olhar.
— Tudo bem, podemos colocar pseudônimos.
— Quais?
— Castle e, sei lá, Eve. — dá de ombros.
Ficamos em silêncio, Avery joga seu cigarro no chão, pisa nele enquanto encara os pés.
— Não... Péssima ideia, né?
— Não, não é tão ruim. — estendo a mão. — Se ela estiver grávida, escrevo uma música com seu pseudônimo e vice-versa.
A garota sorri e aperta minha mão.
— Vai preparando os acordes, queridinho.
Reviro os olhos e me levanto.
— Vou voltar, você vem?
Se levanta de imediato.
— Eu tenho que falar com Anne.
Segue rapidamente na minha frente. Fiquei confuso.
Em cerca de quinze minutos, ouvi uma gritaria do lado oposto: ela estava virando um shot de vodca. Não que eu me importe, longe disso, mas, caralho, depois do primeiro, vieram mais dois seguidos.
Vejo Ambre começar a intervir, tirando a bebida da mão de Avery que fazia uma careta, rindo.
— Ela sempre faz isso. — uma voz masculina me tira do meu transe.
— É?
— É. — suspira, sentando do meu lado. — Quer?
Dekkers trouxe uma bebida para mim, uau. Achei que esse cara me odiava. Aceito e bebo de uma vez.
— Ainda a ama?
— Você é direto. — apoio o braço na mesa.
— Sou curioso. — corrigiu, ajeitando a postura. — "I miss you like it was the very first night" — cantarola baixinho.
Reviro os olhos e me levanto, saindo para fumar outra vez — devo ter passado, no mínimo, cinquenta minutos na rua fazendo nada.
Quando volto para dentro, Melissa me chama.
— Leva a Avery para casa? — implora. — Por favor.
Suspiro e pego a garota pelo braço, passando pelo meu ombro — isso até perceber o quão mole ela deixava seu corpo, então tive que carregá-la.
— Mal passou uma hora e você começou a incomodar. — suspiro, tentando colocar o cinto de segurança nela.
— Deixa de ser chato. — riu. — Ninguém tem culpa de você estar amargurado.
Consigo colocar o cinto.
— Eu te odeio.
Subo o olhar para o seu rosto. Suas bochechas estão vermelhas e seus olhos escuros me encaram com o máximo de atenção que conseguem.
Balanço a cabeça e sigo até a sua casa. Carrego ela até a porta e toco a campainha.
— Mas que porra é essa? — Izzy aparece com um pijama de ursinhos.
— Cuida dela por mim. — sorrio. — Boa madrugada.
MEI WARNINGS!
oii consegui resolver um problema de espaçamento
nada a comentar por hj amores
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𑁤 𝑾𝒉𝒐 𝑨𝒓𝒆 𝒀𝒐𝒖? ❞ 𝖼𝖺𝗌𝗍𝗂𝖾𝗅.
Fanfic───┈ 𝖰𝗎𝖾𝗆 𝖾́ 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ ? ⸼ ֹ ¡ 𝘸𝘩𝘺 𝘥𝘰 𝘺𝘰𝘶 𝔩𝔬𝔳𝔢 𝔪𝔢? onde Avery volta para sua cidade natal depois de dois anos e encontra seu antigo amor ou o...