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Queria que suas pupilas dilatadas fossem por minha causa

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Queria que suas pupilas dilatadas fossem por minha causa...

Resolvi esquecer tudo o que aconteceu na frente da maldita porta do Nott, eu estava me odiando por ter me humilhado a esse ponto, feito algo tão... estranho... foi por isso que
eu decidi ignorar completamente, eu dormi durante aquela noite e no outro dia decidi que não iria mais pensar nisso, as aulas foram até que bem tranquilas, Nott apareceu nelas mas como sempre ficou no fundo da sala em uma das últimas carteiras, dessa vez era ele que estava de óculos escuros.

Era aula de História da Magia, como sempre metade da turma prestava atenção enquanto a outra metade ou dormia ou estava prestando atenção em qualquer outra coisa menos no professor, eu estava sentada em uma carteira do lado esquerdo da sala, Theo estava na direita na última carteira, eu podia ver ele perfeitamente, no começo o evitei completamente, mas ao ver que ele nem tinha pegado o livro pensei que ele poderia estar dormindo, foi o suficiente para eu me permitir olhá-lo.
Ele parecia alheio à tudo o tempo todo, isso era estranho mas ao mesmo tempo sexy, bem, pelo menos para mim, vamos ser sinceros, um cara mau é melhor que um bonzinho, ou pelo menos mais atraente.

Perdida em pensamentos da noite passada eu continuo olhando Theo, minhas coxas se mexem em baixo da mesa, eu podia sentir todo o meu corpo arrepiar quando vi um sorriso se formar nos lábios dele, uma das mãos subiu até o óculos e ele se apoiou na mesa, com os dedos ele abaixou o óculos o suficiente para eu ver os olhos dele, fixos em mim como uma cobra, eu arregalo os olhos, desviando o olhar por um momento olhando para todos os cantos da sala menos para ele, mas eu sabia... sabia que ele estava me olhando, podia sentir o olhar dele em mim, suspiro fundo e o olho de canto novamente, ele estava na mesma posição ainda mantendo os olhos em mim, eu aperto minha saia ficando cada vez mais nervosa, podia sentir a ansiedade caindo sob meu estômago e me deixando imóvel, até ele soltar uma risada baixa.

- Senhor Nott, qual a graça?- O professor pergunta e ele finalmente tira os olhos de mim.
- Nada senhor, lembrei de uma coisa que aconteceu na minha porta noite passada...- Eu congelo, por um segundo eu não sei nem como respirar, como ele sabe? COMO? não... ele pode estar falando sobre outra coisa, não é? sim, sim, precisa ser outra coisa, não pode ser, eu encaro minha mesa e não ouso me virar, devagar levanto a mão e peço licença ao professor para ir ao banheiro, assim que tenho a aprovação dele espero o mesmo se virar e pego minhas coisas e corro para fora da sala, eu não olho para trás, nem mesmo paro de correr até chegar nos jardins, entro em meio ao pequeno labirinto de flores e me sento na grama com a respiração ofegante.

- Isso é impossível...- Sussurro para mim mesma passando a mão pelo meu cabelo, enquanto tento me acalmar ouço passos atrás de mim, eu não ouso olhar para trás, tento ao máximo ficar calada, eu estava rodeada por flores e abaixada, não tinha como me verem aqui, por sorte. Ouço os passos se afastando e suspiro aliviada, eu não deveria ter fugido assim, eu sei que uma hora ou outra ele vai usar esse assunto contra mim, mas só por enquanto preciso manter distância.

Por sorte durante a tarde eu consigo me distrair com os planos da festa, distribuindo os convites para os alunos que estavam na lista que Draco fez, durante esse tempo Pansy também estava comigo, acabei contando tudo a ela, depois de algumas gargalhadas ela me tranquilizou dizendo que Theo não tinha como provar nada e nem deveria saber de nada também, eu não fico muito tranquila com isso mas não tinha nada que eu pudesse fazer de qualquer forma. Infelizmente nós tivemos que nos separar para entregar os convites, porém Pansy disse que eu ficaria encarregada dos alunos da Corvinal, enquanto ela ficaria com os alunos da Sonserina e Lufa-Lufa, para evitar Theo, já que as duas casas ficavam nas masmorras onde eu provavelmente encontraria o idiota.

- Espero que você possa comparecer...- Digo as duas garotas corvinas enquanto elas acenam para mim, fora os últimos convites, por precaução eu checo a lista mais uma vez.
- Eu não sei elas, mas eu vou ir com toda certeza...- Ouço aquela maldita voz no meu pescoço.
- Que eu saiba, não perguntei nada a você Theodore.- Me viro para o encarar, olheiras profundas, pupilas dilatadas, cabelo molhado e terno, aquela porcaria de perfume junto de um sorriso nos lábios, chapado, claro.
- Que maldade... ontem a noite você não estava assim hein...- Uma das mãos dele vai até o meu queixo, ele acaricia de forma preguiçosa mas forte, mantendo meu olhar nele.
- Se você falar isso pra alguém eu mato você!- Digo entre os dentes fazendo ele rir.
- Então você admite assim tão fácil? Que ingênua...- Reviro os olhos tirando a mão dele do meu rosto.
- Por que você não cala essa porcaria de boca?!- Meu tom de voz faz ele segurar meu braço.
- E por que você se tocou ontem pra mim?- O olho sem dizer nada, podia sentir meu rosto ficando vermelho. - Eu acho que você não quer me ver calado, acho que quer me ver fodendo você...
- Claro que não!- Eu tento empurrar ele mas isso só faz com que Theo se aproxime mais.
- Ah você quer sim, mas fique sabendo que não vai ter isso, ouviu? Nunca vou foder você Abbott, eu te odeio.- Meu sangue ferve de raiva.
- Eu odeio você muito mais, jamais deixaria você fazer qualquer coisa comigo! - Solto meu braço do aperto dele.
- Você é uma putinha!- A voz dele aumenta.
- Para de fazer cena! Se você não me quer porque continua no meu pé?!- Falo no mesmo tom que ele, vejo os olhos escurecendo, ele olha para o lado rindo mas era óbvio que ele não sabia como responder a minha pergunta.
- Você é tão...- Ele me empurra contra a parede enquanto a mão dele bate com força contra o mármore frio.
- Tão... o que?- Pergunto mas minha voz sai baixa, ele me olha por um momento, a outra mão dele vai novamente ao meu queixo, passando o dedo sob a minha boca ele não diz nada, só me encara.
- Nada, você não é nada.- Nott diz por fim e me larga ali, eu me encosto mais na parede e limpo a boca com raiva, que merda esse garoto tem na cabeça! Eu queria azarar ele, queria ver ele implorar por mim.
- Idiota!- Eu grito assustando alguns alunos do primeiro ano passando pelo corredor, Theo ia pagar por isso!

.- 🍒

Oii meus amores, espero que gostem de mais um capítulo! Se você gostou não esqueça de votar! Obrigada pelo apoio!

Lembrando que a playlist da história já está disponível lá no spotify, só procurar por PARANOID - Theodore Nott ou o link aqui:

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- miah 🍒

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