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Os tempos são sombrios, e o mal parece cada vez mais próximo

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Os tempos são sombrios, e o mal parece cada vez mais próximo.

Em momentos de incerteza ou dificuldade dormir e ser tomada pelo mundo dos sonhos é uma das nossas melhores saídas, mas a cada vez que eu fecho os olhos me encontro em um vazio sem fim, as unicas visões que eu tenho são visões distorcidas, são formas disformes, sombras que não tem uma anatomia com a qual estamos acostumados. Sussuros é tudo o que eu posso ouvir, em uma língua que eu desconheço, quase como se uma cobra pudesse falar. É como se eu precisasse fugir, como se eu quisesse uma proteção, mas nada e nem ninguém vem até mim.

E então eu acordo, no meio da noite, meu braço queima, e nas primeiras vezes eu ardia em febre. Momentos como esse te fazem sentir frágil, como um pequeno pássaro tentando bater suas asas no infinito azul do céu, é então que ele cai, despencando, até enfim atingir o chão, a diferença é que eu não tenho esse chão, pelo menos não mais. Desde que meus pais se juntaram a essa maldita alienação eu não tenho mais um chão, então eu apenas continuo caindo, sem saber onde ou quando vou alcançar o chão novamente, nem mesmo se vou sobreviver a queda.
Quantas vezes eu me considerei uma pessoa infeliz, sem sorte ou que tem o pior dos karmas, mas nada ajuda, pensar que o mundo é injusto é praticamente dizer que você descobriu que as nuvens são brancas.
Infelizmente em nenhum momento esses sonhos passaram, ou pelo menos o que eu acreditava serem sonhos, eu tinha ouvido boatos, na verdade histórias, de que nos anos em que o Lorde das Trevas esteve no seu auge ele se infiltrava na mente dos inimigos através do poder da Legilimência, quase os enlouquecia, fazia eles implorarem por sua morte e só então os matava, era estranho, quero dizer, os meus sonhos, em determinado momento eu só revivida coisas, aos mesmo tempo que via coisas novas, mas era tudo tão confuso que eu mal sabia explicar.
Depois de falar sobre isso com meus amigos, Draco me levou até Snape, e foi ele quem me ajudou a entender que o que eu achava que eram sonhos na verdade era exatamente Legilimência, por sorte eu busquei ajuda cedo, na verdade não sei exatamente se é de fato sorte, afinal, todas as noites tenho um treinamento com Severo na sala de poções, e confie em mim, não é nada legal.

- Theo eu odeio você!- Grito empurrando Nott da minha frente, estávamos no terceiro ano, ele tinha acabado de rasgar meu diário com a mania chata de tentar implicar comigo, acabou que ele tentou segurar meu diário para tentar ler, eu não deixei óbvio; ou seja como nenhum dos dois soltou o diário se partiu ao meio.
- Você é burra Nina! O que de tão importante você escrevia nesse livro bobo para não o soltar?- Ele parecia furioso também, o que eu não entendia, afinal, ele mesmo que rasgou meu diário.
- É meu! E se é meu você não tem o direito de ler! - Digo já aos prantos, Theo parecia surpreso, mas antes que ele pudesse continuar a discutir comigo ouço passos atrás de nós, era Zabini, ele puxa a varinha do bolso e faz um pequeno gesto, olho para as duas partes do diário, uma na minha mão e a outra na mão de Nott, em um movimento brusco ambas são tiradas das nossas mãos, as folhas rasgadas se alinham novamente, e o que antes estava completamente estragado - agora parecia novinho em folha. - Zabini! Obrigada! Você é o melhor em feitiços!- Digo feliz vendo ele sorrir para mim, sem pensar duas vezes corro até Blásio o abraçando.
- Tudo bem Nina, não foi nada de mais...- Enquanto o abraço vejo Snape atrás de nós.
- Vejo que não se dava bem com o senhor Nott.

- Professor eu não consigo! - Volto a realidade, minhas mãos tremiam, enquanto eu ofegava.
- Não diga isso Abbott, você conseguiu esconder boa parte das suas lembranças, estamos caminhando para sucesso.- Ele me serve água, no mesmo momento eu bebo enquanto permaneço sentada na cadeira de sua sala.
- Isso é doloroso, imagino porque era usado como tortura.- Digo e Snape acena com a cabeça concordando comigo, ele não costumava dizer muita coisa, nem mesmo comigo. Porém eu sentia que por mais duro que ele fosse, ainda existia algo melancólico, nunca vi fúria nos olhos de Snape sem ser misturado com tristeza. - Professor, posso pedir uma coisa?- Ele me olha sem ânimo.
- Diga.- Sua voz me faz repensar, mas por fim tomo coragem.
- O que o Lorde das Trevas quer comigo?- Vejo o professor me olhar no mesmo segundo, quase que de forma surpresa.
- Eu não sei responder isso senhorita Abbott.- Balanço a cabeça.
- Sabe sim, você sabe sobre o Draco, tenho certeza que deve saber sobre mim também.- Severo suspira e se aproxima de mim.
- Eu não sei muito, sei que ele quer que você seja uma serva dele, uma serva leal, não é nada em específico como a missão de Draco.- Por algum motivo eu arrepio quando ouço essas palavras, sinto que minha vida se tornou mais uma condenação por pecados do que outra coisa.
- E se eu recusar? Quero dizer, eu sei que tenho a marca, mas ainda assim, eu posso recusar se o que ele pedir for absurdo. - Snape ri gélido.
- Senhorita, você não consegue me bloquear de entrar na sua mente, só com isso já tem uma forma de tortura.- Reviro os olhos.
- Snape olhe para mim, eu não sou o tipo de pessoa que ele procura, você me conhece desde os onze anos, não há nada especial em mim...- Deixo meu corpo cair para trás na cadeira, esse assunto era péssimo. - Mas pode ter certeza, mesmo que ele me torture, eu não vou ceder, ninguém vai me obrigar a fazer algo que eu não queira.- Vejo Severo quase sorrir empunhando a varinha novamente, eu me ajeito na cadeira esperando que ele invada minha mente novamente.

- Legilimens!

...

- Torturar uma garota como você deve ser o mais baixo que aquele esquisito consegue chegar.- Vejo Pansy a minha frente falar, eu, ela e é claro Theo, estávamos em uma das colunas de pedra do corredor, eu tinha acabado de contar a eles sobre a minha aula com Snape.
- Não dava pra esperar outra coisa do sem nariz, acho que ele tá longe de tratar bem uma garota.- Theo diz me fazendo rir, ele estava atrás de mim, minhas costas contra o peito dele, enquanto sua cabeça descansava na curva do meu pescoço.
- Eu só espero que ele não pegue pesado, por mais que eu tenha uma mínima coragem não viu aguentar uma sessão de tortura vinda dele.- Suspiro sentindo Theo me acariciando enquanto Pansy desvia o olhar de mim, ela estava preocupada de mais, não só comigo, mas com Malfoy também.
- Draco? - Pansy murmura olhando um ponto fixo, como estávamos entre os pilares era difícil nos ver, eu e Theo imediatamente puxamos ela para trás, nós três agora estávamos vendo Malfoy, ele parecia completamente nervoso.
- É impressão minha ou ele parece mais nervoso que o normal?- Theo pergunta enquanto eu balanço a cabeça negando.
- Tenho certeza que não é impressão, e mais certeza ainda que todo esse nervosismo tem um motivo,- Digo em um sussuro.
- Dumbledore...- Pansy diz a minha frente. - Será que existe alguma forma de impedir isso? Nina?- Suspiro a olhando.
- Não vamos saber se não tentarmos.- Digo e ela concorda, por algum motivo sinto minha marca começar a arder novamente, acho que destinos raramente podem ser alterados.

.- 🍒

Olá a todos, desculpe pela demora em postar os capítulos, estou escrevendo outras histórias, e uma tomou mais tempo que o esperado, esse é apenas um capítulo mais curto, o próximo vai ser longo, continuação desse e também o início do caos.
Obrigada por todo carinho e apoio, se gostou considere deixar seu voto, me ajuda muito, comentários também são bem vindos.

Lembrando que a playlist da história já está disponível lá no spotify, só procurar por PARANOID - Theodore Nott ou o link aqui:

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- miah 🍒

Paranoid - Theodore Nott Onde histórias criam vida. Descubra agora